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Não posso errar igual eles, tenho consequências maiores.

Mariana Lima.

Suspiro já cansada, pegamos um transito insuportável já chegando no Rio e por algum motivo inexplicável, Matteo e Maite veio o caminho todo cabisbaixo e resmungando baixinho e as vezes, chorando.

— Assim que eu chegar, vou desmaiar e acordar só amanhã. — Agnes fala passando as mãos nos olhos. — cansadona e amanhã a tarde tô cheia de cliente no salão.

— Volto a trabalhar amanhã também. — digo pegando a avenida direto.

Fomos o caminho todo em silêncio, chegamos no morro quatro horas da tarde já, deixei cada uma em sua casa e fui pra minha, vendo que meu marido nem tava lá, coisa que já era de se esperar.

Tiro minhas coisas todas do carro guardando, aproveitando que estava sozinha e desfazendo as malas e bolsas. Aproveitei também, para ver as fotos e fazer os álbuns e entregar cada um que foi.

Acabei era seis horas da noite já, peguei meu celular vendo uma mensagem da doutora que estava fazendo meu pré-Natal, e meu coração já ficou quentinho vendo o que ela tinha me mandado.

"Olá, mamãe! Passando para confirmar sua ultrassom na sexta-feira, para podermos ver se esse bebezinho será menino ou menina. Sexta, ás 08:30!"

Sorrio toda boba, concordando e comemorando sozinha, corro para o quarto, tomando um banho e colocando uma roupa confortável, fiz uma janta rapidinho, e esperei tanto pelo Caio, que acabei desistindo quando o relógio bateu oito horas da noite.

Liguei várias e várias vezes, chamava e ele nem se quer me atendia, coisa que me deixava extremamente irritada e preocupada.

Jantei sozinha e assim que acabei, fui para o quarto ficar mexendo no celular, vendo que não tinha absolutamente porra de nada pra fazer.

Eu tava quase pegando no sono, quando ouvi a moto zuar, levantei na ponta do pé e pela janela vi ele chegando.

Não demorou muito ele entrou no quarto, tirando a camiseta e o tênis dele e se jogando na cama comigo.

— Tô mortão. — me viro pra ele, analisando seu rosto e percebendo algo de estranho.

— Tava a onde? — mexo na cruz da correntinha dele.

— Resolvendo as coisas que esses paus no cu não resolveram quando nois tava fora. — faz pouco caso me dando um selinho.

— Tem certeza? Que ta tudo de boa? — sinto uma dor no peito, uma sensação estranha.

— tá, branca. Fica dboa po! — ele se levanta. — Tu não pode ficar com noia na cabeça não, faz mal pro nosso filho.

Concordo com a cabeça.

— Marcou pra ver o sexo na sexta feira, cedo. Vai lá comigo? — Faço bico e ele sorri de lado.

— Claro, amor. — ele manda beijo. — vou tomar um banho aqui, já já nois conversa mais.

Caio estava escondendo alguma coisa, ele pode até tentar mentir pra mim, ou esconder. Mas eu conheço a forma como ele fica quando está mentindo.

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