capítulo 15

716 50 9
                                    

Helena

-Eu preciso da tua ajuda. -pisquei encarando ele

Henrique: Pra encontrar alguém pra tu? -falou rindo

-Não, tu é o meu protetor. Então precisa espalhar algumas fake news pro meu pai, caso eu queira ir em um encontro e ele claramente ia querer saber todo o histórico do moleque. Tu iria acobertar o encontro.

Henrique: Tá falando no papo reto? -me encarou como se tivesse um alienígena na minha cabeça

-Claro. -dei os ombros lavando os talheres -É assim ou eu teria que ser rebelde após 18 anos.

Henrique: Certo, rebelde como?

-Fugindo de madrugada. -falei e ele fez uma cara de deboche

Henrique: Colocando em risco tua segurança?

-Buscando liberdade de expressão. -levantei a mão -Fui uma adoslecente cautelosa e nunca fui em bailes escondidos, beijei bocas de desconhecido e dei calote.

Henrique: Isso é uma rebeldia para esquecer uma atração ou complicar tua vida?

-Tô acordando pra vida. -estralei o dedo e ele jogou o pano na mesa -E descomplicando a tua vida, ou quer que essa atração fique mais intensa?

Henrique: Não tô gostando dessa tua nova fase. -resmungou e se aproximou

-Quero ter uma relação igual antigamente com tu, então vou superar do meu jeito.

Henrique: Não conseguiria ter uma relação igual, não sabendo que tu me deseja. -me encostou no balcão

-Tu é muito confuso. -falei séria

Henrique: Tu me deixa confuso. -falou baixo

Coloquei meus braços no balcão deixando ele me encurralar.

-Tua confusão me deixa confusa, entende? -suspirei fechando os olhos e ele deslizou o dedo no lado do meu pescoço

Aurora: Nossa amor, esqueci meu celular no teu quarto. -virei a cabeça vendo ela gritando e fazendo sinal

Henrique se afastou pegando o pano de prato e eu abaixei a cabeça segurando o riso.

Léo: Tá maluca?O teu celular aí no bolso. -apareceu na cozinha e analisou o rosto do aliado

Aurora: Tinha esquecido. -sorriu amarelo

Léo: Tudo suave? -me encarou

-Sim? -levantei a cabeça e apontei pro Henrique -Tamo lavando a louça, já acabamos.

Aurora: Vamos esperar na sala, né preto? -virou a cabeça puxando o meu tio que olhou torto

Léo: Tô estranhando tu. -falou com ela sendo arrastado da cozinha

Henrique: Tá vendo o motivo? -falou baixo

-Qual? -virei a cabeça

Henrique: Se o teu tio me pega no flagra, eu perderia um dedo ou o pior. -passou a mão no short e eu analisei o movimento -Porra Helena, olha pra cima.

-Desculpe. -sorrir de lado -O teu problema é ser pego no flagra?

Henrique: É ser pego fazendo aquilo que eu sei que é errado.

-Cuidado Souza, eu quase pensei que tu sente atração por alguém que tu pegou colo. -repeti a frase que me magoou mais cedo e ele fechou os olhos

Aproveitei ficando nas pontas dos pés e me aproximei do ouvido dele.

Henrique: Helena.

-O proíbido e escondido, é bem melhor. -sussurrei e ele colocou as duas mãos na minha cintura me afastando

Vicente: O filme vai começar. -apareceu na cozinha e parou coçando a cabeça -Certo, essa cena foi estranha pra caralho.

-Apenas um abraço, Vi. -coloquei o pano de prato no balcão e sair andando agarrando o braço do meu primo -Por isso tu é o gêmeo mais legal.

Vicente: Isso seria chantagem para eu dizer que vi só um abraço? -falou baixo e eu assentir fazendo ele gargalhar -Isso é uma dívida Heleninha.

-Prometo arranjar uma amiga para tu, e deixar o Vitor na inveja.

Vicente: Estamos falando minha língua. -brincou

Sobrou um sofá no canto e eu sentei esperando o Henrique sentar também.

Aurora: É filme de terror?

Cadu: Isso mermo.  -esquentou as mãos jogando uma almofada no meu colo

-Não gosto de terror. -fiz careta quando o Léo apagou as luzes

Vitor: Problema teu, chorona. -mostrou a língua e eu dei dedo

LEALDADE (ÚLTIMA GERAÇÃO) 3° LIVRO (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora