The Perfect Life

Capítulo 9

NOTAS INICIAIS

Dessa vez eu demorei, mas juro que eu me esqueci que tinha atualização. 

Meus dias andam uma bagunça. 

E agora com a páscoa chegando, piorou. 

Estou fazendo ovos de páscoa para vender, então imaginem. 

Mas vamos ao que importa: o capítulo!

Espero que gostem.

Olívia estava se sentindo tão mal, que não conseguiu assistir a próxima aula. Estava se odiando. E aquela nota que parecia brilhar em suas mãos só piorava a situação. Não estava acreditando que se saiu tão mal em uma prova. Ela era a melhor da turma. Era a representante exatamente por isso. Era a aluna modelo. E agora com certeza havia perdido esse posto. Já tinha tantos problemas e agora notas baixas. Em mais de duas matérias. Como pode? Ah, ela sabia. Os últimos dias tinham sido difíceis com tudo que teve conhecimento. A sua verdadeira história, a conversa que teve com seus pais, a dor que era saber sobre seu nascimento. Não era fácil. Quem em sã consciência passaria bem depois de descobrir uma história tão dolorosa e cruel? Tinha certeza de que ninguém. Mesmo com os pais maravilhosos que tinha. E agora tinha que contar a eles sobre suas notas. Mas o que mais a irritava era saber que estavam caçoando dela. Parte da sala, ao menos. A professora que a odiava fez questão de contar a todos sobre sua nota. Diante de toda a sala. Ela queria lhe constranger, e conseguiu. Se sentiu envergonhada, chateada e triste. Sobretudo triste. Não queria decepcionar os pais. E agora era a decepção deles.

Sra. Beckett deveria estar feliz por constranger a aluna modelo. Olivia tinha que ser um monge para suportar a mulher. E depois que soube que ela estava sempre dando em cima de seu pai, as coisas só pioraram. Olívia tentou deixar as coisas separadas. Seu pai nunca trairia seu pai, a sra. Beckett nunca seria correspondida, então estava tudo bem. Mas não deu certo. Não ficou tudo bem. A perseguição começou. E Olivia não estava mais conseguindo manter a pose de sempre. Não conseguia mais ser gentil. Ou sorrir falsamente para poder manter as aparências. A professora a infernizava todo santo dia. Tentava constrangê-la de toda forma, mas aquela tinha sido a primeira vez que a mulher tinha conseguido êxito.

Olívia escutou passos, e levantou o olhar para ver quem era. Queria na verdade, ignorar, mas não estava com paciência para mais nenhuma gracinha, já bastava o que a sra. Beckett tinha feito a pouco. Com a mãos no bolso da calça de uniforme, Samuka parou na frente dela.

— Veio rir da minha cara também? – Se arrependeu rapidamente. – Desculpa.

— Está tudo bem. Sinto muito. A sra. Beckett não tinha o direito de fazer você passar por aquele constrangimento.