Capítulo Vinte e Seis

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— Por um fio, você levaria o plano à ruína, Theerapanyakul - Kim comentou simples enquanto bebia um gole de seu whisky caro.

— Cala a porra da boca! - Vegas esbravejou, chutando a pequena mesa que tinha ali. Kim apenas observava, sem expressar ou dizer uma palavra.

— Aqui, fume isso, irá lhe acalmar - Agarrando o cigarro diferente das mãos do primo mais novo, Vegas deu algumas tragadas no objeto, sentindo a tensão ser varrida de seu corpo - agora sente-se e pare de quebrar minha casa.

— Me desculpe, ok? Só é muito difícil aguentar toda essa merda - se esparramando no sofá da sala, Vegas voltou a fumar o cigarro de maconha enquanto seu primo mandava mensagens em seu telefone - o que conseguiu?

— Consegui fazer algumas “amizades” na polícia central. Eles estão facilitando algumas coisas para nós.

— Só isso? Que porra, Kim!

— Se está ruim para você, pode pular fora e resolver sozinho - Kim sorriu, tirando um cigarro do bolso e acendendo o mesmo. A sala de estar estava infestada com o aroma das fumaças tóxicas - ou então, você pode envolver mais alguém nisso para acelerar o processo.

— Conheço alguém que pode nos ajudar - sorrindo, Vegas apagou a ponta do cigarro que fumava e deixou num pratinho de prata que tinha ali - Arun, irmão de Tawan.

— É uma boa sugestão. Ele não gosta do irmão tanto quanto nossa família - soltou a fumaça para o ar e virou o rosto em direção as escadas, encontrando seu namorado parado de braços cruzados - minha vida!

— O que eu disse sobre fumar dentro de casa? - Porchay perguntou de maneira séria e Kim apagou o cigarro rapidamente - agora irá ficar com esse cheiro horrível por sua causa, imbecil!

— Me desculpe, amor - pediu e andou em direção ao namorado e tentou lhe beijar, mas o outro desviou rapidamente - amor!

— Amor nada, não irei encostar minha boca na sua enquanto ainda estiver com esse cheiro horrível. Vá escovar os dentes. Agora! - abaixando a cabeça, Kim caminhou em direção ao banheiro num silêncio absoluto. Não iria contrariar uma ordem do namorado.

Vegas riu, observando tudo, mas seu riso cessou ao receber um olhar duro de Porchay — entendendo o recado, Vegas apenas acenou e praticamente correu para fora da cobertura, não queria ser insultado por aquele baixinho revoltado.

Respirou fundo assim que pisou os pés na calçada do incrível prédio — caminhou a passos largos até o carro e adentrou o mesmo, partindo dali logo em seguida.

Dirigiu calmamente até a floricultura conhecida e que tanto lhe trazia lembranças boas, mas que agora, infelizmente não estava indo para aquele lugar aconchegante para presentear o homem da sua vida.

Estacionou o carro a poucos metros do estabelecimento e respirou fundo antes de sair do mesmo. Estava no centro da cidade, com toda certeza do mundo, ele receberia olhares de pena a cada passo que der em direção àquela floricultura.

E dito e feito.

A cada passo que dava, Vegas sentia olhares de pena e burburinhos envolvendo seu nome e o de Pete. Era um inferno!

— Tenha um bom dia, volte sempre - a voz de Arun ecoou pelos ouvidos de Vegas e o mesmo suspirou em alívio - Vegas! Que surpresa!

— Preciso conversar com você - Theerapanyakul respondeu prontamente, mudando a plaquinha de entrada da loja e puxando o ex cunhado para um canto da loja.

— Está me assustando, Vegas - Arun murmurou - você está bem? Precisa de algo?

— Preciso que tire informações de seu irmão até ele assumir que foi o mandante do sequestro de Pete - Theerapanyakul comentou após soltar Arun e o menor arregalou os olhos.

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