Capítulo 16: Bem-Vinda ao Circo!

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(⚠️: Gore)


"Listen close 
Follow my instructions 

There is no
Time for introductions
 He was the one that made us
You'll be the one to save us 

 Underground
 Welcome to the circus
Power down
Are you feeling nervous?

His voice means to deceive you
My voice just wants to lead you... "

Below The Surface
-Griffinilla

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Uma música alegre e festiva ecoa nos meus ouvidos enquanto dois animatrônicos se apresentam num pequeno palco de madeira no fundo do salão, o urso dourado se move de um lado para o outro com um microfone nas mãos enquanto finge cantar, mesmo que a música que toca não tenha a voz de ninguém, sendo apenas uma melodia qualquer; já o coelho amarelo ao seu lado, toca uma espécie de violão que, ao olhar mais de perto, nem cordas tem. Observo os dois robôs, parada ao lado de uma mesa de festas e com minha coelha de pelúcia na mão; o enorme coelho amarelo é meu favorito dos dois, seu nome é SpringBonnie e eu já o vi caminhando pelo salão algumas vezes, ele até me deu oi!

Abaixo me enfiando debaixo da mesa, escondido ali, está um garoto de camiseta cinza listrada e cabelo castanho, ele parece choramingar alguma coisa pro seu bichinho de pelúcia: um urso amarelo de cartola roxa.

- Vai ficar ai embaixo a festa inteira? - Pergunto, o que parece dar um breve susto no garoto.

- Vou! - Ele responde, prestes a chorar. - Aqueles robôs são medonhos!

- Eles não vão sair do palco e vir atrás de você! - Retruco emburrada.

- Vão sim! Você já viu eles andando pelo lugar!

Suspiro, já cansei de explicar que pros robôs se mexerem assim, alguém precisar estar dentro deles, como uma fantasia.

- É seu aniversário, vamos brincar de pega-pega ou algo assim. - Insisto. - A gente fica longe do palco, tenho certeza que os robôs não vão te ver!

O garoto me encara já com lagrimas nos olhos, ele as limpa com a gola da camiseta e assente, estendo a mão para ajuda-lo a sair dali e logo dou um tapinha em seu braço e começo a correr pra longe do palco iniciando a brincadeira.

Meu amigo simplesmente sumiu. Depois de cansar do pega-pega, resolvemos brincar de esconde-esconde, acho que me escondi tão bem que ele desistiu de me encontrar, ou talvez tenha dado a hora do parabém e ninguém foi me chamar. Caminho de cabeça baixa pelo salão, torcendo pra não terem comido bolo sem mim, é o quando vejo, jogado no carpete azul coberto de confete, a pelúcia de urso amarelo do meu amigo, vou até ela e a pego, fazendo par com a coelha branca nas minhas mãos.

Ergo a cabeça, encarando diretamente o palco, então dou um grito.

Lá está ele, o garoto, com a cabeça enfiada dentro da boca do urso dourado, o sangue escorrendo entre os dentes de plástico e pingando no chão, o menino não está se mexendo, também não consigo ver seu rosto. O coelho amarelo continua tocando seu violão, como se a cena horrível ao seu lado não estivesse acontecendo e, ao redor do palco, estão quatro crianças mais velhas cada uma com uma máscara colorida e de um animal diferente, o único que reconheço, é o menino com uma máscara de raposa vermelha, irmão do meu amigo, ele olha para a boca do robô, por causa da máscara, é impossível ver sua expressão.

Tales of a White RabbitOnde histórias criam vida. Descubra agora