Curiosidade sem limites

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Depois de ligar para os meus pais e contar a situação já estávamos mais tranquilos eu não sei o que Ivan pretende mas é claro que não somos burros o suficiente pra acreditar nele cem por cento.

— Pedi que buscassem em casa algumas roupas e coisas de higiene...

— Freya tem certeza de que é uma boa ideia ficar aqui?

— Não é bom provocar uma guerra agora Thomas, mamãe está confiando em nós pela primeira vez sabe o quanto isso é importante?

Nossa mãe é protetiva talvez muito mais que nosso pai, ela sempre está por perto e nunca nos deixava agir sem sua permissão. Mas agora ela estava diferente, talvez por sermos adultos eu entendo o que ela quer.. nos tornar responsáveis pelos nossos atos.

— Tem razão, vamos fazer isso.. onde está Ivan?

— O segurança disse que está se trocando pro jantar, acho que também devemos fazer isso.

— Eu não quero descer, estou sem fome..

— Thom... não faz isso.. é só uma situação fugir um pouco do controle que você para de comer eu preciso de você forte. Vem vamos tomar banho e depois descer.

Não gosto de estar sem controle de alguma coisa e mesmo gostando da sensação de perigo que esse lugar trás eu não posso evitar perder a fome por causa da ansiedade.

Freya me levou pro banheiro e ligou a ducha. Ela sabe como me acalmar nessa situação e eu sei que foi por isso que pediu pra ficar no meu quarto ela tem medo de que eu tenha uma crise. Tiramos as roupas e ela me puxou pra debaixo do chuveiro me abraçando enquanto a água quente me relaxava.

— Seu coração está acelerado Thom... você está bem?

— Não... não quero que eles te façam mal..

— Isso não vai acontecer, está tudo sobre controle... vire de costas e se toque, vai ajudar..

Me virei de costas como ela disse e deslizei minha mão até meu pau mas ainda não estava excitado, sentia uma crise de ansiedade se aproximar e eu não conseguia ficar duro.

— Não consigo..

— pense nas mortes.. lembra de quando torturou aquela mulher? Cortou o clitóris dela, disse que foi a que mais gostou..

Comecei a me lembrar da cena e ficar excitado, me lembrei dos gritos e comecei o trabalho com as mãos. Ela estava com medo de mim e quando a coloquei nua sobre a mesa com a faca nas mãos ela começou a ofegar exatamente do jeito que eu gosto.

Meu pau já estava quente e pulsando ao me lembrar de como gostei daquela tortura, me lembro do seu cabelo ruivo ficar ainda mais vermelho com o sangue. Porra eu podia sentir a vontade que eu estava dela.

Tão atraente e tão culpada do seu crime, em poucos segundos gozei na minha mão ofegante enquanto tentava conter meus sons.

— Melhor?

Minha irmã perguntou as minhas costas me fazendo notar como tinha melhorado a ansiedade, eu preciso dela pra me ajudar nisso todas as vezes ninguém sabe como me satisfazer só a Freya.

— Melhor, obrigado...

— Tudo bem, vamos terminar o banho e depois descer..

Eu não confio em mim mesmo mas com a Freya aqui fica mais fácil, precisávamos saber o que Ivan pretendia e talvez conhecê-lo seria a forma mais fácil de fazer isso.

Terminamos o banho e quando saímos do banheiro haviam duas mochilas sobre a cama, eles já tinham buscado nossas coisas e entre as roupas havia um bilhete da nossa mãe.

"Procurem no fundo da mochila e guardem bem"

Freya tirou tudo que havia e bem no fundo em um bolso falso tinha arma dela e minha adaga, isso era uma prova de que ela também não confia no Ivan e eu estava certo.

— Guarde de volta na mochila e coloque no fundo da cômoda.

— Acha que ele sabe que a mamãe colocou as nossas armas aqui?

— Ele não seria burro de mandar buscar nossas coisas sem revistar antes..

Guardamos tudo e nos trocamos rápido descendo até o primeiro andar, tinham seguranças por todos os lados não era igual nossa casa isso aqui não parecia um lar estava mais pra uma fortaleza.

— Que bom que chegaram, com fome? O jantar já vai ser servido por favor sente-se.

Havia um outro homem a mesa e de costas pra nós havia uma mulher... cabelo ruivo e quieta. Freya olhou pra mim também bastante confusa e nos sentamos de frente a ela a encarando. A mesma estava de cabeça baixa não permitindo que víssemos o seu rosto claramente.

— Este é o Bill, meu acessor..- ele disse apresentando o homem forte que continuava calado e depois apontou a mulher a nossa frente.— E essa é Nina, minha irmã.

— Não estava no relatório que tinha uma irmã..

— Não tinha muita coisa no relatório Thomas..

Observei a garota na minha frente um pouco melhor, ela estava retraída como se estivesse com medo, quando a comida foi servida igual a um cachorro Ivan disse pra ela comer e então ela começou devagar e sem fazer barulho. Freya segurou minha mão e só então notei que eu não estava comendo.

— Precisa de ajuda?.- ela perguntou baixo mas é claro que todos estavam ouvindo.

— Não, eu consigo...

Encarei a sopa de legumes e com dificuldade comecei a comer sem conseguir conter o balanço da minha perna por causa da ansiedade. Freya notou isso e mesmo que eu tenha dito que não precisava de ajuda ela fez o que sempre fazia tomando a colher da minha mão e começando a me ajudar a comer como uma criança.

Ela pegava um pouco da sopa e colocava na minha boca e dessa forma era mais fácil, eu não gostava que as pessoas vissem essa parte nossa e Ivan estava nos observando.

— Não tem problema em comer no quarto se sente desconforto a mesa.

— Eu prefiro aqui.

— Freya pode ir pro quarto com você se quiser..

— Quer ir Thom?

— Não, vamos ficar..

Eu precisava observar esse lugar mais um pouco, tudo isso parecia muito estranho e eu estava interessado na garota a minha frente, ela já tinha terminado de comer e o mordomo retirou o prato dela. Ivan fez um sinal sutil com a mão e ela se levantou saindo da mesa.

— Eu sei que estão curiosos podem perguntar.

— Sabe o que queremos saber.

Ele riu de forma debochada e o tal acessor olhou pra ele como se pedisse permissão e Ivan assentiu.

— Nina e Ivan são gêmeos.. cuidei deles a vida toda obviamente deixando o Ivan a frente de tudo.

— Porquê obviamente? Nossos pais fizeram questão que Thomas e eu fossemos iguais.

— Na nossa cultura não é assim... acreditamos que as mulheres são apenas um erro, as vezes um belo erro como você mocinha.

— Na nossa cultura, você seria humilhado pelas mulheres da nossa família.

— Minha irmã não faz parte de tudo isso Thomas, Nina é o que ela foi criada pra ser..

Ele tem o péssimo costume de deixar frases em aberto, eu não fazia ideia do que aquilo queria dizer mas eu estava curioso e muitas vezes minha curiosidade não tem limites.

Obsessão parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora