Helena
-Eu preciso da tua ajuda. -pisquei encarando ele
Henrique: Pra encontrar alguém pra tu? -falou rindo
-Não, tu é o meu protetor. Então precisa espalhar algumas fake news pro meu pai, caso eu queira ir em um encontro e ele claramente ia querer saber todo o histórico do moleque. Tu iria acobertar o encontro.
Henrique: Tá falando no papo reto? -me encarou como se tivesse um alienígena na minha cabeça
-Claro. -dei os ombros lavando os talheres -É assim ou eu teria que ser rebelde após 18 anos.
Henrique: Certo, rebelde como?
-Fugindo de madrugada. -falei e ele fez uma cara de deboche
Henrique: Colocando em risco tua segurança?
-Buscando liberdade de expressão. -levantei a mão -Fui uma adoslecente cautelosa e nunca fui em bailes escondidos, beijei bocas de desconhecido e dei calote.
Henrique: Isso é uma rebeldia para esquecer uma atração ou complicar tua vida?
-Tô acordando pra vida. -estralei o dedo e ele jogou o pano na mesa -E descomplicando a tua vida, ou quer que essa atração fique mais intensa?
Henrique: Não tô gostando dessa tua nova fase. -resmungou e se aproximou
-Quero ter uma relação igual antigamente com tu, então vou superar do meu jeito.
Henrique: Não conseguiria ter uma relação igual, não sabendo que tu me deseja. -me encostou no balcão
-Tu é muito confuso. -falei séria
Henrique: Tu me deixa confuso. -falou baixo
Coloquei meus braços no balcão deixando ele me encurralar.
-Tua confusão me deixa confusa, entende? -suspirei fechando os olhos e ele deslizou o dedo no lado do meu pescoço
Aurora: Nossa amor, esqueci meu celular no teu quarto. -virei a cabeça vendo ela gritando e fazendo sinal
Henrique se afastou pegando o pano de prato e eu abaixei a cabeça segurando o riso.
Léo: Tá maluca?O teu celular aí no bolso. -apareceu na cozinha e analisou o rosto do aliado
Aurora: Tinha esquecido. -sorriu amarelo
Léo: Tudo suave? -me encarou
-Sim? -levantei a cabeça e apontei pro Henrique -Tamo lavando a louça, já acabamos.
Aurora: Vamos esperar na sala, né preto? -virou a cabeça puxando o meu tio que olhou torto
Léo: Tô estranhando tu. -falou com ela sendo arrastado da cozinha
Henrique: Tá vendo o motivo? -falou baixo
-Qual? -virei a cabeça
Henrique: Se o teu tio me pega no flagra, eu perderia um dedo ou o pior. -passou a mão no short e eu analisei o movimento -Porra Helena, olha pra cima.
-Desculpe. -sorrir de lado -O teu problema é ser pego no flagra?
Henrique: É ser pego fazendo aquilo que eu sei que é errado.
-Cuidado Souza, eu quase pensei que tu sente atração por alguém que tu pegou colo. -repeti a frase que me magoou mais cedo e ele fechou os olhos
Aproveitei ficando nas pontas dos pés e me aproximei do ouvido dele.
Henrique: Helena.
-O proíbido e escondido, é bem melhor. -sussurrei e ele colocou as duas mãos na minha cintura me afastando
Vicente: O filme vai começar. -apareceu na cozinha e parou coçando a cabeça -Certo, essa cena foi estranha pra caralho.
-Apenas um abraço, Vi. -coloquei o pano de prato no balcão e sair andando agarrando o braço do meu primo -Por isso tu é o gêmeo mais legal.
Vicente: Isso seria chantagem para eu dizer que vi só um abraço? -falou baixo e eu assentir fazendo ele gargalhar -Isso é uma dívida Heleninha.
-Prometo arranjar uma amiga para tu, e deixar o Vitor na inveja.
Vicente: Estamos falando minha língua. -brincou
Sobrou um sofá no canto e eu sentei esperando o Henrique sentar também.
Aurora: É filme de terror?
Cadu: Isso mermo. -esquentou as mãos jogando uma almofada no meu colo
-Não gosto de terror. -fiz careta quando o Léo apagou as luzes
Vitor: Problema teu, chorona. -mostrou a língua e eu dei dedo
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LEALDADE (ÚLTIMA GERAÇÃO) 3° LIVRO (CONCLUÍDA)
Ficción GeneralFaz uma loucura por mim? PLÁGIO É CRIME!