Não é possivel

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Era nítido meu desconforto, tanto pelas palavras de Suzy quanto a aproximação dela com Dom, que não fazia sentido nenhum para mim

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Era nítido meu desconforto, tanto pelas palavras de Suzy quanto a aproximação dela com Dom, que não fazia sentido nenhum para mim. Até que os dois se aproximam de mim e Tom, ainda próximos da piscina.

-Sam, que mundo pequeno. -Diz Dominic

-Pelo visto você também anda com as crianças né? -Olho para Suzy com desdém

-Ela é minha prima, disse que tinha uma festa legal e decidi vir também, esse é o seu namorado? Engraçado você disse que não estava pronta para relacionamento.

-Cara, da um tempo, não enche o saco da minha namorada não, estamos aqui de boa, mas eu soco sua cara se fizer gracinha, acha que eu não sei que você fica indo atrás dela nos lugares? -Diz Tom me colocando atrás de si. Um tanto fofo.

-Relaxa cabelinho de palha, não vou brigar com você, até porque ninguém coloca muita fé nisso aí, bom aproveito, e Sam depois que ele pisar na bola não diga que eu não avisei. -Diz Dom e Suzy se distanciando.

-Foi por causa dele que você estava estranha? -Pergunta Tom

-Não, só vi ele agora. Essa festa não está divertida, ainda mais com eles aqui. -Digo

-Ei, você não precisa fugir deles, eles são ninguém, vamos curtir eu, você e os caras, eles são apenas expectadores da nossa felicidade gata, vamos quero te fazer uma bebida, a moda Tom. -Ele me puxa para dentro da casa e Dom nos segue com os olhos até a porta, seu olhar era de fúria.

-Caramba Tom, isso está muito forte. -Digo dando um gole na bebida.

-Bebe tudo. Quem cair primeiro cuida do outro, combinado? -Tom propõe tomando um gole do dele

E assim fazemos, viramos um e depois outro, estávamos alegres. Tom sabia mudar todo o mau humor que estava me sobrevoando. Ele sorria, brincava com os garotos, faziam guerrinhas e jogavam bolinhas nos copos vermelhos e bebiam juntos, eu só observava como aquele sentimento era arrebatador, como aconteceu tão inesperado, o garoto da identidade falsa, hoje é o homem que está do meu lado.

-Vou no banheiro. -Digo cutucando ele e ele assente com a cabeça.

Chego no banheiro e havia uma garota na minha frente, então ela entra e eu aguardo do lado de fora e Dom se aproxima.

-Anão.. -Digo passando a mão nos cabelos

-Aqui não é casa noturna fofa, usamos todo mundo o mesmo banheiro. -Diz o garoto ríspido.

-Pode usar na minha vez. -Digo saindo da fila mas ele me segura pelo braço.

-Eu admito que fiquei chateado, poderia ter sido sincera comigo, que amava outra pessoa. Eu ainda espero que isso tudo dê errado e você volte a ser minha, quero pensar que sou o certo para você.

-Dominic, eu sei que poderíamos ter terminado isso de uma forma mais amigável, mas eu estou com ele agora, ele me faz tão bem, eu sinto que estou correndo risco mas é um risco que vale a pena, por favor me deixa viver isso. -Digo olhando nos olhos

-Estou de longe, não vou insistir. Mas espero muito que mude de ideia sobre nós.

A menina sai do banheiro e ele faz um sinal para eu entrar, então entro e olho no espelho por um instante, sinto que estava tonta. Eu sorria para mim mesma, e tudo girava. Então saio do banheiro e Dom já não estava mais lá.

Volto para o lado de Tom e ele estava nitidamente tonto, falava coisas enroladas e ria sem nenhuma piada, já era hora de parar.

-Vamos para casa? Acho que já está na hora. -Digo

-Ainda é cedo. Só mais um pouco -Ele dizia me abraçando e seu corpo pesado

-Sim Sam, ele está bem. Eu acho. -Diz Gustav que estava do seu lado na mesa de jogos de bebidas

Então saio para a piscina e vejo Bill conversando com um garoto, pareciam próximos. Então faço um joia com o dedo polegar para ele, o garoto é um gato.

Georg rodeado de mulheres, ele é o tipo de garanhão que não queremos nos meter a besta, típico sedutor que esmaga nosso coração com toda força, mas no fundo um cara legal.

Vou até a cozinha onde estavam as bebidas e mesas de jogos, Tom e Gustav comemoravam conforme os adversários perdiam, pego uma cerveja e vejo Dom e Suzy sempre me encarando onde quer que eu ia. Único lugar que eu estava melhor era do lado de fora.

Vejo Bill e o garoto aos beijos, fiquei impressionada como era excitante ver dois caras se beijando, dois caras gatos. Bill é extremamente sexy, seus olhos marcados é seu charme principal. Eles se beijavam com tanta intensidade que eu me arrepiava por eles.

Fico encarando por um tempo e me dou conta de que eu estava vidrada neles, ainda bem que percebi antes de parecer uma completa louca.

Volto para chamar Tom, não dava mais para ficar, no dia seguinte tínhamos aula e a vida rotineira voltaria novamente. Mas não o vejo, apenas Gustav.

-Ei, cadê o Tom? -Pergunto

-Acho que foi no banheiro. -Gustav da de ombros como se não soubesse de fato.

Vou até o banheiro e escutos gemidos nasalados vindo de dentro. Não é possível, não é possível.

As risadinhas, e barulho de corpo batendo pele na pele, meu estômago revirava. Eu bati na porta e as pessoas ficaram em silêncio, meu coração acelerou, eu iria ver o que eu não queria ver. Mas era preciso. E novamente eu bati na porta, e ela abre revelando as pessoas que estavam fazendo sexo.

Eu os encaro, a garota ajeita o cabelo e a roupa e sai em silêncio. Ele arruma a calça no lugar, e seu pau ainda dava volume na roupa. Então eu o empurro para o lado e vou para o sanitário e vomito, sinto todo o gosto da cerveja pairar nos meus lábios. E eu vomitava cada vez mais, maldita bebida.

Então ouço a voz de Tom entrar no banheiro.

-Ei gatinha, você está bem? Vamos para casa, vou cuidar de você. -Diz o garoto com as mãos nas minhas costas.

-Onde você estava? -Pergunto

-Eu estava usando o banheiro do quarto do Georg, odeio banheiros públicos. -Diz ele

-Atrapalhei uma foda, achei que era você aqui dentro com outra pessoa. -Digo dando um riso amarelo.

-Não pira. Vamos para casa, eu dirijo. -Diz Tom me ajudando a levantar.

Nos despedimos de todos e fomos para minha casa, passamos em uma farmácia compramos aspirina e alguns remédios para embriaguez, tomamos banho e dormimos.

Eu pirei hoje, achei que Tom estava me traindo no banheiro, eu deveria me envergonhar disso, eu deveria confiar nele. As pessoas tem colocado coisas na minha mente que eu não deveria deixar nos afetar, eu amo Tom, escolhi estar com ele apesar de tudo. Mas admito que sinto medo, sinto medo de me envolver e as pessoas terem razão, sinto medo de me machucar, admito que sinto muito medo de cair.

Through Your Eyes - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora