100.

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Mariana Lima.
Oito anos depois.

— Parabéns pra vocês! — cantamos todos juntos, seguindo de várias palmas.

Rodo meus olhos pelo salão de festa e vejo o Matias roubando brigadeiro da mesinha. Ele esconde dois no bolso, e vem ate mim com a maior cara lavada.

— O que foi, mamãe? — a forma como esse garoto era sinico só entregava como ele havia puxado o pai.

— Vou te entregar para a sua tia. — finjo estar brava e ele faz bico tirando um brigadeiro do bolso e me dando.

— Não conta e eu te do um. — sorrio de lado pegando e comendo.

— Fechado. — beijo a bochecha dele. — agora vai tirar fotos com seus primos, Matias.

Me levanto da cadeira vendo ele correr, e me aproximo da mesa do bolo batendo palmas e terminando de cantar.

Tinha bastante pessoas, como eles já estavam na escola, tinham feito muitas amizades.

Sinto braços rodearem minha cintura e sorrio de lado sentindo o cheiro do gostoso do Caio.

— Tá cheiroso. — falo baixo. — Até demais.

— Tenho que estar né mô.

— Com esse tanto de mães solteiras? Acho que não. — cruzo meus braços olhando os gêmeos assoprarem as velas de nove anos.

— Ciúmes, amor?

— Me garanto indo e voltando. — me gabo olhando para ele por cima do ombro. — agora, desencosta que tá calor. — saio de perto dele ouvindo sua risada nada escandalosa e vou para o lado da Agnes que comia uns salgados.

— Isso tá tão bom. — ela diz de boca cheia me fazendo dar risada. — você experimentou?

— Não. Deixa eu ver aí! — roubo um pedaço da mão dela vendo que realmente estava uma delícia. — caramba. Onde acha mais?

— Em lugar nenhum. — Dona Vilma aparece na nossa frente. — vocês duas tratem de irem servir os bolos e refrigerantes.

Ela faz pose de brava me fazendo segurar a risada, assim que ela sai, não me aguento e rio. — vem, vamos logo.

Puxo a Morena pela mão e vamos para perto do bolo.

— O meu primeiro pedaço... — Maite roda o olho por todo o salão. — vai para o meu dindo!

Hoje, eles estavam completando novr anos. Os dois estavam espertos demais, super inteligentes. Esses dias, Matteo me deu uma surra na tabuada.

Caio passa por muitas pessoas até chegar na afilhada, ele se abaixa e beija a testa dela e abraça agradecendo.

— Te amo minha pequena. — ele pega o bolo da mão dela e eu vou para a frente deles tirando uma foto.

— Estou me sentindo traída. — faço bico e ela sorri.

— Ano passado foi seu. — ela justifica sorrindo sapeca e eu mando beijo pra ela.

— Minha vez... — Matteo fala. — o primeiro pedaço vai para o Matias. — ele diz e meu filho aparece num pulo. — vem logo, cara.

— As gírias, meu Deus, eles crescem tão rápido. — Carol choraminga parando do nosso lado. — até ontem ele era um bebê que mal sabia me chamar, e hoje ele vem com esses negócios de cara.

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