𝐋𝐢𝐳
𝚂ã𝚘 𝙿𝚊𝚞𝚕𝚘 • 𝚂𝙿Sinto a água quente tocar minha pele, trazendo uma sensação de relaxamento.
Fecho os olhos e molho meu rosto, instantaneamente, Raphael vem a minha mente. Seu beijo, seu cheiro, a firmeza de seu olhar. Cada detalhe.
— Liz... – Sua voz me desperta. As mãos do jogador surgem na porta segurando uma toalha e um roupão, que ele deixa em cima do balcão, sem entrar no banheiro. – Aqui está, viu?
— Obrigada, Veiga.
— Vou tomar banho no outro banheiro, tá? – Ele avisa e fecha a fresta da porta. Sorrio por conta do gesto.
Termino o banho alguns minutos depois, saio do box, me seco e visto o roupão. Abro a porta do banheiro e caminho pelo quarto de Raphael até chegar em seu closet.
Vejo que Veiga deixou uma cueca boxer nova separada para eu usar. Se eu contasse isso para a Liz de quase um mês atrás, ela diria que eu estou completamente transtornada e perguntaria se estou usando algum tipo de entorpecente. Mesmo contrariada, coloco a peça, que fica parecendo um short.
Caminho entre os armários. Raphael tem tantas peças que fico na dúvida do que usar. Procuro por uma camiseta que cubra meu corpo o suficiente, já que não há alternativa para aquela situação, e me visto.
Deixo o quarto e vou até a cozinha, que emana a fragrância do café. No balcão há duas xícaras, a garrafa térmica e um utensílio de vidro com biscoitos. Veiga deixou tudo tão organizado e do jeitinho dele. Ele está sentado no banco, vestindo somente uma bermuda e com o cabelo molhado, a skin perfeita para destruir minha mente.
Assim que nota minha presença, o jogador deixa o celular de lado e serve as duas xícaras de café.
— Eu adocei, tudo bem pra você?
— Claro, inclusive agradeço, de amarga já basta a vida.
— Nossa, gatinha, então deixa eu adoçar a sua vida. – Ele pisca, completando a cantada fajuta que acabou de me passar. A minha única reação é rir.
— Tá bom, docinho. – Me aproximo dele e aperto suas bochechas. Raphael ri da minha atitude. – Agora deixa eu provar esse café. – Pego minha xícara e me sento ao lado dele.
— Se tiver bom, eu ganho um beijo?
— Até mais que isso. – Brinco com ele.
Tomo a bebida quente e adocicada, tudo na perfeita proporção.
— E aí, gostou? – Seus olhos estão curiosos pela minha reação. Sem responder sua pergunta, me aproximo e selo nossos lábios em um selinho demorado. Raphael ri quando me distancio. – Acho que isso foi um sim.
— Com certeza. Aprovadíssimo.
— Garanto que o Luan Santana não faz um café melhor que o meu. Ponto para o Raphael! – Ele brinca.
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𝐂𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐫𝐭𝐞 | Raphael Veiga
FanfictionCom seu mundo virado de cabeça para baixo, o céu parece distante e seus pés estão colados ao chão. Em meio a turbulência, os olhos de Marte de Liz reencontram os olhos de Raphael, escuros como a noite, que a hipnotizam e fazem flutuar. • História fi...