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𝐑𝐚𝐩𝐡𝐚𝐞𝐥
𝚂ã𝚘 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚘 • 𝚂𝙿

Medeiros me convocou para uma reunião

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Medeiros me convocou para uma reunião. Não foi um convite, porque a mensagem foi bem ríspida e o assunto é sério: a "misteriosa".

Saí direto do treino para a agência. Nos concentramos hoje para o jogo de amanhã, por isso aproveitei o tempo que tenho livre antes de retornar para o CT e vim atender o chamado urgente de minha assessora.

Fui informado que Bruna estava terminando uma reunião, mas que logo estaria disponível. Foi tempo suficiente para eu bater papo com Felipe, o estagiário, sobre a faculdade dele.

O garoto é bem novo, saiu do ensino médio e ingressou direto na faculdade. Felipe estuda Relações Públicas e quer seguir na área. É um rapaz bacana, cheio de sonhos. Os olhos dele brilham quando fala do futuro.

Felipe tem uma mente brilhante. Ele sempre traz ideias para Medeiros sobre projetos e assume muito bem algumas ações. Torço pela efetivação desse cara.

Sou informado que a reunião terminou, então me despeço do garoto e sigo pelo corredor.

Quando paro na porta da sala de Bruna, um homem bem vestido, com roupas sociais alinhadas, está se despedindo da mulher e saindo do local.

Ele me olha por alguns segundos, ergue as sobrancelhas e depois recompõe a expressão.

— Ah, Henrique, esse é o Veiga. Você queria conhecê-lo, né? – Bruna diz ao perceber minha presença parado ali, no corredor.

— Conhecer é uma palavra muito forte, Bruninha. – O sotaque carioca é carregado. – Tu sabe que eu sou Flamengo, pô. – Ele solta uma risada sarcástica. Eu franzo a testa e fecho minha expressão. – Prazer, Henrique Lemann.

— Bom, acho que não preciso me apresentar, né? – Imito o tom prepotente do rapaz e retribuo o aperto de mão. – Mas é um prazer. – Sorrio.

— Só tenha piedade do meu Mengão, viu? – O tal Henrique solta para tentar quebrar a tensão. Eu dou uma risada forçada, só para não deixar ele mais sem graça.

— Claro, vou maneirar. Só um gol e uma assistência no próximo, pode ser?

— Pô, pega leve, parceiro. – Ele me dá dois tapinhas no ombro.

— Pegar leve não é comigo, Lemann. – Forço um sorriso. – Não costumo ter piedade de rival.

— Bruninha, você vai deixar o cara falar assim do nosso Mengo? – O tal Henrique desconversa.

— Cada um na sua área, Henrique. Eu sou só assessora aqui, meu lado flamenguista é da porta para fora. – A mais nova sorri.

— Bom, depois dessa, vou meter o pé. – O playboy diz de maneira forçada. Nitidamente não consegue falar uma gíria sem parecer mimado. – Prazer mesmo te conhecer, cara. – Diz para mim. – Tchau, Bruninha.

𝐂𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 | Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora