Capítulo Dezesseis

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— Bom dia… nossa Cau, você está acabado - Pete murmurou ao entrar na sala de jantar e ver Macau sentado na cadeira da ponta, com profundas olheiras, olhos vermelhos e um semblante cansado. Por outro lado, Vegas e Pete estavam radiantes.

— O que aconteceu? Ficou fora até tarde? - Vegas perguntou, sentando-se ao lado de Pete e levando uma torrada até a boca do menor que prontamente deu uma mordida.

— Não Vegas, não fiquei fora por tanto tempo assim - respondeu após um longo gole de seu café. Olhou para o casal apaixonado e suspirou fortemente - eu cheguei até mais cedo que o normal e escutei movimentações estranhas vindo de dentro do seu quarto, mas eu pensei “ah, eles já devem ter acabado com isso” - a atenção do casal se voltou para o menino cansado. Pete sentiu suas bochechas esquentarem, prevendo as próximas palavras do amigo/cunhado - mas não, era só o começo de um escândalo total. Olha Theerapanyakul, faça o favor de colocar isolamento acústico em todas as paredes dessa casa, Pete é escandaloso para um caralho e não me deixou dormir por um minuto que fosse. Se você não fizer essa merda, eu juro por tudo nesse mundo que vou transar na porta do seu quarto quando vocês dois estiverem no mais profundo sono!

— Não é para tanto também, Macau - Vegas resmungou, fazendo um carinho nas bochechas quentes de Pete - só foram algumas horinhas.

— Horinhas é o caralho. Essa merda durou A MADRUGADA INTEIRA! - Macau estava revoltado, perdeu horas de sono por causa do mais novo casal da família - Pete, amigo, acredito que deve ter sido maravilhoso sentar no meu irmão, mas eu imploro, me avisem quando forem transar, assim eu não preciso voltar para casa e perder uma noite inteira de sono - suplicou e deu um último gole em seu café, se levantando após dar uma última olhada nos dois homens presentes - eu estou de saída.

Dito isso, pegou a mochila que estava ao seu lado e partiu para fora da mansão, deixando o cunhado extremamente envergonhado e o irmão risonho e satisfeito. Da próxima, Vegas iria abrir as janelas de seu quarto, para que o grito de Pete ecoasse pelo bairro inteiro.

Suspirando, pegou seu celular e rolou os contatos, pensando em qual deles cederia uma confortável cama para um pobre menino sonolento — parou no contato de Big e ponderou ligar, mas lembrou que o mesmo estava na empresa exercendo seu trabalho. Bufou e sorriu ao ver o contato de Kinhan e apertou no mesmo, escutando os três toques da chamada.

Meu Deus, 07:30 da manhã e você já enchendo o saco - o mais velho resmungou com uma voz sonolenta. Macau escutou o outro resmungo e sorriu ao reconhecer Porchay - tenha uma ótima justificativa para me tirar do meu melhor sono, seu paspalho!

— Kimhan, meu melhor primo com o namorado mais lindo desse mundo - começou, escutando os xingamentos do primo - teria como me deixar entrar em sua cobertura para ter algumas horinhas de sono?

Você tem a sua casa - respondeu e Macau pode escutar a voz suave e sonolenta de Porchay - não é nada, amor, volte a dormir, príncipe…

— Infelizmente não tenho condições de dormir em minha casa. Aconteceram coisas desagradáveis no quarto da frente - gemeu sôfrego e escutou a risada do mais velho.

Venha logo, deixarei a entrada liberada - Macau vibrou de alegria - enquanto estiver aqui, nem pense sequer em olhar para Porchay, me ouviu bem? Ou irei esquecer meu grau de parentesco com você e te jogar da primeira janela que eu ver!

— Quanta insegurança, não tenho culpa se os casados sentem um grande tesão em mim - debochou e escutou um forte suspiro do outro lado da linha - de qualquer forma, obrigado por me ajudar numa situação tão difícil quanto essa. Prometo retribuir comendo seu namorado.

MACAU!

Não deixou o mais velho terminar o surto e desligou a chamada, entrando em seu carro e dirigindo até o prédio luxuoso do mais velho.

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