•Katherine•
- Sam! - Grito apavorada, lágrimas escorrem sem controle pelo meu rosto. - Sammy, não! Por favor, por favor, não!
Abraço seu corpo gelado, não ouço seu coração batendo, não ouço sua respiração, ela não pode ter morrido, isso não pode ser real!
- Sam, por favor.... acorda...- Imploro, a visão embaçada pelas lágrimas, a abraço mais forte e sua cabeça tomba no meu ombro. - Me perdoa...por favor, me perdoa.
Escuto sirenes ao fundo, elas se torna cada vez mais altas. Encaro o rosto de Sam, seus olhos estão fechados e sua pele pálida e cheia de hematomas, há sangue escorrendo de seu peito manchando as minhas mãos. Estou tremendo.
Sinto um toque no meu ombro e olho pra cima, é um policial, ele está com um olhar triste . Ele pede para que eu me afaste de Sam e diz que vão cuidar dela.
Eu poderia resistir, poderia gritar e dizer que não vou deixar ela ir, mas não tenho motivo para fazer isso, não faz sentido. Sam já esta morta. Deito seu corpo gelado de volta no asfalto escuro, manchado de seu próprio sangue. O policial me levanta do chão sinto minhas pernas tremerem, mal consigo me manter de pé, ele me guia até o meio fio da calçada e me ajuda a sentar ali.
O policial vai até sua viatura e volta alguns momentos depois com uma garrafa de água e uma caixa de lenços, ele se ajoelha na minha frente e limpa as minhas mão sujas de sangue, do sangue da Sam, com o lenço, depois, pede para que eu beba um pouco de água deixando a caixa de lenços no meu colo para enxugar as lágrimas, ele então se levanta parando ao meu lado e diz alguma coisa em seu rádio.
Alguns minutos depois outra viatura aparece seguida de uma ambulância, tudo vira um caos de luzes e sons, que me deixam com dor de cabeça, a última coisa que vejo é um dos funcionários da ambulância cobrindo o corpo de Sam com um pano preto.
O policial se ajoelha novamente à minha frente e começa a fazer algumas perguntas, ele é extremamente gentil e paciente comigo, esperando que eu me recomponha dos choros antes de responder, depois que termino ele agradece e me promete que a pessoa que fez isso com a minha amiga irá pagar.
Eu assinto, acreditando em suas mentiras.
Max se senta ao meu lado, o encaro e começo a chorar de novo, ele me abraça, logo noto Lian se sentando ao lado dele, os dois devem ter chegado agora. Olho para minhas mãos, ainda tem restos de sangue debaixo das unhas, sinto meu corpo tremer e Max me abraça mais forte, sinto suas lágrimas caírem no meu cabelo, ele tira os óculos os deixando no colo, então olho de relance para Lian, ele está encarando o cadáver já coberto da nossa amiga, há raiva em seu olhar e acho que essa é a primeira vez que o vejo chorar.
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03:00 a.m - Noite 2
•Katherine•
Abro os olhos assustada, uma luz branca e forte me cega e algumas lágrimas escorrem pela minha bochecha.
Foi só um sonho.
Me sento e esfrego os olhos, sentindo uma pontada de dor, algum borrões pretos aparecem toda vez que pisco. Ainda estou na pizzaria.
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Tales of a White Rabbit
ParanormalA pacata cidade de Hurricane em Utah guarda um enorme segredo. Na década de 80, o assassinato de várias crianças na pizzaria mais famosa da cidade mudou totalmente as coisas. O principal suspeito, Willian Afton, por falta de provas foi dito como...