17.

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Antes de começarem a ler, quero que vocês prestem atenção na numeração do capítulo.
O wattpad desorganizou a ordem, do 9 pulou para o 19, aí voltou para o 10 e ainda está desorganizado, já editei diversas vezes mas não adianta, atualiza e depois volta a como estava. Do 9 ao 36 está fora da ordem correta, então peço que olhem a numeração para não pegar spoiler e nem se perderem na história. Desde já, agradeço! 🥰

"Você é bom senso, eu sou impulso mal pensado"

Caio Souza.

Não sei o que acontece comigo. Quando tô longe da Mariana, sinto uma falta absurda dela, como se meu corpo implorasse para ter o seu perto de mim. Mas quando to com ela, sinto que é errado, e tento de todo custo me manter longe mas não consigo. Seu corpo é um imã que gruda no meu.

Depois do seu pedido, fui com ela para o seu quarto e dormimos juntos. Sem malícia alguma. Tanto tempo que eu não dormia direto, que nessa noite tirei todos os atrasos. Até me assustei ao acordar e ver o horário. Primeira vez que consegui dormir em paz. Depois de tantos anos com a insônia e pesadelos me consumindo.

— Bom dia. — ouço sua voz e vejo ela saindo do banheiro. Estava com um vestido curto soltinho e o cabelo amarrado em um coque.

— Bom dia! — me levanto rápido.

— Não precisa fugir de mim. — dispara me olhando.

— Temho que ir embora. — falo rapido e ela corre até a porta ficando de frente. — Sai daí, Mariana.

— Para caramba. — diz irritada. — tá parecendo uma puta depois de dar saindo cedo.

— Cala a merda da boca e sai da frente da porta. — peço começando a me irritar. Tudo na Mariana me irritava, esse jeito insuportável dela.

— Fala baixo comigo que eu não estou gritando com você. — pede calma. — Caio, presta atenção. — ela se aproxima de mim colocando as duas mãos no meu rosto, eu tiro e ela se irrita. — Para de me afastar de você, eu te imploro. Isso me dói! Porque você me faz bem.

— Não, Mariana. Não faço! — digo com raiva. — Você só tá sozinha, sem ninguém! Então ta procurando conforto na primeira pessoa que te aparece, e tu tá ligada como isso é feio? Você não quer a pessoa perto, você só não quer ficar sozinha. Você quer criar uma dependência!

— Tá maluco? — agora quem altera a voz é ela. — eu sempre tentei me reaproximar de você. — joga na cara. — na verdade, Caio. Eu nunca me afastei de você, você que fez. Me tirou da sua vida, e agora que tô tentando voltar, você tá se convencendo que isso não é bom. Ta criando cenas ridículas pra mim me apagar a você, aí você some, eu fico mal e crio raiva, é isso que você quer. — olho no olho dela.

— Você tá querendo se reaproximar de mim, porque não tem ninguém.

— Mentira! — vejo as lágrimas aparecer nos seus olhos. — Eu ia na Dona Vilma, e perguntava de você. Ela dizia que você tinha acabado de sair, toda vez era a mesma resposta que eu tinha. Mas quando a Agnes ia, você estava. Quando eu ia embora, eu via você de longe. Você fugia de mim. Mas mesmo assim, eu nunca deixei de te procurar. Mas eu tô vendo que eu deveria ter te deixado pra trás a muito tempo, porque você só faz mal para as pessoas que te querem o bem. Então, Caio! Palmas para você. — ela bate duas palmas de forma irônica ainda com lágrimas saindo dos seus olhos. — se você queria que eu criasse mágoa de você, você acabou de conseguir.

— Mariana. Perai, Olha... — ela me para.

— Tá tudo bem. — ela da de ombros e sai da porta. — tem uma escova nova no banheiro que deixei pra você. O café tá feito, fica a vontade. — sai do quarto me deixando confuso.

Vou até o banheiro e lavo o rosto escovando os dentes. Saio do banheiro e arrumo a cama, pego meu celular e carteira colocando no bolso, saio do quarto e vou para a cozinha vendo ela organizando umas coisas.

Vou por destras dela e puxo seu braço, ela se vira assustada.

— Me solta. — manda brava e eu sorrio de lado.

Passo a mão ma suas costas subindo pro pescoço, aproximo minha boca da sua e começamos um beijo lento e calmo, que se encaixou de primeira. Minha outra mão passa na sua cintura apertando e descendo para a sua bunda. Sua mão vai para o meu abdômen por dentro da blusa onde ela passa as unhas, a outra está no meus pescoço, onde ela passa as unhas de leve me causando breves arrepios.

Se afastamos colocando testa com testa.

— Eu te odeio. — ela bate no meu peito se afastando. — Você não deveria ter feito isso, Caio. Ce tá maluco?

— Deveria. — afirmo. — Mariana, a minha mente é bipolar, ela não sabe o que quer!

— E você, Coringa. Sabe o que quer?

— Você, Mariana. — olho no fundo dos seus olhos. — quero você!

— Vai ter que quebrar teus muro então. — passa por mim. — porque eu sempre ignoro a minha moral pra dar razão a você.

Fico queto.

— É isso aí, tá certa. — falo pra encerrar. — agora vou indo, se cuida aí, branca! — deixo um beijo na sua cabeça.

Ela fica quieta. E me olha enquanto eu vou embora.

Sou mal pensado demais. Eu e a Mariana não da certo longe, mas juntos também não, é algo sem nexo. Fazemos coisas e sentimos, mas ignoramos para não ficar nada estranho entre nós.

Eu não sei raciocinar as coisas certas. Minha mente é a minha própria inimiga, que me descontrola, é uns bagulhos muito doido, parceiro, no papo. Mesma hora que quero um negócio, eu mudo na hora.

×××
Música do início do capítulo:
VAGABUNDO TAMBEM AMA - ORIENTE

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