Capítulo Vinte e Cinco

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— Vamos, levante! - um estrondo alto ecoou pelo porão. Pete, que estava adormecido, acordou num pulo e automáticamente se encolheu - porra, você é surdo?

Pete sentiu uma forte ardência no couro cabeludo e seu corpo foi arrastado com brutalidade para fora do pequeno lugar — Pete segurava os resmungos de dor que estavam entalados em sua garganta. Seu cabelo era fortemente puxado, o lado de seu corpo se machucava a cada degrau de escada subido. Era um pesadelo!

— Por favor… - sussurrou com lágrimas nos olhos. Kiat sorriu irônico, deixou o corpo machucado no chão e se afastou, olhando com satisfação.

— Que surpresa, voltou a ser o mesmo chorão de sempre? - Pete passou as mãos no rosto para limpar aslágrimas e levantou o rosto, mirando o olhar sofrido para o homem estúpido em sua frente - pare de chorar e vá cozinhar algo para mim - com dificuldade, Pete se levantou e olhou ao redor. Onde ele estava? - não tente gracinhas, não quero deixar mais cicatrizes nesse rostinho perfeito.

Kiat se afastou, mas não antes de acariciar as mãos de Pete — o mais novo sentiu nojo daquilo. Se pudesse, arrancaria suas mãos e as jogaria longe.

Pete apenas suspirou, caminhando a passos lentos até a cozinha enquanto escutava risadas toscas vindo de um comodo de distância. Sua cabeça doía, não só pelos machucados, mas pela sua saúde mental, estava um completo caos novamente!

Decidiu  por fazer um Ramen simples, não tinha muita experiência com a cozinha já que sua mãe fazia praticamente tudo e com Vegas, o mesmo comia tudo o que a cozinheira fazia — não era como se ele não quisesse aprofundar seus dotes culinários, Pete só estava muito ocupado embaraçado nos braços fortes de seu namorado.

Sentindo seus olhos encherem de lágrimas mais uma vez, Pete pegou algumas panelas e cozinhou pedaços da carne de porco magro junto de alguns legumes. Na outra, ele se preocupou em fazer apenas o macarrão.

Longos minutos depois, o Ramen estava pronto — Pete colocou o caldo numa tigela funda e levou para Kiat que já resmungava pela demora.

— Achei que nunca iria ficar pronto - o outro pegou a tigela das mãos de Pete com brutalidade e logo bebeu um pouco do caldo, mas cuspiu no menor em sua frente - que merda é essa? Não presta nem para fazer um simples Ramen? Realmente inútil!

— Se não te agrada, recomendo que levante e faça você mesmo, mas creio que você não sabe nem ao menos cozinhar um ovo  - Pete respondeu sem demostrar sentimendo e escutou um simples respirar antes de sentir o caldo fervente acertar sua pele junto da tigela de porcelana.

— Melhore sua maneira de falar comigo ou não irei medir forças para te ensinar boas maneiras - Kiat se levantou e caminhou a passos lentos e ameaçadores até Pete, mas o menor não deixou se abalar com aquela intimidação.

— Você é patético. Eu realmente sinto pena do seu ser - Pete cuspiu no rosto sério em sua frente e Kiat fechou os olhos enquanto limpava a saliva.

— Você não deveria ter feito isso - num piscar de olhos, Pete já estava no chão novamente, sendo atingido várias vezes em distintas partes do corpo.

Com muito esforço, o garoto agredido conseguiu sair das mãos duras do outro e correu para a cozinha novamente enquanto escutava os passos fortes de Kiat baterem contra o chão precário — Pete agarrou o que sentiu primeiro, um cabo de uma frigideira e com aquilo, golpeoou o idiota no rosto, podendo ouvir um som de algo se quebrando.

Kiat caiu no chão, gemendo de dor. Pete agarrou com mais firmeza o cabo da frigideira e se pôs a correr para a porta de entrada, mas a mesma estava trancada — aproveitando que o outro ainda estava no chão, Pete correu em direção as escadas, subindo para mais alguns andares acima.

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