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𝐋𝐢𝐳
𝚂ã𝚘 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚘 • 𝚂𝙿
"Detesto mentir"

𝐋𝐢𝐳𝚂ã𝚘 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚘 • 𝚂𝙿"Detesto mentir"

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Conto os segundos para chegar no térreo. Agradeço mentalmente por ninguém pedir o elevador nos andares inferiores, assim poderia surtar sozinha no pequeno espaço.

Me olho no espelho, arrumando meu cabelo e tenho vontade de rir. Pareço uma adolescente indo encontrar o carinha que tem uma quedinha, mas nunca ficou.

Quando a porta se abre, me despeço da moça da portaria e caminho até o estacionamento. Já na área externa, vejo Raphael encostado em seu carro. Ele está com outra camiseta, acredito que estava dentro do carro e que trocou neste período. Quando me vê, ele sorri e logo caminha para o lado do passageiro.

— Onde nós vamos? – Pergunto curiosa, assim que ele abre a porta para que eu entre.

— Como você não conhece muitos lugares daqui, vou te levar para o meu favorito, só adianto que é uma cafeteria.

Entro no carro e me acomodo no banco, Raphael fecha a porta e dá a volta, entrando no banco do motorista.

Desta vez, ao contrário da primeira vez que estive nesse mesmo banco, Veiga liga o rádio sem dizer nada e deixa sua playlist rolar. Saímos do estacionamento do prédio e em pouco tempo ele está na avenida movimentada.

O trânsito está mais tranquilo, talvez seja porque ainda não são nem 16h. Observo as pessoas que estão andando lá fora. São todos tão apressados, mas aqui, dentro desse carro, parece que é tudo tão calmo.

Ouço a introdução de "Sinais", do Luan Santana. Como fã do Luan, reconheceria a melodia a quilômetros.

Por um momento, observo Raphael direcionando sua mão até o painel digital do carro para trocar de música. Eu torço mentalmente para que não faça isso. É quando ele me olha, aproveitando que o sinal ficou vermelho e reluta em mudar.

Sinto como se eu tivesse vencido a pequena batalha entre os nossos olhares, quando ele dá uma pequena risada, deposita sua mão de volta no volante e começa a batucar a melodia.

Me permito cantar a música e, quando chega no refrão, sou surpreendida com Veiga cantando comigo. Sem medo, sem qualquer vergonha e com direito a uma risada gostosa no meio da música.

— Não sabia que gostava tanto assim do Luan. – Ele comenta quando a música acaba.

— Eu tinha poster na parede da minha casa, cara. – Acabo rindo por lembrar de toda a minha adolescência sendo Luanete. – Um dia eu te mostro minha coleção.

— Vou querer ver.

— Ele é o único homem que me faria largar tudo.

— Então, eu não vou te apresentar ele. Já pensou? A concorrência ali é muito grande.

— Concorrência por quê, Veiguinha? – Pergunto tentando segurar minha risada.

— Pô, o cara canta bem, é bonito, cheiroso, galanteador, sabe? Eu não chego nem no dedinho do Luan, Liz.

𝐂𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora