Eu estava me sentindo um péssimo amigo e um péssimo irmão, como não pude perceber. Eu sempre incentivava Bill a ficar com mulheres, mas ele nunca se ligava muito a isso. Eu agia como um babaca quando ele dizia que não queria, eu agia como meu pai, machista e preconceituoso. Eu queria morrer, eu era uma péssima pessoa, nunca que eu deixaria meu irmão de lado por isso. Ele é tudo que eu tenho, minha família e meu sangue. A felicidade dele é a minha, eu fui um tapado.
-Estou satisfeito sim. -Digo -Você se acha uma berração por gostar de garotos? Bill qual é? Eu pedi sinceridade acima de qualquer coisa. Eu te amo cara, porra. -Puxo ele para um abraço.
-Nossos pais não podem saber, eu seria massacrado por eles, e tudo que eu não preciso é mais odio deles por mim, no fundo eles sabem e sentem vergonha. -Diz o menino cabisbaixo
-Bill independentemente se aprovam ou não, é sua vida. Eles que se fodam. E aquele garoto é seu namorado?
-Não. A gente ficou umas vezes, ele não se assumiu ainda, ele namora uma garota, amiga da Suzy, me pediu segredo. Mas eu gosto dele, então aceitei mas me dói muito ver ele com uma vida perfeita e eu sou só uma diversão.
-Por Deus Bill, eu desço o braço nele, sem piedade, ele é um babaca, você é meu irmão, não aceita qualquer merda. -Dou um empurrãozinho nele.
-Relaxa Tom, não vai ser preciso você bater em ninguém, ok? Vai na casa da Sam agora?
-Eu vou ficar com você hoje. Depois vou ver ela, temos muito o que conversar né? Não é todo dia que a gente tem um irmão viado.
-Nossa você é um escroto vei. -Diz Bill fazendo cara de reprovação.
-Eu tô brincando mano. Mas eu me sinto péssimo em não ter notado, me perdoe. Pode contar comigo de verdade, você sabe que tem a mim.
-Eu sei, obrigado. -Bill me abraça.
Passamos a tarde toda juntos, Bill me contou sobre tudo o que sente, e eu sempre atento para entender ao máximo meu irmão, queria que ele se sentisse a vontade e queria que ele soubesse que seus sentimentos são válidos para mim. E o quanto eu o amo e o quanto eu iria o proteger.
Saímos com os garotos Gustav e Georg, andamos de skate próximo a casa de Georg e Sam, eles moravam perto um do outro. E Bill sentiu a vontade em contar aos meninos, e assim como eu todos ficaram ao lado dele, eles eram mais nossa família que meus próprios pais. Nós quatro, matávamos e morríamos um pelo outro e nada mudou.
Terça 22:40 p.m
Já estava em casa e esperando minha mãe dormir para que eu pudesse sair e ir até o trabalho de Sam, queria vê-la, passamos o dia trocando mensagens mas minha necessidade era mais intensa, era a necessidade de senti-la de poder toca-la.
Então saio de fininho e meu pai estava fumando um charuto na sala, a luz estava baixa e me assustei pois não tinha o visto ali.
-Saindo garoto? -Diz meu pai me assustando
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Through Your Eyes - Tom Kaulitz
FanfictionSamantha Jones é uma jovem de 20 anos que sonha em ter uma vida promissora e uma carreira de sucesso no jornalismo, uma garota independente e sonhadora, forte e destemida. Tom Kaulitz um adolescente de 16 anos, que como todo adolescente passa por fa...