Tentação Potter

Capítulo I: oh, he finally asked me out!

– Sirius Black! – exclamei irritada, enquanto ele me colocava como um saco de batatas em seu ombro. – Ponha-me no chão!

Comecei a tentar me desvencilhar do aperto forte que seus braços faziam em minhas pernas e socar suas costas. Inútil. Mas vale ressaltar que foi bom ele ter intervindo, de outra maneira talvez eu tivesse matado a garota.

Oh, sim, claro. Deixe-me explicar, eu estava andando tranquilamente para a minha última aula do dia, Transfiguração, e do nada essa garota apareceu e começou a dizer que eu era obrigada a ajuda-la a conquistar o James e que afastasse a Lily dele. Blá-blá-blá. Uma porção de bobagens. Eu estava prestes a continuar andando e ignorar, quando ela do nada começou a chamar a Lily de todos os nomes possíveis.

E se tem uma coisa que nunca deve se fazer perto de mim, é falar mal dos meus amigos. Isso é praticamente um pedido de morte e, para completar o suplício da garota, ela me chamou de vadia. ISSO MESMO, GENTE, ELA ASSINOU O CONTRATO DA MORTE, ADMITAM!

– Vai me pôr no chão?

– Você está mais calma?

Nós já estávamos dentro da Casa de Gryffindor  e ele ainda me mantinha bem apertado em seus braços, chegando até a me machucar.

– Sim, estou. – suspirei, derrotada.

– Poxa, Lely, nós só estamos aqui há uma semana e você já está quase assassinando uma garota!

– Não fale com esse tom de "você é culpada, sua maluca".

– Você é culpada, sua maluca!

Eu me larguei no sofá e me rendi a uma gargalhada, que ele me acompanhou. Sentou-se ao meu lado no sofá, fazendo-me pensar que não importava a situação, Sirius Black sempre conseguiria me fazer rir. Contudo, ele continuava sendo um idiota e eu não o suportava por mais de cinco minutos seguidos.

– Mas a culpa não é minha, seu idiota. – falei, com um sorriso. – É do James e sua, também, que deixam essas meninas piradas. Já imagino quando você arranjar uma namorada.

– Que é que tem?

– Por favor! - falei. – Não aja como se as garotas de Hogwarts não fossem trucidar a pobre coitada.

– Depende, tendo em vista que a em potencial mandou uma garota para a enfermaria...

Ok, essa me pegou de surpresa.

Preferi manter o meu silêncio, mas foi inútil, o clima daquela sala ficou mais pesado do que tudo que eu conseguia imaginar. O que diabos ele quis dizer "a em potencial mandou uma pra enfermaria"? É óbvio que ele não sentia nada por mim. Certo? Certo!

James adentrou no salão comunal, seus lábios estavam escancarados em um sorriso e ele gargalhou alto ao se sentar no sofá ao meu lado.

– Leth, você deixou a menina desacordada. – ele falou, com ainda resquícios de risadas.

– Ah, ótimo! – falei com um tom contente e um sorriso aberto.

– Dá pra me explicar o que te levou a quase cometer um assassinato?

– Simples, ela veio até mim para falar uma porção de besteiras, dizendo que você era dela, que era meu dever afastar a Lily de você... Sinceramente, nada que fosse realmente produtivo.

– E...

– Além disso, ela me chamou de vadia. Olhe só que absurdo.

James gargalhou mais uma vez, deixando seu olhar se perder nas escadas do dormitório feminino. Não precisava ser gênio para perceber quem descia por elas nesse momento: Lily Evans, claro.