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— Não quero você desmontada.

Apesar disso, o desafio lançado por Diego foi o suficiente para que Amaury avançasse novamente, mordendo os lábios, sugando-os em seguida e enfiando a língua na boca grudada a sua e misturando as salivas quentes.

Diego ajoelhava-se no sofá, com uma das pernas ao lado da de Amaury e a outra entre elas, onde aproveitava para roçar na virilha alheia. O corpo ainda erguido precisava se inclinar para retribuir àquele beijo, fazendo com que a cabeça do empresário fosse jogada para trás.

A mão livre de Amaury agarrou a coxa da drag, podendo sentir o couro da bota que ia até a metade da mesma, subindo-a com os dedos enquanto a apertava com força o suficiente para sentir a ponta dos dedos esbranquiçarem pela pressão.

Os braços agarraram o quadril pela cintura, puxando Diego em um abraço firme e então, inclinando-a para o lado, colocando-a sobre o estofado e encaixando-se entre suas pernas.

O beijo era quente e intenso, deixando que as línguas roçassem intensamente na outra, fazendo os lábios arrastarem ao outro e grudarem como um ímã, atraídos por um desejo maior do que eles. Apesar disso, o beijo foi interrompido quando as mãos de Diego agarraram os ombros de Amaury e o afastaram mais uma vez. Recolhendo a perna, posicionou a sola e o salto da bota bem no meio do peito do empresário, empurrando-o para que ficasse de pé.

A artista se ajeitou no sofá, sentando-se e deixando um dos pés para o chão enquanto, ainda com o salto fino do outro pé, impedia o homem de avançar.

— Tira a roupa.

Disse com um sorriso no rosto, se lembrando da primeira vez em que estiveram juntos.

Amaury a olhava com a mesma fome insaciável e um sorriso cretino desenhado aos lábios, e antes mesmo que ele pudesse devolver qualquer coisa parecida com um "tira você" para retrucá-la, Diego estalou a língua em negação.

— Nem ouse.

Dessa vez, quem ordenava era Diego.

Absorto, Amaury apenas a observava, deixando que os olhos caíssem desde a perna, as coxas, a cintura, o quadril, os braços, e a forma que os cabelos loiros bagunçados deitavam-se sobre os ombros. O batom estava levemente borrado, mas todo o restante da maquiagem estava em perfeito estado.

Amaury foi acordado de seus devaneios quando o pé de Diego desceu até o quadril, e a parte da frente da bota roçou seu volume evidente, fazendo-o trincar os dentes e grunhir.

— Vai.

Diego reforçava sua ordem, não demonstrando em nenhum momento que iria abaixar a guarda.

Amaury não era um homem que obedecia, que assentia e que concordava. Amaury não abaixava a cabeça, não mudava seus planos, tampouco cedia a vontades e desejos que não fossem os seus. Ele gostava de dominar todos os espaços em que se colocava, gostava de comandar, de ditar as regras do jogo. Amaury sabia, não somente porque sentia, mas porque via que todos ao seu redor o respeitavam, o cordializavam.

E ele gostava disso, gostava de ser daquela forma, de ter o respeito e atenção de todos. Gostava de como isso o colocava em uma posição confortável, até mesmo de temor. Para ele, era agradável e excitante.

E, em meio ao seu devaneio sobre a própria presença visceral e dominadora, Amaury quase não percebe como leva as próprias mãos ao blazer, empurrando-o dos ombros e deixando-o cair ao chão.

Era ridículo como Diego conseguia tê-lo na palma da mão.

Logo foi a gravata, e desabotoando um botão de cada vez, a camisa também foi arrancada do tronco malhado. Amaury se via quente, pronto para entrar em combustão enquanto Diego deixava que a sola da bota descesse por uma das pernas, mas logo se colocava entre as duas e subia novamente, roçando na virilha excitada e sensível do empresário.

Red Lights | DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora