Capítulo Vinte e Dois

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— Se comportem e prestem atenção nas aulas! - Vegas ordenou assim que estacionou o Bugatti em frente a escola conhecida. Pete sorriu meigo e deixou um beijinho rápido nos lábios do outro, saltando para fora do carro logo em seguida. Macau apenas deixou um pequeno tapa na nuca do mais velho e saiu do carro antes que apanhasse de volta - amo vocês, pirralhos! - gritou e os garotos riram antes de ultrapassarem os grandes portões.

Sorriu levantando os vidros e acelerando, se afastando cada vez mais do local movimentado — dirigiu até uma das floriculturas do centro, em específico, uma em que já era um cliente antigo e especial.

Estacionou em frente a fachada da floricultura simples, mas bem decorada e aconchegante e adentrou o local, sorrindo ao ver o homem simpático do outro lado do balcão.

— Vegas, quanto tempo! - Arun, o jovem rapaz de vinte e três anos, ex cunhado de Vegas sorriu, acenando para o empresário.

— Vejo que o lugar continua aconchegante como sempre - o mais velho sorriu e o outro apenas balançou a cabeça, sem tirar o sorriso simpático do rosto - vim aqui encomendar alguns dos melhores arranjos que você tiver.

— Me desculpe se for muito intruso, mas é para seu namorado? - perguntou enquanto limpava as mãos no avental lilás. Vegas balançou a cabeça em concordância e o moreno sorriu com os olhos - sempre acompanho suas postagens com ele, fico feliz por você ter achado alguém que realmente te ama e respeita. Traga ele qualquer dia, quero conhecer o homem que amoleceu esse coração novamente.

— Pare de tagarelar e vá atrás do que seu cliente pediu, vá - o rapaz revirou os olhos rindo e caminhou para os fundos da loja - traga suas melhores folhas de cartas também! - Vegas gritou e recebeu um resmungo em resposta.

Arun era o irmão mais novo de Tawan, um rapaz completamente diferente do outro. Aruan era compreensível, calmo, simpático e respeitava todos à sua volta.

Quando Vegas ainda estava em seu infeliz relacionamento com Tawan, o empresário criou um laço com o cunhado, como se ele também fosse seu irmãozinho mais novo — mas com a grande confusão que foi o término, acabaram se afastando um pouco. Theerapanyakul estava profundamente machucado e Arun o entendia completamente. Ele repugnava as atitudes grotescas que seu irmão teve com um homem incrível como Vegas.

Depois de um tempo, quando a poeira baixou, Vegas felizmente o reencontrou e juntos, decidiram manter um contato breve, carinhoso e respeitoso.

Saindo de seus devaneios, Vegas observou o rapaz voltando para o balcão com enormes arranjos de diversas flores. Flores incrivelmente belas.

— Aqui está, senhor Theerapanyakul - Vegas sorriu agradecido e passou os dedos por uma das pétalas do buquê de lírios - é uma remessa nova e fresquinha. Por sorte, todas estão disponíveis.

— Maravilha! Separe as Tulipas, Rosas, Dálias, Lírios, Lótus e Peônias, das cores mais belas e elegantes que tiver - assentindo, o rapaz separou as devidas flores do gosto de Vegas e o entregou os papéis delicados, feitos especialmente para cartas que acompanhariam cada arranjo de flor que saísse dali.

Agarrando a caneta preta de ponta fina com o tubo dourado, Vegas abriu seu coração e despejou as mais belas palavras em exatas seis folhas. Arun observava um pouco afastado, se contagiando com o sorriso apaixonado que o outro mostrava a cada palavra que escrevia.

Assim que terminou de ajeitar todas as flores em seis buquês diferentes, Vegas largou a caneta e entregou as folhas para Arun, que prontamente agarrou.

— Isso daqui é parte de uma surpresa para Pete, por favor, mande um desses buquês por dia para minha casa, de preferência, de manhãzinha, antes dele acordar - pediu olhando suavemente para o moreno que tinha uma expressão serena no rosto. Arun sorriu gentilmente enquanto colocava as cartas em meio às flores, mas logo ficou apreensivo e olhou para Vegas.

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