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𝐋𝐢𝐳
𝚂ã𝚘 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚘 • 𝚂𝙿
"Péssima anfitriã"

Caminho pelo aeroporto empurrando o carrinho com minhas malas

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Caminho pelo aeroporto empurrando o carrinho com minhas malas. Ainda é início da noite, provavelmente, o trânsito deve estar caótico e Bruna não chegou.

Desde que fechei meu contrato com a empresa responsável por transmissões esportivas, tive dois dias para organizar tudo e vir para São Paulo. Foi como se meu mundo tivesse virado de cabeça para baixo.

Paro na porta de vidro e procuro pelo carro ou por qualquer sinal da presença de Bruna. Nada, absolutamente, ninguém me esperando.

Olho a tela do celular, que vive no silencioso, e a notificação marca uma mensagem. Abro o aplicativo.

Lili, não fica brava comigo. Não pude ir no aeroporto, mas o Rapha vai te buscar. Ele tá com a chave do apartamento. Pode ficar à vontade, mais tarde eu chego. Te amo. – A voz de Bruna ecoa em meu fone e eu suspiro.

Estou cansada, só quero sair daqui logo. Preciso tomar banho, comer qualquer coisa e descansar.

E quem é Raphael? Será que é o namorado dela? Mas ele não chamava Marcos?

Ando para fora do prédio e tenho acesso a área de embarque e desembarque de passageiros. A quantidade de taxistas e motoristas por aplicativo que passam por aqui é impressionante.

Um carro para em minha frente. Não é preciso entender muito de automóveis para saber que aquele ali custa o valor da casa da nossa família. O vidro do passageiro abaixa e um cara vestindo moletom aparece.

— Liz? – Ele sorri e reconheço ele de algum lugar. Estreito meus olhos e forço minha mente, lembrando de onde era. – Raphael! Sua irmã pediu para eu te buscar.

— Ah, sim. – Sorrio.

Empurro meu carrinho até a lateral do carro. O rapaz desce e coloca um boné na cabeça, antes de ir abrir o porta malas.

— Desculpa a demora, viu? O treino da tarde atrasou e precisei vir direito. – O tal Raphael pega minhas malas e vai colocando no carro.

Olho bem para o rosto dele. Raphael... Raphael... Ah, sim, Raphael Veiga, é o jogador do Palmeiras, que me deu uma resposta atravessada em uma coletiva de imprensa ano passado.

— Sem problemas. – Me limito a dizer.

Antes que eu pudesse levar o carrinho até onde ficam os vazios, ele assume o controle. Então, espero ele voltar, para poder entrar no carro.

Abro a porta e me acomodo no banco. Não demora muito para que ele esteja novamente no lugar do motorista. Seu perfume exala no pequeno espaço.

Raphael tira o boné e eu observo cada movimento dele. Afivela o cinto, verifica o retrovisor, liga a seta para sair e dá partida, saindo devagar. Volto a olhar meu celular.

𝐂𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora