Capítulo Cinco

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A casa dos Kornwit Theerapanyakul estava movimentada. Seus primos e amigos haviam decidido de última hora invadir a residência para uma noite agradável, mas Vegas não estava tão contente com a ideia.

Big e Time — seus melhores amigos — estavam presentes na confraternização. Time conversava sobre negócios com Kinn enquanto Big flertava com Macau.

Tankhun, Kinn e Kim também estavam presentes.

Tankhun era seu primo mais velho. Um homem extravagante, animado e bem temperamental. Vegas se sentia um pouco irritado com a presença do outro.

Kinn compartilhava a mesma idade além do sobrenome. Kinn era o sócio de Vegas na empresa, mesmo que se alfinetam a maior parte do tempo, Kinn era um homem confiável e que sempre ajudava seu primo em tudo relacionado aos negócios.

Kim era o primo mais novo. O menor não era de estar presente em muitas reuniões familiares, preferia ficar em sua cobertura escrevendo novas músicas. Kim era o preferido de Vegas.

— Isso já está me irritando - Time murmurou deixando sua taça de vinho sobre a enorme mesa de jantar - o que tem de tão importante para você ficar olhando esse relógio de pulso a cada segundo?

— Desde quando lhe devo satisfação? - Vegas respondeu prontamente após um bufo. Time riu e revirou os olhos, voltando a bebericar a bebida alcoólica roxa - mas eu tenho um compromisso daqui alguns minutos. Vou ir para uma missa…

— Senhor! - Tankhun gritou largando seus talheres no prato. A sala de jantar ficou em silêncio por um momento antes da gargalhada alta de Khun ecoar pelo local, fazendo os outros presentes rirem também - pare de fazer piadas Vegas!

— Mas não estou contando piada alguma, imbecil! - Theerapanyakul murmurou revirando os olhos novamente e olhando mais uma vez para o relógio em seu pulso - preciso ir.

— Você não é ateu? O que raios irá fazer numa igreja, Theerapanyakul? - Macau perguntou indignado, nunca viu seu irmão passar na calçada de uma igreja, quem dirá entrar e assistir uma celebração.

— Me deu vontade - Kornwit deu um último gole em sua bebida e se levantou, limpando os cantos da boca com um lenço.

— Certeza que está atrás de um novo cu para comer - Tankhun cerrou seus olhos e Vegas o olhou seriamente - você não é bom esconder nada, Vegas - o mais velho levou mais um pedaço de camarão a sua boca e se deliciou com a carne - eu até iria te acompanhar para aprovar seu novo “caso”, mas eu não me misturo com pessoas hipócritas, algo bem contraditório, já que infelizmente divido o mesmo sobrenome com vocês.

— Cansei dessa merda, vocês me irritam até o meu limite! - Vegas esbravejou agarrando seu sobretudo - estou indo. Espero encontrar apenas Macau quando voltar!

Deixando as risadinhas para trás, Vegas se dirigiu até sua garagem, adentrando seu carro e ligando o mesmo. Theerapanyakul alcançou um cigarro em sua carteira e levou até os lábios, acendendo com seu isqueiro.

Com uma mão, Vegas dirigia calmamente enquanto batucava as pontas de seus dedos no volante, seguindo o ritmo de uma melodia qualquer, com a outra, segurava seu cigarro entre os dedos após longas tragadas — ele precisava esvaziar a mente antes de entrar num lugar que não se sentia desconfortável. Nada melhor do que se deliciar com uma fumaça tóxica antes de entrar num lugar mais tóxico ainda.

Estacionou seu carro um pouco afastado da matriz e saiu do mesmo rapidamente. Jogou a bituca apagada no lixo e pegou um pequeno frasco de perfume que havia trago consigo — deu algumas borrifadas em sua roupa para disfarçar o cheiro do cigarro e guardou o frasco novamente.

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