capítulo 20

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Helena

Acordei com uma cólica terrível e nem levantei da cama, fiquei enrolada no meu ambiente social.

-Nossa Vicente, como tu dividiu o mesmo útero que aquele gêmeo mal? -perguntei pro meu gêmeo do bem que alisava meu cabelo enquanto esperávamos o filme começar

Vicente: O Vitor é aquela gêmea mal daquela novela lá.  -falou rindo

Ret: Rute e Raquel. -entrou na conversa sentando ao meu lado e colocou o chocolate quente no meu colo

-Pai, já disse que eu tô bem. -virei pra ele -O senhor pode ir para biqueira, não precisa perder a tarde comigo.

Ret: Tô afim de dar calote dos problemas, tô te usando de escape. -beijou minha testa -Tua mãe me abandonou também.

Vicente: Dona Luana e dona Lorena tiraram o dia de princesa, né?

Ret: Vô chamar teu coroa para ir no dia de alinhar a régua também.

-Podemos começar? -relaxei no ombro dele

Vicente: Qual o filme de hoje?

-Cidade de Deus.

Ret: Esse é foda, coloca aí. -pegou a pipoca e colocou as pernas no sofá

Não durei nem um minuto para cochilar no sofá.

(...)

Henrique: Encrenca, se tu ficar gemendo meu nome e teu pai escutar vai ser uma neurose do caralho. -falou baixo

Virei meu corpo apoiando minha perna na cintura dele e deslizei minha mão pelo abdômen.

-Sonho realista. -murmurrei passando a mão pelo short e dei uma apertada -Nossa.

Henrique: Helena. -falou rindo e segurou meu punho -Abre os olhos.

-Meu Deus. -arregalei os olhos vendo ele me encarar

Tirei a mão do shorts dele e levantei olhando ao redor.

Henrique: Vicente foi pra biqueira e o teu coroa saiu também. -alertou e eu suspirei

-Horas?

Henrique: Tá na hora de tu evitar sonhar comigo. -apontou o dedo

-É involuntário, não me julgue. -levantei as mãos

Henrique: Certo, colfoi o problema hoje?

-Cólica. -choraminguei lembrando da dor -Preciso tomar remédio.

Henrique: Qual?

-Buscopan, na mesa ali. -ele levantou pegando a garrafa de água e o comprimido

Henrique: Posso te ajudar em algo? -pigarrou e sentou ao meu lado

-Pode. -sorrir perversa

Henrique: Manda o teu papo. -pegou o celular desbloqueando a tela

-Henrique?  -sussurrei do jeito que gostava de experimentar o nome dele saindo da minha boca -Souza?

Henrique: Fala encrenca. -segurou minhas pernas e eu deitei minha cabeça no ombro dele

-Meu corpo tá pedindo um cafuné. -choraminguei e ele me olhou

Henrique: Teu corpo tá pedindo mais o que? -começou a massagear suavemente meus cachos

-Um beijo teu novamente. -fechei os olhos jogando a cabeça pra trás

Henrique: Papo reto, com todo respeito? -murmurou -Não sei o que faço contigo.

-Beija minha boca? -pisquei rindo

Henrique: Na sala da tua casa?

-Tu quer subir pro quarto? -virei maliciosa

Henrique: Não encrenca, quero evitar conflito. -alisou meu rosto e eu fechei os olhos

Recebi um selinho rápido e abrir os olhos vendo ele encarando minha boca.

-Isso é sacanagem. -alertei apontando o dedo pra ele

Ele sorriu e jogou a cabeça no meu ombro dando passagem livre para eu beijar o pescoço dele vendo o seu corpo arrepiar.

LEALDADE (ÚLTIMA GERAÇÃO) 3° LIVRO (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora