Capítulo Dez

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— Bom dia, anjinho - as cortinas foram abertas, fazendo a luz do sol bater contudo no rosto sonolento de Pete - vamos, acorde.

— Hmm - resmungou baixinho, colocando o travesseiro em seu rosto na tentativa de voltar a dormir, mas sentiu seus pés serem puxados para fora da cama - MACAU!

— Não vou deixar você dormir mais, levante e se arrume, estarei te esperando na cozinha - retirou o travesseiro do rosto e bufou se levantando, escutando a risadinha do maior que ainda estava ali - você fica tão fofinho quando está irritado.

— Não vou nem responder - emburrado, caminhou até o banheiro e trancou a porta, bufando irritado.

Fez sua higiene pessoal e tirou toda sua roupa, ligando o chuveiro e entrando sob a água logo em seguida — tomou um banho demorado, já que não precisaria se preocupar com a escola, ele não iria pisar os pés naquele lugar por um bom tempo.

Desligou o registro e se secou calmamente. Enrolou a toalha no corpo e caminhou até seu armário e o abriu — olhou todas aquelas roupas opacas e feias que ele tanto desaprovava, mas era obrigado usar para agradar seu papai e Deus. Mas agora papai não estava ali. Virou sua cabeça para os sacos pretos e sorriu, relembrando o momento que teve com Vegas na tarde passada.

Fechou as portas do armário e correu até os sacos, tirando um shortinho branco e um suéter lilás junto de sua boina. Se vestiu e colocou suas meias brancas e mocassim branco. Sorriu satisfeito ao se olhar no espelho.

Andou até o andar inferior saltitante e encontrou seu amigo terminando de colocar a mesa do café. Pete se sentou numa das cadeiras e sorriu mais ainda ao sentir um beijo ser dado em seus cabelos.

— Aqui o seu leite com café - Macau entregou um copo cheio e Pete bebeu um gole da bebida, apreciando o gosto que tanto gostava - agora coma, o dia vai ser longo.

Pegou algumas panquecas que Macau havia feito e comeu com gosto, aproveitando ao máximo daquela refeição já que infelizmente iria mudar quando seus pais estivessem de volta — se encostou na cadeira quando estava satisfeito, resmungando enquanto acariciava seu buchinho cheio.

— Obrigado pela refeição, Cau - sorrindo, Kacau deu uma piscadela e se levantou, começando a tirar a mesa - deixe que eu faça isso, você já se preocupou em cozinhar.

— Não - respondeu de maneira simples se olhar para o menor - me espera na sala, daqui a pouco estarei lá - com um bico no rosto, seguiu as ordens do maior e foi para a pequena sala, se sentando no sofá duro e com algumas espumas faltando.

Ficou ali, apenas encarando a parede branca enquanto balançava seus pés — Pete não sentia falta alguma de aparelhos eletrônicos, já que sempre foi ensinado que aquilo era criação do demônio para entrar em residências alheias e corromper as pessoas que moravam ali. Então o garoto estava mais do que bem sem todas aquelas coisas, ele era um homem de Deus e não iria se corromper nunca.

— Vamos indo? - foi tirado dos pensamentos pela voz de Macau. Pete tombou a cabeça para o lado em dúvida e o outro sorriu - vou te levar num lugar novo, venha.

Agarrando a mão do menor, o guiou para fora da casa e Pete trancou a porta — estava com um pouco de medo, estava indo para um lugar novo, ele não gostava nada disso.

Entrou num carro diferente do que já estava acostumado. Não era o Bugatti que via Vegas dirigindo todos os dias. Agora estava entrando num Porsche Panamera, num tom meio avermelhado. Pete sempre se surpreendia com aquela família e com seus pertences.

— Quantos carros vocês tem? - Saengtham perguntou olhando para aquele painel tecnológico.

— São apenas dois. Esse é o meu e o Bugatti é o de Vegas - respondeu simples e colocou seu cinto de segurança. Ligou os motores e logo estava dirigindo pelas ruas movimentadas da capital.

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