18. Votem

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Toc toc toc

- Entra!

- Licença Fernanda, a Pitel me avisou que você já tinha saído do confessionário. O que houve?

- Aah, não foi nada demais, nadinha.

- Fernanda! Não precisa se fazer de durona sempre, essas coisas acontecem, você precisa se cuidar! Está comendo direito? Dormindo direito?

Fernanda olhava pensativa pra moça brava a sua frente vestida de biscoito gigante, era uma cena memorável e ela desejava ter uma máquina fotográfica pra deixar bem registrado, embora sentisse que não esqueceria nunca a imagem.

- Vem Alane, senta aqui.

- Não! Você não está me respondendo, quando foi a última vez que comeu algo?

- Eu não lembro, mas estou com fome sim, vem cá! Quero um pedaço desse biscoito.

Alane cruzou os braços com indignação. - Tô falando sério!

- E como você quer que eu leve a sério uma mulher fantasiada de biscoito? - e após dizer isso a Loba gargalhou, levantou da cama e agarrou Alane num abraço difícil dadas as proporções daquela vestimenta.

A bailarina sorriu ao ouvir sua loba gargalhar, isso era sinal de que ela estava bem. - Fiquei muito preocupada com você. - disse baixinho.

- Não precisa se preocupar, foi só um susto, eu estou bem!

- Precisa deixar as pessoas cuidarem de você, Cunhã disse que se não fosse a produção solicitando sua presença no confessionário, você não ia.

- Ahhhhhh mas....

- 'Ah mas' nada! Isso só te prejudica, te enfraquece. Precisa deixar as pessoas cuidarem de você... - Alane olhou pra ela com carinho e finalizou - principalmente eu.

Se antes o coração de Fernanda doeu por conta dos exercícios agora ele estava curado só com as palavras de Alane, apertou mais ainda ela dentro daquela roupa sufocante e a beijou com ternura.

O beijo era calmo e longo, Fernanda segurou o rosto da bonequinha e mordeu levemente os lábios fingindo comer um pedacinho daquele biscoito gostoso. Só se deu por satisfeita quando tirou todo o batom que estava bem desenhadinho nos lábios da sua amada.

- Vem, tira essa roupa e deita um pouquinho comigo que vou fazer carinho até você dormir.

- Não senhora! Você que não está bem. Vem você! - Alane tirou a roupa do monstro, se sentou na beiradinha da cama e recebeu Fernanda no seu ombro.

Fernanda obedeceu deitando abraçada no máximo de corpo que conseguia encostar de Alane, fechou os olhos e sentiu as mãos dela passando nos cabelos e massageando levemente sua cabeça.

- E Anny? Falou com ela? - perguntou Fernanda tentando se manter acordada diante daqueles toques.

- Falei sim, ela tem medo que nosso envolvimento atrapalhe o jogo.

- Hummm... - Respondeu Fernanda já meio embriagada pelo sono e pelos dedos enroscados em seus cabelos. - E Bia?

- Bia já está mais confortável com a ideia.

- Huurummm... - continuou forçando... - E o Alegrrt

- Não contei isso pra mais ninguém, só pras duas mesmo.

- Hummmrumm... e se vicb

- Xiiiiiiiiiiii tá tudo bem... tudo bem! - As mãos de Alane a acariciava com cuidado e proteção.

- Masd a prov ds...

- Xiiiiii, dorme Ferzinha, dorme... - A bailarina também começava a sentir o sono a invadir.

Encostou a cabeça na cabeceira da cama e resolveu fechar os olhos, não importa se tocaria ou não a música do monstro, não importava se perdesse todas as estalecas, assim como não importava se Anny entrasse no quarto e reprovasse a cena das duas juntas, ela continuaria alí, acariciando a Loba.

Em um certo momento Alane deitou na cama também e foi abraçada imediatamente. Quis rir mas estava cansada demais pra expressar qualquer emoção, ambas sonolentas e sendo guiadas pelo cansaço! As respirações em sincronia e o abraço quase numa conchinha macia.

Ninguém entrou no quarto depois disso, assim como a música não tocou. Puderam dormir abraçadas no conforto uma do colo da outra até o dia seguinte.

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Capítulo curto pois estou votando!
Votem pra Fernanda Ficar!!!!!

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Bjo até o próximo.

A Loba Atrás da PortaOnde histórias criam vida. Descubra agora