Red Lights | Dimaury

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O desfile tinha feito Diego ganhar uma quantidade considerável de seguidores nas redes sociais, já que, antes de sair nas revistas, passou um breve comercial na televisão, e seu rosto foi estampado para o país inteiro. Ele nunca imaginaria aquela repercussão, muito embora fosse o seu sonho desde sempre.

Com Gualandi e encontrando vários amigos naquela noite, ele se permitiu aproveitar e bebeu todas. Não sabe como chegou em casa, mas estava com os tênis sujos em cima da cama e uma dor de cabeça incômoda.

Apesar disso, se lembrava de quase tudo e honestamente, se divertia com os fragmentos mais precisos que vinham à mente. Havia sido uma noite realmente incrível e memorável para ele. Um grande marco na sua carreira, principalmente pelo valor que receberia por isso, que não era pouco.

Já conseguiria, inclusive, gravar o seu clipe. Já estava tudo certo, e Lennon já estava esperando apenas o dinheiro em conta para marcar o dia e hora que seria feito a gravação. As fotos do ensaio feito na Elysium já haviam sido liberadas para Diego e, inclusive, já tinham toda a produção de divulgação.

Era realmente um momento de grande realização pessoal e ele não poderia estar mais grato por todas as coisas que vinham acontecendo em sua vida.

No dia seguinte compareceu na Elysium, e após um breve ensaio e um café com Thati e alguns outros modelos, ele foi até o camarim já vazio para buscar sua mochila, sendo surpreendido com Amaury entrando no cômodo um pouco depois e fechando a porta atrás dele.

— Oi, bonitão. Não sabia que você estava aqui hoj...

Diego foi interrompido de sua gracinha quando Amaury o puxou pelo braço, empurrando-o contra uma das várias penteadeiras enfileiradas nas paredes do camarim. Como a madeira era mais baixa, o quadril de Diego já se encaixou para se sentar, fazendo com que o impacto derrubasse uma considerável quantidade de maquiagens e pertences pessoais amontoados no chão.

A bagunça era clara e seria questionada depois, mas, não pareceu ser uma preocupação naquele momento.

A respiração de Diego foi cortada com um grunhido no fundo da garganta, principalmente quando as mãos de Amaury agarraram o rosto e o puxaram contra o seu, beijando a boca macia e quente, encaixando os lábios daquela forma que sempre acontecia entre eles.

Surpreso, Diego alcançou o tronco do outro, agarrando o tecido grosso do blazer com uma mão de cada lado, apertando os dedos e retribuindo aquele beijo avassalador, cheio de língua e saliva. Seu peito doía, e foi assim que se lembrou que precisava respirar, permitindo-se em seguida, deixando que o ar quente que saísse do nariz batesse contra a pele macia do homem grudado nele.

O mais velho desceu as mãos até agarrarem a cintura de Diego, empurrando-o ainda mais contra o espelho ao se encaixar entre suas pernas. Os dedos compridos espalmavam naquele espaço que era o seu predileto. A cintura fina e desenhada se tornou seu lugar favorito, desde o primeiro momento havia magnetizado aquela área com suas mãos.

Essas, que encaixavam-se por dentro da blusa, tocando a pele macia e podendo, de imediato, sentir o corpo de Diego se arrepiando. Era perceptível a Amaury como o outro ia ficando fraco e vulnerável, a maneira como se entregava ainda que sequer entendesse o motivo de tanta afobação.

Ele não se importava, na verdade. Estava gostando daquilo.

As línguas se enganchavam, rodeando-as e explorando a boca alheia como se ainda não conhecessem cada centímetro daquele espaço. As salivas se tornavam apenas uma, e com a intensidade que Amaury se roçava em Diego, agora, o fazia gemer contra os lábios pressionados aos seus.

Independente do motivo daquilo, Diego gostava. E gostava muito. Já sentia-se duro dentro da roupa, também podendo sentir o volume que grudava ao seu quando os quadris se roçavam com tanta força.