CONFORME O VIDRO BAIXOU-SE as duas mulheres não poderiam estar mais pasmas do que já estiveram.
Não era Soo-jin, não era o pai da garota. Era....
Era...
— Jisoo? — Rosé exclamou, incrédula.
— O que ela está fazendo aí? — Lalisa questionou, confusa.
— Não faço ideia, mas parece que ela está sendo forçada a ficar no carro.
As duas se entre olharam, compartilhando uma expressão de preocupação. O carro preto acelerou ainda mais, deixando Rosé e Lalisa para trás.
— Temos que segui-los! — Rosé disse determinada.
Lalisa concordou e acelerou o carro, seguindo-os de perto (mesmo que este que inicialmente estivesse fazendo isso). Elas não podiam simplesmente deixar Jisoo em perigo, mesmo que não soubessem exatamente o que estava acontecendo.
O carro preto fez uma curva repentina, entrando em uma rua estreita e sem saída. Rosé e Lalisa pararam o carro atrás dele e desceram rapidamente, preparadas para agir.
Quando se aproximaram do carro preto, viram Jisoo presa no banco de trás, com um homem mascarado ao volante. Elas foram rápidas em agir, abrindo a porta e puxando Jisoo para fora do carro.
Entretanto, como nada que é bom dura para sempre, o homem mascarado, o qual não sabiam sequer indentidade ainda, pôs-se a apontar uma arma em direção à elas.
— Por favor, não faça nada precipitado — disse Rosé com voz firme. — Nós não queremos nenhum problema, apenas nos deixe em paz — continuou ela.
— Estou sendo pago para fazer isso. Não deixarei de cumprir o que me foi falado — respondeu ele, em tom inabalável.
— Quem está te pagando para fazer isso? Saiba que posso pagá-lo ainda mais para não fazer — Lalisa disse para o tal homem com sua postura impenetrável.
— Não irei revelar, dona. Contudo, farei o que me foi mandado, por motivos muito pessoais.
— Que motivos pessoais? Diga-me, envolve soo-jin? Por que se envolve, matarei aquela desgraçada com minhas próprias mãos — A Manobal proferiu entre dentes.
O homem riu fraco.
— Já disse que não falarei, e se continuar insistindo, farei algo que acabará não gostando, Senhorita Manobal.
— Deixe-nos em paz! Chamaremos a polícia! — Jisoo proferiu agora.
— Chamar a polícia? — riu o homem — Até a hora em que a polícia chegasse, vocês já poderiam estar mortas.
Rosé ficou horrorizada.
— Não faça isso! Não, não faça!
— Apenas sou pago para o que me designam fazer — mirou em direção a cada uma.
Rosé recuou dois passos.
E sem pensar duas vezes, o homem apertou o gatilho, mas antes que o tiro fosse disparado, Lalisa se lançou na frente de Rosé, protegendo-a com seu próprio corpo. O som ensurdecedor do tiro ecoou pela rua, mas para a surpresa de poucos escondidos que presenciavam a cena, não atingira seu alvo.
Lalisa sentiu uma dor aguda em seu ombro, mas não se deixou abater. Enquanto Rosé estava em choque, Jisoo parecia não simular a situação completamente.
Quando possíveis sinais de polícia em volta da área, por meio de denúncias anônimas se espalharam, o homem mascarado entrou dentro de seu carro e velozmente saiu da cena que provocara.
Jisoo ligou rapidamente para a ambulância, e também para sua mãe e Jennie. Rosé não o fez, já que em sua mente só perambulava um questionamento: 'Por quê? Por que Lalisa arriscou-se por mim? Por quê?'
A ambulância chegou rapidamente, pois, para alguém privilegiado, os sistemas de saúde não são lentos ou demorados.
Lalisa deu-lhe um pequeno sorriso, como forma de tranquilizar-a, por algum motivo que até então desconhecia.
“Seu primeiro sorriso em minha presença”, pensou Roseanne assim que viu-a sendo assistenciada pela ambulância e deu uma corridinha para lá juntamente com Jisoo.
Enquanto observava Lalisa sendo cuidada pelos paramédicos, Roseanne sentiu um aperto no peito, uma mistura de preocupação e gratidão por tê-la ali consigo.
— Lalisa, você está bem? — perguntou Roseanne, tentando esconder a emoção em sua voz.
Lalisa suspirou, mas logo soltou uma pequena risadinha, desta vez sem deboche ou sarcasmo como faria normalmente.
— Consideravelmente, estou viva.
— Sim, notifico isso. Mas...por quê? Por que fez aquilo? — As perguntas saíram automaticamente da boca de Roseanne Park.
— Por que eu... — Ela pensou, hesitou, mas logo respondeu. — Por que...eu...não iria te pagar uma rescisão.
Rosé não conseguiu se conter, acabou dando um pequeno sorriso.
— Fui eu quem sofreu uma tentativa de sequestro há minutos atrás, e sou eu quem tem que ficar de vela? — Jisoo murmurou para si mesma, de forma retórica.
Após lembrar-se novamente da presença de Jisoo (a qual havia esquecido durante breve minutos), Rosé virou-se para a garota parada ao seu lado e deu-lhe um abraço, perguntando incessantemente se ela estava bem.
Lalisa fingiu tosse, logo em seguida fazendo drama.
— E quanto a mim? Aqui, com meu ombro debilitado, quase morrendo. Não há nada que preoucupe vocês?
— Claro! Claro! — apressou-se Roseanne. — Iremos agora ver como está o seu ombro!
Antes de saírem, Jisoo proferiu baixo, apenas para Rosé ouvir.
— Me convide para ser a madrinha.
Este tópico em questão deixou Roseanne momentaneamente confusa. No entanto, assim que percebeu o que a outra quis dizer, Rosé apenas conseguiu sentir o breve fervor em suas bochechas.
— Jisoo! — repreendeu, por um momento o coração dela bateu rápido, tão rápido que poderia sair pela boca, mas apenas sentiu seus lábios se contrairem em um meio sorriso, mas rapidamente tratou de disfarçar cachoalhando a cabeça.
A outra fingiu que nada ouviu.
E assim, elas foram para o hospital tratar do ombro de Lalisa. Enquanto a polícia continuava a perseguir o mascarado homem que encontrava-se sem paradeiro definido.
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Senhorita Manobal | Chaelisa
FanfictionNOVA SINOPSE: Rosanne Park, mais conhecida como Rosé, está à caça de uma oportunidade de emprego e, para sua surpresa, é contratada como secretária particular de Lalisa Manobal, a enigmática CEO das Corporation's Manobal. Lalisa é uma figura extrema...