" Mas se não for pedir muito, pega um copo de café e um maço de cigarro "
Mariana Lima.
Bato o fundo do carro segurando nas mãos os presentes que eu havia comprado. Entro na casa novamente e umas coisas escondo para a Carolinne não ver, enquanto as outras eu entrego diretamente para ela.
— Aí meu Deus. — ela bate palmas animada. — muito obrigada, Dinda.
Arregalo os olhos travando no mesmo lugar. Dinda?
— Pera, Dinda? — pergunto confusa e ela da risada saindo com as coisas na mão. — Carolinne. — chamo por ela que não me escuta.
Suspiro irritada coçando a testa. Me viro e bato de frente com um corpo e reconheço logo pelo perfume.
— Sai do meio. — atento ele me afastando.
— Ta toda perturbada em. — Caio passa as mãos na minha cintura me puxando pra perto dele. — Tua bunda tá muito marcada nesse vestido. — ele diz baixo no meu ouvido.
— Droga. — resmungo. Não gosto de roupas chamativas que marcam muito o corpo, me sinto extremamente vulgar. — não é melhor eu trocar?
— Não. Tá gostosa assim. — ele sorri me dando um selinho.
— Não fui com a cara do primo do Lucas. — Comento com ele referente ao Jefferson.
— Ele sumiu, não vi mais. — me responde na graça e eu olho seria pra ele. — qual foi, po?
— O que você fez? — cruzo os braços saindo do seu abraço.
— Oxe, fumou foi. — ele ri. — fiz nada não, parceira. Relaxa!
Olho desconfiada pra ele, mas deixando o assunto de lado. Não me interessava.
— Vai começar. — ele diz apontando com a cabeça para o centro da sala. — faz um palhaço na cara dela por mim. — pede e eu dou risada.
— Farei. — deixo um selinho na boca dele e me afasto sentindo seu olhar quente queimar minha pele. Enquanto ando, olho por cima do ombro tirando a prova que ele me olhava. — Te amo. — sussurro e ele ri fazendo o mesmo.
Volto a olhar pra frente e me junto com as mulheres. Nas brincadeiras do chá de bebê, a cada roupinha a Carol chorava, e não escondo que de vez enquanto saia uma lágrima dos meus olhos também.
Agora, em novembro ela fez seis meses. Em fevereiro, ela ganha.
Como o tempo passa rápido, já já iremos conhecer os bebês.
Após acabar todas as brincadeiras e a Carolinne sair toda riscada, a casa se dividiu. Mulheres lá fora, homens aqui dentro. O bolo sendo cortado, tudo virou uma completa festa.
— Quero aproveitar que vocês quatro estão aqui e quero fazer um pedido, tanto eu quanto o Lucas, queremos. — Carol fala animada. Me ajeito no colo do Caio e presto atenção nela.
— Então... — Lucas deixa a cerveja de lado. — Quero saber se vocês, Matias e Agnes, querem ser os padrinhos do Matteo?
— No papo? — Md pergunta já todo feliz e o Lucas confirma. — Caralho, mano. Claro que queremos! — Matias levanta abraçando os dois. — vai ser uma honra.
— Eu vou amar ser a madrinha do meu ursinho. — Agnes responde animada abraçando eles.
Sorrio feliz com a notícia. Matteo terá os padrinhos mais divertidos do mundo.
— Eeee... — Carol faz suspense e a gente ri. — queria saber se vocês, Caio e Mariana. Querem ser padrinhos da minha Maite?
— Claro que queremos! — respondo me levantando e indo até ela, me abaixando e beijando sua barriga. — vai ser um prazer.
— Fico até meio besta agora. — Coringa diz todo sem jeito. — porra, tio e agora padrinho. — dou risada e ele levanta fazendo um toque com o Lucas. — Vai ser uma honra do carai. — ele abraça a irmã. — Te amo, gatinha.
— Te amo, Caio. — ela responde ele se afastando limpando os olhos. — que droga. Eu tô muito sensível! — resmunga fazendo todo mundo rir.
Começamos a conversar sobre o futuro, planejando como será quando eles nascerem, com quem vão se parecer... e afins.
Quando deu oito horas, todo mundo foi embora, puxei logo o Caio pelo braço que tava todo alteradinho já. Cheio de graça.
— Tá me levando pra onde em? — me pergunta assim que ligo o carro.
— Para a nossa casa. — respondo dirigindo.
— Então tu aceitou morar comigo?
— Uhum. — concordo e por canto de olho vejo ele sorrir.
Paro o carro em frente a casa e desço, abrindo o portão. Entro no carro novamente e coloco ele dentro da garagem. Após estacionar, descemos e eu fecho o portão abrindo a porta.
— Tomar um banho. — diz já tirando a camisa e jogando no sofá. — Vai não?
— Ja já eu vou, pode ir indo. — respondo ele que concorda e sobe as escadas pulando dois degraus.
Percebi essa mania estranha do Caio, não sabe andar igual gente.
Me jogo no sofá suspirando. Pensando no meu futuro e acabo ficando minutos ali parada olhando pro nada.
— Tá bem? — olho para o lado vendo o Coringa descendo as escadas e passando a toalha no cabelo molhado.
— Tô sim. — respondo voltando meu olhar para frente e o Caio se joga do meu lado.
— Compartilha teus pensamentos aí. — pede tirando um baseado da carteira, assim que ele ascende, tomo da sua mão dando uma tragada.
Solto a fumaça, e devolvo pra ele que fica calado.
— Você realmente pensa em casar e ter filhos? — pergunto jogando minha cabeça pra trás.
— Não tinha tempo pra pensar nesses bagulhos aí não, Mariana. — assume soltando a fumaça e me entregando o baseado de volta. — eu era vidrado em outras fita, esse papo de casar e ter filho nunca foi comigo. — fico calada dando mais um trago. — mas depois que tu apareceu na minha vida tudo isso mudou.
— Mudou como? — pergunto soltando a fumaça pro ar e ele suspira.
— Agora ja penso diferente, principalmente vendo como a minha irmã tá agora. — ele joga a cabeça pra trás também tomando o baseado da minha mão. — Quero construir uma família contigo.
— Também quero, muito muito. — deito minha cabeça no seu peito, ouvindo o coração dele acelerado arrepiando minha pele.
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Música do início do capítulo:DEIXA — MC TH
Maratona (4/5)
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Para sempre você.
Ficção Adolescente- Sempre foi, e sempre será você, branca. Uma história que se passa na Rocinha, Rio de Janeiro. Repleta de possibilidades fascinantes, onde duas pessoas se reencontram após 15 anos e estão dispostos a dar a vida um pelo outro. Com certeza, esse reen...