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"Branca eu amo você"

Caio Souza.

Saio de casa indo para a boca, com uma neurose na cabeça. Imagina, a Mariana engravidar. Ave maria, a mulher ia ficar a coisa mais linda desse mundo todo.

Desvio dos meus pensamentos rindo e entro na boca vendo os menó fazendo os bagulho na maior correria pra poder irem pra casa cedo.

— Duas horas, todo mundo liberado. — mando e eles comemoram. Pego um cartão e me sento na mesa, fazendo a carreira e cheirando a maconha.

Termino e saio da sala limpando o nariz com a mão. Olho para o céu azul, vendo algumas nuvens e penso na minha mãe. Nao tenho foto dela, não lembro mais da voz dela, mas sua Imagem na minha mente ainda vem o rosto dela. Carolinne é a cópia perfeita.

Suspiro passando a mão no rosto e olho para o lado, vendo um vapor com uma caixa pequena na mão.

— Bom dia, patrão. — aceno com a cabeça.

— Que é isso?

— Mais remédios para a Dona Ana. Mãe da Hellen. — faço pouco caso concordando e faço sinal para ele seguir o rumo dele.

Acendo um baseado e desço para o campo, vendo os menorzin jogando bola. Me sento no banco vendo que o primeiro tempo havia acabado.

— Eai, tio. — ele bate na minha mão se sentando ao meu lado.

— Eai moloque. — sorrio pra ele. — como tá o jogo?

— Dois a zero pra nóis, né. — responde convencido. — dois gols meus, uma máquina.

— Marcação ta fraca então. — atento ele que fecha a cara levantando a sobrancelha pique mc Mirella. — Tô brincando, parceiro.

— Aí sim em, achei que tava na tiração. — me surpreendo com o linguajar do moloque e solto uma risada negando.

Ele volta a jogar e eu fiquei ali, brisando nesses meninos novo jogando.

Imaginando um moloque meu assim. Foda demais.

Vejo meu celular marcar meio dia e quarenta e subo para a casa da Dona Vilma, mas antes, mando mensagem para a Mariana.

Branca ❤️

Amor
Vem almoçar, tô na Vilma agora.
12:40.

Pode ir vida, tô sem fome e tô ajeitando umas coisas aqui para á noite ;)
12:41.

Beleza, gatona!
12:41

Subo para a casa da Dona Vilma e abro o portão ouvindo o maior converseiro. E ja entro, a porta tava aberta.

— Ja tava quase indo atrás de vocês... — Dona Vilma vem até mim e para. — Cadê, Mariana?

— Bença, Dona Vilma. — peço dando risada e ela ri.

— Deus que lhe abençoe, filho.

— Mariana tá ajeitando umas coisas lá em casa e tá sem fome, mas vou levar uma marmita pra ela. — respondo entrando na cozinha. — se sobrar né. — atento vendo os quatro esfomeados já comendo.

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