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Diego desviou de imediato o olhar do céu, virando para o homem ao seu lado que o olhava com admiração, praticamente... apaixonado.

Ele sorriu e em seguida deu uma risadinha, assentindo com a cabeça.

— Quer que eu venha morar com você?

— Quero.

Respondeu Amaury, agora também com um sorriso no rosto, desviando o olhar dos orbes castanhos para os lábios que tanto o chamavam.

— O que eu ganho com isso?

Perguntou Diego enquanto se virava devagar para Amaury, apoiando a mão entre os corpos e inclinando-se, deixando que a ponta do nariz tocasse o dele e os roçasse, agora também compartilhando o cheiro do hálito do cigarro enquanto tão próximos.

— Tudo que você quiser.

— Tudo?

Perguntou em um quase sussurro, agora beijando os lábios de Amaury em um selo lento e calmo, estalando os lábios e caminhando pela mandíbula, afundando o próprio rosto na barba macia e cheirosa.

Enquanto isso, começou a empurrar o corpo maior para que se deitasse na espreguiçadeira, colocando-se por cima enquanto se apoiava pelos joelhos, com um deles entre as pernas de Amaury.

Uma de suas mãos se segurava próximo a cabeça do outro com o cigarro já no fim entre os dedos, e a mão livre tocava o peitoral nu do empresário, subindo devagar pelo pescoço.

— Qualquer coisa.

Afirmou Amaury quando deixou a mão tocar o joelho de Diego, subindo pela coxa e adentrando a bermuda até o máximo que o tecido lhe permitia ir, embora não fosse tanto.

— Mas qualquer coisa é muita coisa.

Sussurrou próximo ao ouvido, agora, mordiscando o lóbulo da orelha enquanto abusava da voz charmosa que sabia que deixava o outro fraco.

— Te dou o que você quiser.

Declarou um Amaury levemente afetado pela droga, sentindo-se relaxado e deixando que um sorriso ladino estampasse seu rosto com a provocação barata de Diego.

— Sabe o que eu acho?

Perguntou após chupar o lóbulo da orelha, deixando rastros de sua saliva na pele arrepiada, sentindo-o estremecer e assentir em resposta, silenciosamente pedindo que ele apenas continuasse.

— Hm?

Diego em seguida recuou o tronco, fazendo com que os olhos fechados de Amaury se abrissem para encará-lo.

— Que você tá muito chapado. E eu também.

Começava a rir, inclinando-se novamente para beijá-lo nos lábios, mas se levantando em seguida, caminhando pelo deck da piscina com os pés descalços, terminando o cigarro enquanto deixava o empresário para trás, ainda recostado na espreguiçadeira e um tanto quanto desnorteado.

Diego realmente não conseguia acreditar muito nas coisas que Amaury falava, muito embora suas recentes promessas tivessem sido devidamente cumpridas. Ele já ouviu tanto aquele papo pós-foda, que com seus pés no chão, nem mesmo a melhor erva conseguiria deixá-lo sonhar para além do que acreditava ser possível.

Amaury o observava enquanto voltava a se sentar na espreguiçadeira. Ele estava chapado, sim, mas seu coração batia forte no peito, realizando que ele também não sabia o motivo de ter falado o que falou, de tê-lo feito um convite tão sério.

Apesar de ter sido um impulso, não sabia até que ponto realmente era isso.

Ele sorriu sozinho em seguida, acompanhando Diego pelo resto da noite enquanto ainda compartilhavam experiências e informações pessoais sobre suas vidas, coisas que pouco eram ditas em uma roda com mais pessoas, ou em primeiros encontros.

Red Lights | DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora