" Recomeçar, Eu e você. "
Caio Souza.
— Sim, eu aceito, Matias! — Agnes responde sorrindo. Fazendo meu amigo suspirar aliviado colocando a aliança no dedo dela. Me fazendo automaticamente olhar para a minha e virar meu pescoço vendo a Mariana sorrir feito boba para os dois.
Suspiro saindo da cozinha e indo para o quintal, olhando para o céu estrelado.
— O céu está lindo. — ouço a voz da Mariana e me viro vendo ela na porta, olhando para o céu.
— É, está sim. — respondo observando as curvas perfeitas do seu corpo. — vem cá.
Mariana fita seus olhos em mim, me analisando por inteiro. Ela caminha devagar até mim, jogando o cabelo para o lado. E para na minha frente.
— Estou aqui. — concordo passando minha mão lentamente no seu rosto. — Quer falar algo? — pergunta e posso ouvir sua respiração pesada, me fazendo sorrir de lado. Tirando minha mão do seu rosto.
— Não. — nego e ela concorda se virando. Me fazendo prender o riso. — eu quero, Mariana. — ela para me olhando por cima do ombro.
— Então, fala. — se vira novamente. — Irei te dar uma última chance, Caio. — cruza os braços. — me diga. O que quer?
Respiro fundo, olhando em seus olhos e passando a mão no meu cavanhaque.
— Eu quero você de volta. — digo e ela balança a cabeça em concordância. — Você quer?
— Você ainda pergunta? — ela sorri de lado.
Me aproximo dela, colando testa com testa. Fazendo nossas respirações ofegantes baterem contra nossos rostos.
— Eu te amo, Mariana. E se um dia, eu ficar sem você. Eu enlouqueço de vez. — falo sincero e ela ri.
— Eu te amo, Caio. — sua boca se encosta na minha, me beijando lentamente fazendo minha mão se direcionar para seu rosto e a outra passear pelo seu corpo.
Se afastamos e sorrimos, entrelaçando uma mão na outra.
— Casa comigo? — pergunto sério, Mariana me olha surpresa e confusa.
— Casar, casar?
— É, Casar, casar. — afirmo e ela sorri de lado.
— Caio...
— Vem morar comigo. — peço sério.
— Tu tem certeza disso? — me pergunta e eu concordo.
— Pra caralho. — afirmo.
Mas antes de ouvir sua resposta, somos interrompidos pela Carolinne.
— Olha, não quero atrapalhar a volta de vocês, mas dão um pouquinho de atenção para a felicidade dos nossos amigos. — Mariana se afasta e me olha, se virando e entrando dentro da casa. — voltaram?
— Sim.
Ela bate palmas animadas e faz uma dança ridícula me fazendo revirar os olhos e passar por ela.
Entro vendo todo mundo conversando, e a Agnes e o Matias no maior grude, no papo, que coisa estranha de se ver.
— Parece que está tudo resolvido agora. — Dona Vilma diz alegre. — Agnes e Matias juntos, Carol e Lucas, e finalmente Caio e Mariana. — sorrimos para ela que sorria feito boba nos olhando. — até você né, Fátima.
Entrega á mesma que fica toda sem jeito.
— Que papo é esse, Dona Fátima? — Agnes cruza os braços olhando para a mãe.
— Conversa fiada da Vilma, filha. — ela diz toda sem graça. — vai pegar é.
— Perai, perai que eu conheço alguém que fala isso... — Md diz rindo e eu e o Lucas se olha.
— Paulin da mecânica. — Lc e eu respondemos juntos rindo.
— Matias, fecha essa matraca ou eu mando a minha filha te dar um pé na bunda. — Dona Fátima reclama brava e ele ri levantando as mãos em rendição.
(...)
— Se quer dar um role, eu vou te apresentar o melhor baile do rio de Janeiroooo. — Md entra no 401 rindo e cantando com a Jbl no ombro.
Moloque tava sorrindo pro vento desde ontem.
— Se eu soubesse que era só tu começar a namorar que ia ficar nessa onda toda tinha te apresentado a Agnes mais cedo. — gasto ele soltando a fumaça do baseado.
— Tô felizão demais, carai. — ele faz uma dança estranha. — já já desço pra boca, pra atualizar a colega.
Ele estava falando da senhora que ele fofoca todo santo dia.
— Tu é doido, papo reto. — nego com a cabeça e o Lucas entra na salinha com tudo. — qual foi?
— Ces esqueceu do baba meus parceiros? — suspiro aliviado. Já tava até achando que era algum bagulho sério.
Pego meu celular, vendo marcar quatro horas da tarde, do sábado.
— Tamo descendo já, Luquete. — Md desliga o som.
Não damos uma e descemos para o campo, pego uma cerveja e tomo enquanto o primeiro time jogava. De longe vejo as três descendo, rindo na maior graça. As três de roupa curta, na maior tranquilidade. É de fuder mermo.
— Carolinne tá de sacanagem com a minha cara. — Lucas coloca as mãos na cintura.
Minha irmã usava um vestido colado vermelho, que já era curto, aí por conta da barriga ficava mais ainda.
— Minha morena tá gostosinha, ave maria. — ouço o Md falar e faço careta. Ele sai indo até elas e não perco tempo e vou atrás também.
— Tão fazendo o que aqui? — pergunto já na lata assim que enconsto com o Lc do lado.
— Caio, o que se faz em um campo de futebol? — Carol me pergunta óbvia.
— Jogar? — respondo óbvio e ela revira os olhos.
— Mas como não vamos jogar, iremos assistir vocês! — Mariana diz colocando a mão na testa por conta do sol.
— Esses bando de perna de pau. — Agnes zoa indo para a arquibancada com o Md atrás.
Puxo a Mariana pela mão pra um bequinho.
— Essa roupa tá meio curta, tá não? — pergunto com a boca colada na dela.
— Ce acha, amor? — ela provoca me roubando um selinho.
— Acho. — pego no seu pescoço, beijando sua boca, já sentindo meu pau ficar duro por baixo da bermuda. — depois daqui nois vai lá pra casa. — digo assim que se separamos do beijo e ela concorda sorrindo.
Pego na sua mão e voltamos para a grade.
— Atacante, acordou. — Matias me olha gastando e eu mostro meu dedo do meio pra ele.
— Bora colocar o uniforme, bora. — Lucas chama e eu dou um selinho na minha branca saindo de perto delas.
Trocamos de roupa e começamos a jogar.
×××
Música do início do capítulo:POESIA ACÚSTICA 10
Gratidão imensa pelos 100k de leituras. Palavras não demonstraram nunca a gratidão que eu sinto por quem acompanha a história com tanto carinho. 🤍🤍
Maratona (1/5)
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Para sempre você.
Ficção Adolescente- Sempre foi, e sempre será você, branca. Uma história que se passa na Rocinha, Rio de Janeiro. Repleta de possibilidades fascinantes, onde duas pessoas se reencontram após 15 anos e estão dispostos a dar a vida um pelo outro. Com certeza, esse reen...