Capítulo 5

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NOTAS INICIAIS

Estou de volta, estrelinhas!

O que esperam deste capítulo?

Momentos fofos, descontraídos ou dramáticos?

Ou tudo ao mesmo tempo?

Hum, bom, vamos ver o que vai dar, não é?

Boa leitura!













— Mamãe.

— Sim, meu amor?

— Agora eu tenho seis aninhos, sou uma mocinha.

Felicity se virou, soltando o copo de liquidificador em cima da bancada.

— De onde saiu isso?

Olívia era uma criança muito esperta e inteligente. E desde que ela começou a crescer, pouquinho a pouquinho, ela começou a perceber que quando diziam que sua mãe não estava por perto porque estava doente, não era exatamente uma verdade. Sua tia Laurel ficou doente. Se lembrava de visitar ela no hospital certa vez. E mesmo de cama por vários dias, ela não deixou de beijar seus primos antes de dormir ou assistir a um filme legal durante o dia. E quando sua tia Cait também ficou doente — mais doente ainda que sua outra tia —, ela também não abandonou os filhos. Então por que com sua mãe foi diferente?

Além disso, ela ficava com os trigêmeos. Ela passava horas com seus irmãos, assistindo a um filme ou brincando com um de seus jogou e bonecas. Seu pai a levava para um passeio todo começo de tarde, que era quando isso acontecia. Eram momentos divertidos, e por ser muito pequenininha não passava por sua cabeça o motivo de só ela ir aos passeios com o seu pai. Bem, não só ela. Anabelle estava sempre nesses encontros. Por isso ela era sua melhor amiga. Quase uma irmã. Então, agora que via a diferença, e que conseguia compreender as coisas, podia saber da verdade, não é? Talvez seus pais só quisessem protegê-la de algo muito, muito triste. Certo?

— Por que a mamãe não me dava beijo de boa noite?

Foi por pouco que Felicity não deixou o copo de vidro cair no chão.

— Por que a gente não assistia filmes juntas?

Felicity tremia dos pés à cabeça.

— Por que não ia nas minhas festinhas de aniversário?

Se obrigando a dar alguns passos em direção a sua garotinha, Felicity pensava no dia em que comentou com o marido sobre aquele momento chegar. Olívia estava crescendo. Ela teria perguntas. Ela ficaria curiosa. Mas Oliver dizia que não deviam se preocupar enquanto não tinha motivos para se preocupar. E agora, ela estava se preocupando. E pior, ela não tinha o marido ao seu lado para ajudá-la com aquelas perguntas.

— Querida... – Sua voz tremeu. – Eu estava doente, lembra-se?

— A tia Laurel e a tia Cait também já ficaram doentes e mesmo assim beijavam meus primos antes de dormir.

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