Capítulo 1

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NOTAS INICIAIS

Olívia Smoak-Queen vai ser nossa personagem principal.

Em Cross Destination, ela foi a bebê que foi gerada em meio a um caos, tem uma história triste por trás de seu nascimento, e aqui teremos ela lidando com toda essa informação dolorosa.

A família vai estar sempre reunida, então veremos Oliver e Felicity.

Teremos momentos tristes, dolorosos, mas também divertidos, ainda mais quando os irmãos dela são agora jovens adultos. 













Uma vida perfeita. Para quem não a conhecia de verdade e não conhecia sua verdadeira história, ela tinha uma vida perfeita. Mas não era verdade. Tinha acontecimentos que estava guardado a sete chaves. Ela mesma havia descoberto coisas sobre sua vida há pouco tempo. Há mais ou menos um ano. Antes, era só um borrão, agora, ela se lembrava de várias coisas. Uma delas, era o olhar de sua mãe. O olhar triste, perdido e com resquício de medo sempre que olhava para ela. Também havia algo a mais. Algo que ela não fazia ideia do motivo até pouco tempo. Sua mãe não gostava de si. Ela não a suportava. O olhar, a voz, tudo. Tudo nela, fazia sua mãe se afastar cada vez mais quando era mais nova. Por alguns dias, sem entender nada, Olívia não conseguia nem mesmo falar com Felicity Smoak-Queen. E isso vinha preocupando os pais. Tentou disfarçar, mas a cada dia que se lembrava de algo novo, seus sentimentos por ela só pioravam. Até descobrir tudo.

Sua mãe havia passado por coisas sombrias no passado. Ela tinha sido sequestrada e por meses abusada. Ela, com quinze anos agora, sabia o que a palavra "abuso" queria dizer. Estremecia só de imaginar. E agora compreendia melhor os sentimentos de sua mãe. Compreendia, mas não conseguia ter a relação que tinha quando era criança. A amava. De verdade, a amava demais. Mas não tinha a confiança de falar com ela sobre qualquer coisa. Tinha confiança em sua madrinha, mas não nela. E de vez enquando chegava a se culpar e se sentir triste por isso. Mas era mais forte que ela aqueles sentimentos conturbados.

Ela, Olívia Smoak-Queen, tinha sido gerada através de um estupro. Sim, isso mesmo, ela não foi concebida com amor como havia sido com seus irmãos. Cada um deles. Seus pais se amavam quando tiveram eles. Planejaram ter filhos. Planejaram uma gravidez. Duas na verdade. Primeiro os gêmeos e depois os trigêmeos. Ela, ao contrário, havia sido repudiada. Desde o começo, sua mãe não a queria. Doía pensar nisso, mas era a verdade. Queria culpá-la, mas não conseguia, porque não sabia o que teria feito se tivesse passado pelo mesmo que sua mãe passou. Ainda assim, não conseguia ter um laço perfeito com ela. Não como tinha com o pai.

Oliver era o pai mais maravilhoso daquele mundo. Ele a criou sozinho. Sim, sozinho, porque sua mãe não conseguia nem chegar perto. Viu seus primeiros passos, suas primeiras palavras, a colocou para dormir tantas vezes que não podia contar nos dedos. Ele havia sido um paizão. Não tinha do que reclamar dele. E nunca teria. O amava mais que tudo. Mesmo não tendo seu sangue, ele a criou como sua filha, e ai daquele que dissesse o contrário. Se lembrava de uma vez alguém fazer um comentário maldoso que agora ela compreendia melhor o que queria dizer. Ele havia ficado furioso. Partiu para cima de quem quer que fosse aquele homem, o pegou pelo colarinho e o ameaçou.

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