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𝐑𝐚𝐩𝐡𝐚𝐞𝐥
𝚂ã𝚘 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚘 • 𝚂𝙿
"E precisa de roupa?"

𝐑𝐚𝐩𝐡𝐚𝐞𝐥𝚂ã𝚘 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚘 • 𝚂𝙿"E precisa de roupa?"

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Me arrastaram para uma festa no meio da semana. Mesmo sabendo que o treino do dia seguinte é no período da tarde, eu não tinha motivos para sair de casa hoje, mas fui convencido por Piquerez e Fábio.

O local é um bar muito movimentado, com música alta e luz baixa. Estou na área mais reservada, uma espécie de camarote localizado em um mezanino, que me dá a visão perfeita do ambiente caótico.

Tudo que tenho é a minha inseparável garrafa d'água e a responsabilidade de não perder o uruguaio de vista. É claro que falhei na segunda parte da minha missão e já perdi Joaco no meio das pessoas.

Me sento em um banco e apoio a garrafa na mesa que os caras deixaram o balde de bebidas. Não sei como cabe tanto álcool no organismo de alguém. Esses já atravessaram portais há horas.

Procuro meu celular no bolso. Quando o visor brilha, o relógio marca 23h39. Deslizo a tela e vou até o aplicativo de mensagens.

Estou preocupado com Liz. Ontem, depois que ela saiu do restaurante, pensei em ir correndo atrás dela, mas não era tão simples assim, afinal, Bruna não faz ideia do que rolou entre a gente.

Confesso, me faltou coragem para procurá-la. Ensaiei várias formas. Pensei em ligar, ir ao escritório que ela trabalha ou, sei lá, aparecer do nada no apartamento que Liz divide com Bruna. Todas as opções pareciam invadir o espaço dela e, por isso, a única coisa que fiz foi enviar uma mensagem e torcer por uma resposta.

A mensagem que esperei chegar, só foi notificada hoje pela manhã. Liz apenas disse que estava bem. Eu acreditei, mesmo sentindo o contrário.

Hoje, antes de sair de casa com Pique, mandei outra mensagem para ela, dizendo onde estava indo e perguntando se estava a fim de nos acompanhar. Não recebi resposta, apenas a visualização.

Quando o aplicativo abre, o nome de Liz está no topo das conversas, com mensagens não lidas. Clico rápido e abro a nova aba.

"Se estiver a fim de fugir para Marte, estou aqui."

Tiro meus olhos da tela e procuro ao entorno. Há algumas mulheres, mas nenhuma delas é Liz. Releio a mensagem e não há nenhum sinal de que ela, realmente, esteja por aqui.

Levanto e caminho até a ponta do mezanino, onde posso enxergar a parte inferior. Há tantas pessoas, mas encontro Joaco em um canto acompanhado de uma mulher. O uruguaio se vira para a direção da parte mais alta do local e aponta, mostrando onde eu estou. A mulher se vira e eu reencontro os olhos que me prendem.

Sem esperar qualquer ação, saio da parte do camarote e desço até a pista. Passo entre várias pessoas até alcançar os dois. Quando me vê, Piquerez se afasta e deixa a garota sozinha.

𝐂𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora