Capítulo 17

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NOTAS INICIAIS

Estrelinhas do meu core, foi difícil. Foi quase impossível. Mas consegui finalizar o capítulo.

Eu demorei tanto que já estava surtando.

E pensando no sorto de vocês.

Mas aqui estou.

E espero que me perdoem.

Bom, vamos a leitura.













Olívia estava preocupada. E preocupada, e muito preocupada, e preocupada de novo. Por quê? Bem, talvez porque seu namorado estivesse segurando no volante com força de mais, tanto, que dava para ver as veias saltando, ou porque ele estivesse trincando os dentes de tal forma, que ela achava que em algum momento ele arrancaria metade deles só com a força que fazia, ou porque ele estralava o pescoço tantas vezes que ela pensava se ele não iria ter um torcicolo no dia seguinte. Mesmo assim, ficou em silêncio. Ele tinha motivos para estar furioso, e ela não queria dizer nada que pudesse fazer ele piorar o humor. Se é que era possível.

Ela não acreditava que ele seria grosso com ela, mas Olívia gostava de pensar em si mesma quando via uma pessoa em uma situação de nervosismo. Ela, quando estava nervosa, gostava de ficar sozinha com seus pensamentos, principalmente porque dessa forma não iria acabar sendo grosseira com quem não merece. Mas de novo, ela não acreditava que ele faria algo parecido com ela. Mesmo assim ela achou que o melhor era apenas continuar olhando pela janela, tentando ignorar a fúria de seu namorado ao seu lado.

Escutou ele suspirar longamente. Uma, duas, três vezes. Talvez estivesse tentando se acalmar, o que não parecia estar sendo fácil, e depois do horror que foi aquele jantar, ela com certeza dava razão a ele. Aquela madrasta era a pior. Ela não se importava com a dor que causou, ou com a destruição daquela família. Nem o filho dela parecia gostar de ser filho dela. Ou aceitar ela como mãe. Ele parecia ser tão revoltado, ou mais, que Samuka. Amanda parecia ser a única a tentar ser o mais gentil possível, mesmo com a mulher que causou tamanho sofrimento na mãe dela.

— Perdão.

O olhou ao escutar sua voz.

— Eu devo estar te chateando...

— Não, não está.

O silêncio reinou, mas por pouco tempo.

— Aquela mulher me tira a paz.

Olívia preferiu não dizer uma palavra.

— Acho que percebeu que ela faz de propósito. E eu sei disso, e mesmo assim, não me controlo. Olho para ela, escuto sua voz... e estou de novo voltando no tempo. Voltando no dia em que vi aquela... cena bizarra... e minha mãe...

— Você não consegue tratar ela com respeito, eu entendo.

— Ela não merece respeito de ninguém. Nem do meu pai, e mesmo assim, o idiota sempre faz tudo que ela quer, e fica do lado dela.

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