Lalisa havia ficado meia hora na indecisão impertinente, sua mente vagava desde os pensamentos intrusivos até os falsos cenários de realidade.
Sim, ela sabia que seria assim.
Lalisa soube desde o início, no fundinho de sua alma, que aquilo aconteceria. Que a partir do momento em que se viu naquela situação, tudo mudaria.
Seus pensamentos estavam trancados a sete chaves, como se ninguém, a não ser aquele que portasse a chave, pudesse acessá-los. Ninguém, além dela.
Ninguém além daquela pessoa específica.
E quando ela se viu, sentada à frente daquela pessoa, parecia que o tempo havia parado, pelo menos por uma fração de segundos. É como se só estivessem ali ela e aquela bendita loira.
Sim, ela mesmo.
Agora, sua funcionária. Outrora, seu amor.
Desde o momento em que a viu.
Embora seus pensamentos circulassem para outro lugar, quase que completamente — melhor dizendo, completamente —, era hora de fazer o que deveria ser feito naquele exato momento.
Seria melhor conversar com a loira que dominava seus pensamentos ou ficar quieta esperando por algo acontecer milagrosamente?
Talvez, para Lalisa, esperar que algo acontecesse milagrosamente fosse a melhor opção.
Pelo menos até esse meticuloso azo.
O qual outrora vereditos deveriam ser empregues.
Decisões deveriam ser tomadas.
Aos passos leves quase como um bico de pena que desliza desveladamente sobre uma folha de papiro, Lalisa recolhia suas coisas e saia da empresa.
O duradouro horário de trabalho já havia se dado por concluído, o que permitiria que seu restante dia fosse aproveitado de maneira dissemelhante, caso em seu trabalho houvesse alguma objeção não-calculada.
Coisa a qual não estava prevista acontecer, e Lalisa estava confiante disso.
Agora, aos passos pouco mais apurados, viu a loira sair da empresa. Seus cabelos voando serenamente sob o vento, sua pele refletida no mais esbelto por do sol que aqueles dias já testemunharam. Decidiu parar de olhar antes que a outra percebesse.
Talvez somente estivesse com a mente confusa, contudo, Lalisa sabia que havia algo mais profundo do que aquilo que achava haver.
Algo muito mais intenso.
Deixou essas perturbações e entrou em seu carro, quando sentou no banco estofado de motorista colocou suas mãos na direção e a chave para ligar o carro.
Ligou-o e partiu.
Aos um curto prazo de tempo, não mais que 20 minutos, olhou pelo retrovisor e viu um carro preto.
A primeira coisa que Manobal pensou foi em como era ridículo, caso realmente estivesse, estar sendo seguida daquela maneira. Tão descaradamente.
Porém, após dobrar a esquina, que seria um dos principais trajetos em direção a sua casa, Lalisa se certificou. Estava realmente sendo seguida.
Talvez as pessoas devessem parar de assistir filmes de perseguição. Considerou a Manobal.
A primeira pessoa em quem a Manobal pensou ser capaz disso foi Soo-jin.
Talvez um pouco precipitada? Sim, mas a garota realmente parecia ser meio ‘tantã das ideias’.
Todavia, quando olhou mais atentamente para o carro que julgava persegui-lá, viu um homem. Homem a qual parecia familiar, mas ela não tinha certeza total de quem era.
A única coisa que pensava era que já havia o visto, com toda certeza.
Acelerou o carro.
O carro atrás de si também acelerou.
Dobrou à esquerda.
O carro fez o mesmo.
Mudou seu trajeto.
Não importava o que fizesse o homem fazia o mesmo.
Já que o homem estava tão disposto a segui-lá, que seguisse Lalisa até a delegacia.
Pois feito então, Lalisa dirigiu até a delegacia.
Pelo retrovisor o carro ainda seguia-a, então, como quem não quer nada, estacionou na frente da delegacia movimentada ainda.
O carro passou reto.
Mas o homem o qual estava com o rosto um pouco coberto, olhou para Lalisa uma última vez.
É, Lalisa o conhecia de algum lugar.
Entrou na delegacia e relatou o que havia testemunhado a um policial local.
Não era uma simples mania de perseguição.
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Senhorita Manobal | Chaelisa
FanfictionNOVA SINOPSE: Rosanne Park, mais conhecida como Rosé, está à caça de uma oportunidade de emprego e, para sua surpresa, é contratada como secretária particular de Lalisa Manobal, a enigmática CEO das Corporation's Manobal. Lalisa é uma figura extrema...