Capítulo 3

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Arthur Knox

Duas semanas depois...

- Vossa Majestade está imponente nesta roupa, com certeza... - Duarte fala, começando com sua maldita bajulação de sempre, mas, eu o interrompo.

- Sua voz me enoja, Duarte, se puder manter a boca fechada, seria ótimo para meus ouvidos - falo, entre dentes, olhando em sua direção, estreitando meus olhos, o desafiando a falar algo inútil novamente.

- Sim, Vossa Majestade... - Duarte fala, fazendo uma reverência exagerada, se retirando dos meus aposentos, me deixando novamente sozinho com a costureira da corte.

- Está pronto? - pergunto, impaciente a costureira, o que mais ela poderia arrumar no meu traje?

- Estou finalizando, Vossa Majestade - ela me responde, me pedindo paciência com as mãos, me fazendo suspirar fundo, desejando mata-la ali mesmo, mas, não penso em sujar meus aposentos com seu sangue.

Me olho no grande espelho que havia ali, sorrindo de lado, Duarte tinha certa razão, o traje ficou perfeitamente bem em mim.

A túnica e o manto na cor preta, contrastando com o dourado dos detalhes, feitos a ouro, era algo mais simples do que costumo usar.

Dessa vez, não queria chamar tanta atenção, queria ser mais discreto, para assim poder conhecer mais do castelo e sua segurança, eu tinha exército bem numerosos e bem treinado, mas queria montar o plano perfeito, sem erros.

O reino de Celestria seria meu, mais cedo ou mais tarde, mas seria meu, ou eu não me chamo Arthur Knox.

- Pronto... - a costureira diz, suspirando aliviada, fazendo uma reverência e saindo de meus aposentos as pressas, era nítido o seu medo.

- Conselheiro! - chamo Duarte, me olhando uma última vez no grande espelho, antes de sair de meus aposentos, sorrindo de lado.

- Sim, Vossa Majestade... - Duarte aparece num passe de mágica, na minha frente, respiração ofegante.

- Espero que a carruagem já esteja pronta - digo, entredentes, batendo de leve em seu ombro, fazendo Duarte tremer de medo.

- Está sim, senhor... Está tudo perfeitamente certo para o senhor ir - Duarte me responde de maneira apressada, limpando uma gota de suor que escorre pelo seu rosto.

Ainda me perguntava como ele conseguia aguentar aquela peruca.

- Que bom, conselheiro - falo, passando por ele, esbarrando propositadamente em seu ombro, rindo de sua cara.

Desço sem pressa alguma a escadaria do castelo, sendo seguido silenciosamente por Duarte, ou quase silenciosamente, podia escutar sua respiração e isso estava me incomodando profundamente.

Ao chegar do lado de fora, vejo a carruagem pronta e o cocheiro esperando, meus guardas também estavam posicionados, apenas me esperando.

- Aqui está, senhor... O convite do baile - Duarte fala, me entregando o convite do baile, novamente com mãos trêmulas, às achava que Duarte acabaria morrendo de tanto medo que sente.

- Espero que tudo esteja perfeitamente em ordem quanto eu retornar, entendeu bem, conselheiro? - falo para Duarte, ajeitando minuciosamente sua túnica, de cor estranha, sorrindo de lado, o deixando avisado.

Rei Tirano [Em Andamento]Onde histórias criam vida. Descubra agora