05. Duelo ou dueto?

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Depois de quase morrer engasgada com o drink pelos pensamentos pecaminosos que as palavras cantadas de Fernanda causaram nela, Alane foi novamente atrás de água.

- Tá, já chega amiga, me conta, o que tá acontecendo.

- Como assim? - perguntou Alane tentando ganhar tempo, jamais ia querer conversar com Bia sobre essa atual obsessão por Fernanda.

- Você tá estranha demais, o que aconteceu?

Alane colocou a mão na cabeça ajeitando a peruca, não ia contar, não podia contar, nao deveria contar...

- Eu... eu to... como posso dizer? - pensou friamente nas palavras - estou meio angustiada em relação a Fernanda. É isso.

- E com razão né? Mas hoje a festa dela tá ótima, ela parece mais simpática, pelo menos não tá soltando veneno por aí como sempre faz. - Alane balançava afirmativamente com a cabeça enquanto olhava pro chão. - pelo menos... agora assim, tá tranquilo, mas claro, a gente sabe que ela não é uma pessoa boa.

Alane levantou a cabeça e olhou novamente pra Fernanda, ela parecia toda boa.

Tapou o rosto com as mãos, e logo em seguida deu três tapinhas na própria cara. - Postura! Postura Alane, postura!!

Bia olhava e achava cada vez mais estranho.

- Podemos ficar longe dela amiga, tentar ficar longe.

- Perfeito! Vamos fazer isso. Nada de ficar perto dela nem de pensar nela e nem de olhar pra ela. Nada nada nada nada.

- Combinado, vem me da um abraço.

Enquanto as duas amigas se abraçavam, as plantas faziam fotossíntese e Wanessa falava de Davi, Pitel e Fernanda também estavam tendo algumas conversas mais profundas.

A assistente social consolidava ainda mais sua lealdade, pareciam estar mais unidas do que nunca, conversaram sobre o jogo e claro se divertiram dançando como em nenhuma outra festa do programa até então

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A assistente social consolidava ainda mais sua lealdade, pareciam estar mais unidas do que nunca, conversaram sobre o jogo e claro se divertiram dançando como em nenhuma outra festa do programa até então.

Quase no final da festa Fernanda foi até o banheiro pela ultima vez, tinha bebido demais.

Entrou e encontrou Alane sozinha lavando as mãos. Elas se olharam através do espelho. A tensão era nítida.

Fernanda ia entrar no box e fugir daquela vibe mas não sabia se segurar e não era pelo tesão de encontrar a sua presa tão solitária e indefesa, mas ainda a consumia uma raiva daquela garota tonta. Aliás, notar que tinha um clima quente entre as duas a deixava com mais raiva ainda.

- Escuta aqui garota! - Falou num tom firme fazendo Alane virar e ficar de frente pra ela. - Não sei o que é isso que tá acontecendo, não sei o que você tá pensando, mas pode parar com isso viu? Me tira do seu joguinho sujo!

- Eu não tô pensando nada, isso é coisa da sua cabeça, não tem jogo sujo nenhum. - respondeu firme.

Fernands deu um passo pra frente.

- Não brinca comigo não hein garota. - o tom intimista e bravo de Fernanda fez Alane engolir seco, mais pela proximidade e pela química que inundava o banheiro do que por um perigo real.

- Você está me ameaçando Fernanda? - fez voz de moça virgem inocente como só ela sabia fazer, isso provocava mais raiva ainda na Fernanda que nunca curtiu esse personagem vitimista. - Isso é contra as regras do jogo, sabia?

- E eu lá sou mulher de ameaças garota? - Fernanda deu outro passo pra frente a ponto de sentir o perfume exalante da sua presa acuada. - eu não ameaço, eu faço!

Alane sentiu suas pernas bambearem e uma leve aceleração na respiração.

- Se você der mais um passo pra frente eu juro que não respondo por mim sua megera!

Fernanda deu um último passo e seus rostos ficaram colados como desses lutadores que se ameaçam.

Os olhos fixos de ambas guardavam raiva e desejo. E a pose de durona da Fernanda permanecia intacta.

Alane afastou levemente e ousou descer o olhar até a boca da rival, o contorno daqueles lábios de onde só saem palavras rispidas era hipnotizante, quanto tempo a Loba deveria levar pra fazer uma vítima fatal com aquela boca?

Fernanda ao notar o olhar fixo de Alane sentiu um ímpeto exagerado de avançar, queria atacá-la, puxar aqueles cabelos rosas e jogá-los ao chão, sentia o desejo tomar conta do seu corpo inteiro mas não seria fraca! Jamais protagonizaria uma cena dessas, não... não ali com várias câmeras filmando. Pensou em dar um passo pra trás mas isso seria recuar e ela não recuaria. Continuou controlando seus desejos e impulsos e novamente foi salva por Marcus.

- Peraí, peraí, peraí... deixa eu ver se tô entendendo.... Vocês duas vão brigar ou vão transar? Só pra saber se eu fico no banheiro também ou se eu saio, sabe?

- Deixa de ser idiota Marcus. - respondeu Alane se afastando da Fernanda, devia estar em outro planeta pois nem se quer o ouviu entrar. - Dessa aí eu quero distância.

Fernanda ergueu a sobrancelha, ainda tinha o rosto estampado com aquela cara de mulher sem escrúpulos e perigosa e longe de assustar a rival isso parecia atraí-la.

- Vaza daqui Barbiezinha, vaza, vaza... - expulsou.

Alane e Marcus saíram do banheiro sem responderem mas lá fora conversaram.

- Amiga do céu, o que foi isso?

- Er... ela é louca, quer encrenca, quer brigar... - disse tentando minimizar a cena.

- Aaahhhh ela quer outra coisa hein! HAHAHAHAHA e pelo seu estado parece que quer também.

- Que? Tá doido? Não mesmo!

- Tem certeza menina? Vê aí se sua calcinha num diluiu de tanta água aí embaixo.

- Xiiiiu para de falar essas coisas. - ela olhava pros lados pra ver se alguém se aproximava.

- Epaaaa, 'xiu' não hein... vai dar uma de Davi pra cima de mim não.

- Xiu e Psiu são duas coisas bem diferentes, tá?

- Caaaaalma aí calabreso, tá nervosinha assim porque?

- Alane, te achei, vem vamos pro quarto, eu tô morta de cansada, só quero descansar pra amanhã, prova do líder né. - disse Bia se aproximando deles.

- Tem razão, amanhã tenho que ganhar essa bendita prova, Fernanda tem que sair dessa casa urgente! Urgente!

A Loba Atrás da PortaOnde histórias criam vida. Descubra agora