Um momento juntos

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Ela teve pesadelos a noite toda murmurando o nome do Ivan, sente falta dele e sabe que ele não sente nada sobre ela.

— Não estou com fome.

— Eu não me importo, coma agora.- Com relutância ela pegou a colher e começou a comer o cereal como uma criança emburrada.— Vou fazer meu trabalho e quando voltar quero que já tenha comido tudo, me importo com você.

Ela me olhou com esperança e deu um leve sorriso mas eu só estava a enrolando um pouco, fui para a sala de tortura e quando cheguei lá me surpreendi por Freya e Ivan estarem lá.

— Pensei que meu horário era de manhã..

Freya veio até mim saltitando e me abraçou, senti tanta falta do contato dela que pareceu um pedaço do céu no inferno.

— Pedi pra torturar com você hoje, senti saudade.

— Eu também minha pretinha..

— Se afastem, tem trabalho pra fazer..

Eu ainda não estava entendendo esse ciúme repentino do Ivan mas é claro, considerando como ele vê a irmã não diria que é tão estranho assim. Havia uma ficha sobre a mesa de metal e uma mulher erguida ao teto bem a nossa frente, Freya pegou a ficha dela e começou a ler.

— Chleo Vega.. 22 anos, torturou a filha..

— Matou ela?

— Não a garotinha tá viva.. está internada, foi um dos médicos que entrou em contato e ele quer o vídeo da tortura dela.

Era interessante, raramente vemos mães assim normalmente são os pais a serem os filhos da puta. A mulher estava tremendo mas mantinha seu olhar de raiva sobre nós, fui até ela e tirei a mordaça da sua boca.

— Quem são vocês?! O que está olhando vadia?!

Dei um tapa forte na sua cara a fazendo ficar zonza e o sangue começou a escorrer no canto de sua boca.

— Nada me deixa mais irritado do que alguém ofender minha irmãzinha assim..

— Own.. obrigada Thom..

Ivan pegarreou atrás de nós me fazendo revirar os olhos, ele é patético.. Fui até a parede de ferramentas e peguei o bisturi enquanto Freya rasgava a roupa dela, peguei também a soda cáustica. Fazia muito tempo que não usava isso e essa mulher merecia sofrer um pouco.

Entreguei o bisturi a Freya e ela começou a fazer os cortes, a mulher gritava e se contorcia pelos cortes profundos que Freya fazia nas coxas, barriga, seios ela estava jorrando sangue e minha irmã já estava admirada podia ver que ela assim como eu nunca se cansaria disso.

Fui até ela e a mesma começou a ofegar, coloquei as luvas e com cuidado passei o pó por dentro dos cortes sem conseguir esconder minha cara de satisfação ao ver ela gritar.

— PARA! EU NÃO AGUENTO MAIS ISSO DÓI!

Fechei os olhos sentindo os arrepios pelo meu corpo, era tão satisfatório...

Esperei um pouco até sua pele começar a soltar e depois analisei as opções do que havia naquela parede para continuar, algo que talvez eu nunca tenha usado e então eu vi...

Peguei o massarico e me aproximei dela Freya sorriu animada e ofegante ao ver algo que nunca tínhamos usado e então com a mulher gritando assustada me aproximei queimando parte do seu rosto, enquanto sua pele derretia seus gritos já eram altos o suficiente pra sair da sala.

Freya tomou o massarico e começou a queimar o outro olho dela o fazendo derreter e ficar pendurado em seu rosto, aquilo estava bom, mas ouvi um som de uma respiração pesada logo atrás e quando olhei Ivan estava virado de costas parecia estar passando mal.

Se ele quis estar presente então que pelo menos suportasse o que veria.. quando a mulher já estava quase morta Freya parou o que fazia estando completamente arrepiada, peguei a arma de choque porque não queria que terminasse agora e comecei a eletrocutar seu corpo.

Ela se contorcia sem gritar porque já estava quase morta, Freya pegou o velho conhecido pé de cabra e acabando com minha diversão começou a bater na cabeça dela fazendo o sangue voar sobre nós nos deixando completamente sujos, não pude evitar rir quando o olho da mulher caiu no chão e Freya parou de bater ofegante sem poder segurar a risada.

— Vai precisar de um banho...- disse tirando um pedaço de pele do seu cabelo.

— Não tem outro pra torturar hoje?... Ivan?

Nós olhamos pra ele vendo seus olhos cheios de lágrimas e ele estava completamente vermelho, Freya olhou pra mim e juntos começamos a rir da cara dele, foi inevitável.

— Porque está assim? Não vai me dizer que é sensível?

— Acho que... eu vou vomitar...

Ele saiu correndo segurando a boca em uma cena hilária, Freya me abraçou desta vez sem ninguém pra reclamar e foi a melhor sensação que tive em muito tempo nunca pensei que sentiria dor física ao me afastar dela por literalmente um dia.

— Está bem Thom? Conseguiu comer hoje?

— Estou bem não se preocupe... e como está? Indo bem?

Ela sabia sobre o que eu estava perguntando e apenas assentiu se afastando de mim repentinamente, olhei para trás e vi que Nina tinha entrado na sala e estava nos observando.

— Então vocês torturam mesmo...

— O que está fazendo aqui? Eu disse pra comer e me esperar lá.

— Estava curiosa, porisso você é tão agressivo comigo... é por causa desse problema? Ou... é por causa dela? Mas você nunca é agressivo com ela...

— Talvez porque Thomas tenha uma ligação comigo que você nunca vai ter com ninguém Nina... até eu tenho mais ligação com seu próprio irmão do que você.

— Sua vad...

— Ei! Nem pense em ofender ela Nina, eu ando sendo legal demais com você não me faça perder a paciência.

Ela olhou pra Freya com ódio dava pra sentir, quando saiu dali parecia estar cuspindo fogo de tão nervosa mas era exatamente essa a intenção. Nina deveria ficar com tanta raiva e ciúme a ponto de fazer parecer estar louca, ela é a única irmã do Ivan e ele precisa pensar que ela não está bem o suficiente.

— Continue seja lá o que estiver fazendo Freya..

— Preciso da sua ajuda está noite, sobre o Ivan... vou dar um show a ele, intervenha por favor não posso dizer mais você vai saber o que fazer.

Ela me deu um beijo no rosto e saiu dali sem me explicar nada do que planejava. Pensei que levaria um tempo até Ivan ficar rendido a ela mas ele a acompanhou na tortura de hoje só por ciúmes mesmo sabendo que não aguenta ver isso.

Se o plano continuar caminhando rápido assim em menos de dois meses ele vai pedi-la em casamento e então será a hora de agir.

Obsessão parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora