Capítulo 13

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Arthur Knox

Maldita mulher teimosa!

Cateline passou a viagem inteira até meu reino, calada e evitando ao máximo me olhar, me deixando cada vez mais irritado com seu comportamento.

E eu? Não consegui desviar meus olhos dela, era como uma força magnética me puxando em sua direção, sentia a necessidade de puxá-la em meus braços, sentir novamente o gosto do seu beijo, a maciez de sua pele e seu doce e hipnotizante cheiro.

Ela se quer sabia o poder que tinha sobre mim.

Queria ouvir sua voz, mas sabia que só ouviria mais de sua incredulidade e indignação com tudo que fiz, ela não poderia me culpar, apenas estou agindo como o apaixonado que sou e também, ela não me deu muitas opções, então, fiz o que achei necessário para ter aquilo que me pertencia.

Observo seu olhar atento e curioso, observando e analisando cada centímetro do castelo, assim que descemos da carruagem.

- Vossa Majestade... Senhorita Tryri - Duarte fala, nos saudando, reverenciando de sua forma exagerada.

- O quarto de minha noiva está pronto? - pergunto, puxando Cateline até mim, pela cintura, observando sutilmente ela mudar sua expressão de séria para algo mais... Dócil?

- Está sim, senhor, tudo está perfeitamente organizado - Duarte fala, sorrindo nervoso, limpando sutilmente uma gota de suor que escorre em sua testa.

- Assim espero... - falo, puxando Cateline para adentrar ao castelo, seu novo e permanente lar.

- Você poderia me soltar? - ouço Cateline falar, murmurando ao meu lado, enquanto eu enlaçava seu braço no meu, a conduzindo pelo grande salão.

- Está tão incomodada assim com meus toques? - lhe pergunto, sorrindo de lado, a olhando sutilmente pelo canto do olho.

- Eu não preciso de guia e não sou a droga do seu fantoche - Cateline me responde, tentando puxando seu braço para fora de meu alcance, sua fala atrai o olhar amedrontado de Duarte, que nos olha por cima do ombro.

Eu apenas sorrio ainda mais com sua resposta, achando totalmente interessante esse outro lado dela, embora, eu já teria a matado por simplesmente me desafiar e me responder de tal maneira. Mas, eu claramente estava jogado aos seus pés, aceitando de bom grado qualquer coisa que ela me desse.

Eu, o rei da Inglaterra, frio e impiedoso, caído de joelhos por uma simples mulher e adorando isso.

Cateline trava no lugar, seus olhos arregalados, olhando na direção de um dos grandes pendurados no corredor, sua pintura, melhor dizendo.

- Toda rainha merece uma pintura digna de sua beleza - falo, sorrindo de lado, a observando ainda travada no lugar, observando sua própria pintura.

Naquele corredor era onde ficava algumas das coisas mais valiosas do reino, que contavam um pouco de sua história, como esculturas, artefatos, quadros e suas pinturas.

Nas paredes do corredor, estavam as pinturas dos antigos e o atual rei, eu, e suas devidas esposas, a pintura ao lado da minha era a de Cateline e entalhado na moldura do quadro estava seu nome: Cateline Tryri Knox, a rainha da Inglaterra.

Como íamos nos casar, achei que seria bom ela se acostumar com seu novo sobrenome e título, a rainha de toda a Inglaterra e minha mulher.

- Não pense que vai me agradar dessa maneira - Catelina fala, desviando seus olhos da pintura e olhando em minha direção, estava gostando de ver o brilho de desafio em seus olhos, a deixava ainda mais encantadora.

Rei Tirano [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora