Atração fatal

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Freya

Eu não sou uma só pessoa, meu irmão e eu somos apenas um e porisso sou obcecada por ele.

Confesso que está sendo difícil suportar a vontade que tenho de sexo cada vez que mato alguém, Thomas disse que é só me tocar mas já não é o suficiente pra mim. Faço isso desde os quinze anos e meus dedos já não me satisfazem como antes.

— Preciso usar o banheiro já terminou?

— Só...um minuto...

— É sério Freya anda logo.

— Porra! Você não pode ir no outro?!..... desculpa Thom... não quis gritar..

Nós nunca discutimos e nem brigamos um com o outro, não é necessário ele me entende.. mas eu estou estressada, comecei a faculdade de medicina ontem pra me especializar na área de legista e ajudar meu pai no desmembramento das vítimas.

Ele não tem ninguém de confiança para retirar os órgãos pro mercado negro e eu quero dar esse orgulho pra ele.

Mas com a prova de ontem o estresse do final do ensino médio e o pouco tempo que tenho pra mim eu estou explodindo muito fácil. E fica ainda pior quando ele interrompe meu orgasmo desse jeito.

Lavei as mãos e sai do banheiro ainda estressada e ele me encarou já sabendo o porquê. Thomas me prometeu alguém antes dos dezoito mas pelo que vejo vou precisar conseguir eu mesma.

— Desculpa não queria te interromper.

— tudo bem eu continuo depois,

— Pode fazer enquanto eu tomo banho como da última vez eu não me importo..

— Não tô mais no clima, acho que vou descer pro escritório pra atualizar as matérias devia fazer isso também suas aulas começam amanhã..

— Eu vou, daqui a pouco eu desço..

Ele me deu um beijo na testa e entrou pro banheiro, na verdade eu menti e foi a primeira vez que fiz isso e me impressionei por ele não ter desconfiado.

Desci pro escritório e peguei o computador pessoal, entrei na página da faculdade e procurei até eu conseguir encontrar ele...

Era meu professor de aula prática, pelas redes sociais dele as informações são de que ele é viúvo, é o primeiro trabalho dele como professor e ele tem 45 anos, mais que o dobro da minha idade... exatamente meu tipo..

Vi ele me olhando na aula de ontem enquanto mexia no cadáver de demonstração na aula prática, ele é bem mórbido ninguém pensaria em sexo mexendo em um corpo em decomposição só eu e aparentemente ele.

Tenho certeza de que Thomas vai gostar dele e então só vai faltar conseguir alguém pra ele mas acho que vai ser difícil, Thomas tem um gosto bem variado para mulheres considerando todas que ele já beijou, ele é quieto mas já ficou com metade da nossa antiga escola.

— Estudando?.- Fechei o computador rápido pensando ser o Thomas mas felizmente não.— É...acho que não estava estudando, precisa ser mais discreta quando estiver aprontando.

— Me deu um susto tia Cristal...

— O que estava fazendo? E não mente pra mim.

— Sabe o que Thomas e eu queremos fazer não sabe? Daquilo que nós te contamos..

— Sei, daquilo que eu não concordo.

— Eu já expliquei que não é incesto, não vou transar com meu irmão vou transar ao lado dele.

— Ainda é intimidade demais, só porque são gêmeos não significa que são a mesma pessoa.

— Bom independente disso, o que tem a dizer sobre diferença de idade? Nada de compromisso apenas sexo.

— Depende, qual a diferença?

— Ah nada demais sabe só uns 27 anos.

— O que?! 27?! Seu pai teve vocês com menos que isso Freya.

— Mas ele não é meu pai e você sabe que eu vou fazer mesmo se a senhora não gostar... o que eu estou perguntando é se com alguém mais velho pode ser mais confortável.. eu não quero ficar sem andar ou algo do tipo.

— Ok... eu não faço ideia, como você sabe eu gosto de mulher e os únicos dois caras com quem eu transei tinham a minha idade e aparentemente eu não gostei.. não acredito que vou dizer isso mas você precisa conhecer esse homem pra saber disso.

Essa era a parte ruim da situação, eu não sou sociável não consigo conversar com ninguém além do Thomas não que isso seja um problema pra mim mas pra situação acho que pode ser.

— Obrigada pelo conselho, eu vou tentar conversar..

................................................

— Turma, por hoje é só...

Esse era o momento que eu estava esperando, nem prestei atenção na aula porque estava pensando em como começaria o assunto com ele. As pessoas começaram a sair e eu demorei para juntar minhas coisas de propósito, esperei até que tivéssemos sozinhos e me aproximei de sua mesa.

Deus ele é mais bonito ainda de perto...

— Com licença senhor Vladimir.

— Não está atrasada para a próxima aula senhorita Parker?

Ele disse em um tom de voz autoritário sem nem olhar pra mim e continuou anotando as coisas no papel em uma letra russa pelo que parecia, eu gosto disso, gosto quando falam assim comigo e isso me deixou arrepiada.

— Preciso falar com o senhor sobre a matéria.

— Dúvidas? Ou curiosidade?

— Curiosidade com certeza...

Ele finalmente olhou pra mim parecendo me analisar, posso estar louca mas tenho quase certeza de que me lembro desse rosto de algum lugar.

— O que precisa saber?

— Disse que alguns cadáveres frescos tem terminações nervosas isso quer dizer que sentem?

Ele sorriu de um jeito tão atraente e se levantou vindo até mim do outro lado da mesa, ele sabe que eu entendi a matéria afinal tirei nota máxima nessa prova e ele até me elogiou por isso.

— Não eles não sentem... é como quando você se arrepia, seu cérebro não te avisa do que vai acontecer e você só sente quando já está arrepiada.

Ele disse encarando meus peitos marcados através da blusa, ele sabe o que está fazendo mas a questão é porque ele não toma o próximo passo? Porque não me agarra logo?

— Acho que ainda não entendi o exemplo do arrepio pode demonstrar?

Vi seu olhar descer até minha boca e sua mão tocou minha cintura firme, notei quando ele desceu um pouco mais até meu quadril me deixando ansiosa pelo próximo passo, ele estava a ponto de tocar entre minhas pernas quando uma bala atravessou sua têmpora e ele caiu no chão morto.

Olhei para o lado com raiva porque já sabia que tinha sido ele a estragar o que ia acontecer, Thomas tem o costume de agir por impulso e já é a segunda possibilidade minha que ele mata desta forma.

— Thomas por que matou ele?!

Ele estava com a minha arma e com um silenciador, ele afastou o corpo olhando pro homem morto no chão e fez uma expressão assustada que eu não consegui entender.

— Merda...

— Que foi?

— Merda Freya, que merda!

— Está me assustando o que foi?!

Ele estava tremendo e completamente pálido isso não era bom, ele conheceria esse homem ou ele era alguém importante demais pra morrer.

— Ele é... o...

— Respira Thom... olha pra mim e respira, quem era ele?

—...O chefe da máfia russa...

— O que?!

Obsessão parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora