A flecha do cupido

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" - Só um beijinho. - suas mãos descem até minha cintura e por ali descansam. Faz um beicinho adorável e eu levo meus lábios até os seus apenas os encostando levemente, conto cinco segundos em minha mente e afasto. - Tão rápido. - reclama baixinho abrindo os olhos. Prendo uma risada e escondo o rosto na curvatura de seu pescoço.

- Você disse só um beijinho e eu sou uma garota que sigo tudo certinho. Se tivesse falado dois, seriam dois, se tivesse falado três, seriam três, então não reclame e aceite calada.

- Isso não vale. - aperta um pouco a minha cintura em forma de protesto.

- Quem disse? - levanto a cabeça e passo meus braços por cima de seus ombros.

- Não quer me beijar? - faz um beicinho capaz de derreter o coração de qualquer um.

Seja forte, Selene.

- Não.

A verdade é que eu quero te beijar até os meu pulmões esquecerem o que é o oxigênio e pra que ele serve.

- Certo. - desvia o olhar para a janela novamente, o beicinho continuando em seu rosto. Oh dó!

- Acha que alguém percebeu que fugimos da festa? - começo a brincar com suas mechas castanhas.

- Não sei. As meninas podem ter percebido, mas elas tavam tão entretidas... Eu não sei. - tira as mãos da minha cintura e abraça o meu corpo me trazendo mais pra perto. - Quando ligarem a gente vai saber. - da um beijinho em minha mandíbula.

- Se alguém ligar, né. - faço gesto pra ela beijar novamente porque simplesmente os beijinho dela são mágicos e faz com que muitas fadinhas voem em meu estômago.

Diferente de mim que estava lhe negando beijo, ela sorri docemente e beija de novo, duas, três, quatro, cinco... Os beijinhos infinitos migraram para todo o meu rosto. Minha única reação foi rir, rir muito, rir alto enquanto meus braços se apertam levemente no seu pescoço.


Alguém faz essa cena ficar em câmera lenta, por favor? Eu agradeceria muito, faria uma reverência e viraria sua fã número um.


A sessão de beijos, que poderia durar a vida toda sem nenhum problema infelizmente acaba mas é preenchida com uma alta gargalhada, tão gostosa ao ponto de me fazer gargalhar junto até minha barriga pedir socorro. Do quê estamos gargalhando? Se você souber me avise, porque eu também não sei.

- Sei... Molto carina. - diz limpando uma lágrima escorrida enquanto puxa o ar perdido na risada.

- Traduza a frase. - Meu pobre e frágil coração esta semelhante a um show de rock: Muitas batidas e muitas emoções.

- Você não entendeu?

- Entendi, mas quero ouvi-la no meu idioma.

- Você tá muito fofa. Tipo... Muito fofa. - me rouba um selinho. Mas que ladra! - Deixa eu tirar uma foto?

- Deixo nãaaaaoo. - prolongo a palavra jogando a cabeça pra trás apenas fazendo o meu charme, ou como preferem nomear, manha. - Você tem que aparecer.

Concorda com a minha objeção e pega o celular de dentro da clutch prata perolado.

Junto nossos rostos colando nossas bochechas assim que a vejo entrar na câmera. Abro um sorriso grande e levo minha mão até suas bochechas as apertando até sua boca forma um biquinho de pato. Ela tira a foto e abaixa o celular.

- Meu rosto tá cheio de marcas de beijo. - exclamo quando vejo a foto tirada. - Seus beijos deixaram marcas de batom por toda a minha cara.

- Sim. - Quem estiver em uma viagem espacial consegue detectar perfeitamente o sorriso enorme formado em sua boca.

- Eu gostei disso. - a faço deitar a cabeça no próprio ombro e de novo junto nossas bochechas enquanto deito a minha cabeça na dela. Sua bochecha gorda é um ótimo travesseiro.
Sua mão sobe para o meu cabelo e começa a fazer uma carícia.

Meu peito enche de sensações novas, sensações nunca vividas, sensações as quais apenas ela conseguiu desbloquear.

Sabe o show de fogos da Disney? Eu tô sentindo isso dentro do meu coração. Um verdadeiro show de fogos coloridos. Na minha barriga tem muitas fadinhas voando de um lado para o outro como se estivessem apostando corrida em um grande bosque encantado, já meu cérebro parece um quadro de escola, escrito várias vezes com a mesma palavra... Uma palavra começada com a décima sexta letra do alfabeto.

Coração, eu já entendi tenha calma.

- Tão linda e tão cheirosa. - da uma fungadinha no meu pescoço e eu me encolho um pouco em seus braços me sentindo arrepiar levemente. - Tá confortável? Eu te puxei pra cá sem nem saber se você queria.

- Se eu não quisesse já teria saído a muito tempo. Nem ouse me tirar daqui. - a agarro mais, se é que isso seja possível.

- Eu não quero te tirar daqui, pequena polegar. - um beijinho é depositado no meu ombro. - Queria ficar assim pra sempre.

- Assim como?

- Coladinha em você, sentindo seu cheirinho.

- Eu também. - falo em um susurro.

O som da chuva batendo na janela, o seu perfume misturado com o das flores da floricultura, o quentinho do seu aperto, sua mão deslizando por minhas costas enquanto a outra meche em meu cabelo, os carinhos em forma de beijos no meu ombro... Eu poderia realmente ficar aqui pra sempre.

- Dormiu? - pergunta depois de ficarmos longos minutos caladas.

- Não. - me ergo apenas para poder olha-la. - Tô sentindo algumas coisas.

- Que coisas? - ajeita meu cabelo o tirando do meu rosto.

- Coisas boas que fazem fadinhas voarem na minha barriga. - começo a sentir meu rosto esquentar.

Isso é hora de ficar tímida, Selene?

- Quais seriam essas coisas boas? -suas pupilas estão enormes e... Brilhantes? Seus olhos estão brilhando pra mim? Eles... Eles estão brilhando pra mim! Eles estão!

Encosto nossas testas, fecho os olhos e respiro fundo, seu nariz encosta no meu e eu movo minha cabeça pra fazer um beijinho de esquimó.

- Eu... Meu coração está... - Minha voz é suave ao falar."








Era uma vez... E assim aconteceu. O cupido me encontrou, e o meu coração ele fechou.


Eu beijei uma garota, apenas para experimentar

O gosto de seu brilho labial de Melancia

Eu beijei uma garota e gostei disso.



É, Katy minha diva, agora eu te entendo...

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