Antes de começarem a ler, quero que vocês prestem atenção na numeração do capítulo.
O wattpad desorganizou a ordem, do 9 pulou para o 19, aí voltou para o 10 e ainda está desorganizado, já editei diversas vezes mas não adianta, atualiza e depois volta a como estava. Do 9 ao 36 está fora da ordem correta, então peço que olhem a numeração para não pegar spoiler e nem se perderem na história. Desde já, agradeço! 🥰"Maktub significa, estava ecrrito ou melhor, tinha que acontecer"
Mariana Lima.
Abro os olhos lentamente, observo tudo e novamente fecho.
Ouço uns barulhos de aparelhos e vozes, mas tudo distante. Eu não sentia absolutamente nada, além de desconforto.Abro os olhos novamente. E a mulher morena me olha curiosa.
— Mari? — me chama. Concentro-se em seu rosto e vejo a Agnes. Tão linda.
— Agnes. — sorrio de lado.
Ela me olha desacreditada e sai. Em seguida volta com uma enfermeira.
— Como esta se sentindo? — A enfermeira me pergunta. Tombo meu rosto para o seu lado.
— Bem!
Na verdade, eu não sentia dor física ou mental.
Ela me examina por longos minutos que parecia mais horas. Sai e me deixa á sós com a Agnes.
— Cadê, ela? — pergunto e ela abaixa a cabeça.
— Você passou mal, sua pressão baixou muito rápido. — me explica. — Você estava fraca, então estavam te alimentando com soro. — me olha com o olhar que mais odeio nesse mundo, o olhar de pena. — Você ficou induzida. Por uma semana.
Não me dei o trabalho de perguntar se fez o velório dela.
Se fizesse, daria apenas eu. Uma filha ingrata, que não percebeu sua própria mãe querendo cometer suicídio.
— Minha mãe organizou tudo sobre a sepultura dela. Ela está enterrada do lado do seu pai! Estão juntos agora, como ela quis. — sinto a dor na sua voz. — eu sinto muito, Mari. — ela se aproxima da cama e beija a minha testa carinhosamente. — independente de tudo, estamos com você.Eu sabia, que agora eu estava bem. Mas quando o efeito de todos os sedativos saísse do meu corpo. A dor voltaria, e mil vezes maior. Por a ficha vai cair que eu estou sozinha.
— Obrigada. — seguro na sua mão. — não sei o que seria de mim sem você, ou sem a sua mãe.
— E sem o Caio. — completa.
— E sem o Caio. — repito. — Cadê ele?
— A ficha dele é limpa. Mas muitos policiais conhecessem aquele rostinho bonito. — ri. — achamos melhor ele não ficar muito por aqui. Mas todo dia ele vem te ver! — sorrio. — O Lucas e a Carol vinheram também, a Tia Vilma. — me atualiza.
— Serei eternamente grata por vocês. — sinto meu corpo dolorir. — quando terei alta?
— So iremos saber quando o efeitos dos sedativos sair do seu corpo e fizerem novos exames. — concordo.
Ela me faz mais um pouco de companhia, mas logo tem que ir embora, me deixando sozinha.
Viro o rosto pro outro lado, olhando o céu bem azul pela vidro da janela.
Me conforto com meus pensamentos, me convencendo que, era uma decisão dela. Uma escolha!
Mas por outro lado, me irrito por não ter percebido, por não ter feito nada para me mostrar presente na vida dela e ela perceber, que eu era a sua família. Sua filha que poderia á Ajudar em um momento desse.
Saio dos meus pensamentos com uma voz.
— Você tá feinha em. — viro meu rosto vendo o Caio encostado na porta com os braços cruzados. Sorrio de lado.
— Não fico feia nem deitada numa cama por uma semana. — Na verdade. Era claro que eu estava péssima, mas eu não ia assumir isso nunca.
— Como você tá? — ele entra e fecha a porta atrás dele.
— Bem. — respondo e ele me olha sério se aproximando da cama. Me ajeito pro lado e ele senta.
— Sinceridade.
— Horrível, Caio. — suspiro pesado. — me sinto uma pessoa horrível. Por não ter ajudado a minha mãe. Ela tá morta agora! E eu nem fiz nada para impedir. — sinto meu rosto molhado e minha voz fraca. — eu sempre estou ocupada comigo mesma, pensando só em mim. Como se só eu tivesse problemas, nunca olho para ninguém. Talvez, se eu parasse de pensar tanto em mim, eu teria notado.
— A culpa não é sua. — ele me olha firme. — sua mãe nunca demonstrou desânimo nenhum sobre a vida. Nao tinha como você saber, Mariana! As coisas aconteceram dessa forma, porque ela quis que acontecesse assim. Eu sei o quanto doi perder uma mãe de forma tão brutal. Mas quem morreu, morreu. Sentiremos faltas até o nosso último suspiro, mas nossa vida não vai parar por conta disso.
Concordo com a cabeça ficando quieta. Ele estava certo.
— Seja forte, como você sempre foi, branca. — ele beija minha testa.
— Obrigada. Por tudo, Caio. — seguro na sua mão.
Ele sorri. Se levanta e sai.
E mais uma vez, fico sozinha.
Me dominando pelos meus pensamentos, sentindo a dor do luto e a saudades eterna da minha mãe.
A dor do Luto, nunca acaba. Ela vai bater derrepente, quando você achar que superou. Quando você achar que está tudo bem, um simples gestos vai te lembrar da perda.
×××
Música do início do capítulo:
VIDA LONGA, MUNDO PEQUENO — ORIENTEAssim que a história, chegar á 1k de visualizações, solto uma maratona de 5 capítulos em um dia ;)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Para sempre você.
Teen Fiction- Sempre foi, e sempre será você, branca. Uma história que se passa na Rocinha, Rio de Janeiro. Repleta de possibilidades fascinantes, onde duas pessoas se reencontram após 15 anos e estão dispostos a dar a vida um pelo outro. Com certeza, esse reen...