Com seu mundo virado de cabeça para baixo, o céu parece distante e seus pés estão colados ao chão. Em meio a turbulência, os olhos de Marte de Liz reencontram os olhos de Raphael, escuros como a noite, que a hipnotizam e fazem flutuar.
• História fi...
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Acordo sentindo aquele perfume inconfundível. Liz está deitada em meu peito e veste apenas suas peças íntimas.
Passo minha mão com delicadeza por seu cabelo e deposito um beijo em sua testa, antes de escorregar devagar para fora da cama.
Vou até o banheiro para tomar uma ducha rápida. Depois visto apenas minha cueca e uma bermuda.
Passo pelo quarto e dou uma olhada em Liz, que continua dormindo tranquilamente. Saio do cômodo e a deixo lá.
Não tenho treino hoje, então Cláudia não vem, já que a dispenso em todas as minhas folgas, exceto quando vou fazer alguma festinha ou algo do tipo.
Vou até a cozinha e decido preparar um café da manhã reforçado. Preparo um suco, passo o café rapidinho, faço ovos mexidos e corto algumas frutas. Separo pães e frios e organizo tudo na mesa.
Assim que termino, vejo Liz entrando na cozinha. Ela veste uma camiseta minha, que escolheu ontem à noite, mas acabou não usando. A peça fica como um vestido nela, o recorte em tom de azul dá um contraste na camiseta branca, ficou bem nela. Suas pernas estão expostas. Posso ver de longe uma marca roxa na parte interna de sua coxa e me vem alguns flashes da noite passada.
— Bom dia, Raphael. - Liz diz ao se aproximar, passando os braços ao redor do meu pescoço.
— Bom dia, Li. - Cheiro seu pescoço e deixo um beijo ali.
— Li? - Ela dá uma risadinha.
— Linda, Liz. - Explico e ela sorri. - Gostou?
— Hum, acho que posso me acostumar com você me chamando de Li.
— Pode se acostumar. - Beijo seu rosto e levo minha mão em sua nuca. - Obrigado por não fugir.
— Eu quem te agradeço por não ter me deixado ir. - Ela encosta o nariz com o meu.
— Nós vamos tentar. - Digo antes de selar nossos lábios e iniciar um beijo profundo, com gosto fresco de hortelã.
Ao separar nossos lábios, viro Liz de costas para meu corpo e na direção da mesa de café da manhã, abraçando sua cintura.
— Você fez tudo isso?
– Uhum.
— Que homem dedicado. - Ela se solta e vira, me dando um selinho.
— Vamos comer, porque você me matou ontem à noite e eu estou morrendo de fome.
— Raphael! - Liz dá um tapinha em meu braço e eu apenas dou risada.
Novamente, ela me dá as costas e segue até a mesa. Acompanho a mulher e me sento na cadeira à sua frente. Nos servimos e começamos a comer.
Entre um assunto e outro, ela me conta um pouco sobre sua família. Eu já sabia da história das irmãs Medeiros, mas, agora, conheço tudo pelo ponto de vista de Liz, desde o dia que sua mãe Letícia faleceu até a chegada de Vivian em sua vida.
