capítulo 52

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Helena

2 meses depois..

Se passaram 2 meses, e eu não aguento mais não ver o Henrique e ignorar metade da minha família.

O clima não tá legal e eu não tô me sentindo bem.

Desci as escadas decidida em enfrentar os vapores do portão e ir atrás do Henrique pedi pra ele reagir e enfrentar comigo tudo isso.

Abrir a porta vendo que tava sem vapores e estranhei. Até ontem tava lotado de homens armados fazendo minha segurança.

Escutei uma zoada de fogos e os tiros iniciaram. Corrir novamente pra dentro de casa indo pegar o meu celular. 

Dona Luana tava na casa da minha madrinha e como todos os dias eu tava trancada no meu quarto.

Procurei minha pistola e destravei correndo no quarto do Marcos Vinícius pra pegar um colete.

Agachei pegando o rádio da família e escutei a voz do meu pai gritando meu nome.

Rádio 123

RET: HELENA.

-PAI?

RET: PORRA.
LUANA: GRAÇAS A DEUS.

RET: HELENA, TEU IRMÃO TÁ INDO TE PROTEGER. FICA NO QUARTO AGACHADA. TÁ TENDO INVASÃO E TAMO PREPARADOS PARA OUTRA MISSÃO.

-TÁ. 
-MÃE TÁ COM A MADRINHA?

LUANA: SIM, TAVAMOS PREOCUPADAS COM TU. OBEDEÇA TEU PAI E AGUARDE TEU IRMÃO.
LUANA: FILIPE E MARCOS VINÍCIUS TENHAM CUIDADO.

CADU: TÔ SUBINDO.
CADU: COM REFORÇO.

Rádio 123

Segurei a arma e agachei na porta apertando o rádio.

Será que o Henrique tá seguro?

Gritei escutando a porta abrir e virei apontando a arma.

Henrique: Sou eu encrenca. -falou levantando as mãos

-Henrique. -gritei pulando nele e vi o Cadu atrás fazendo cara feia

Cadu: Falei que tava com reforço.  -resmungou e virou -Precisamos sair daqui, é fácil ser fuzilado aqui.

-Quem tá invadindo? -respirei fundo

Henrique: Milícia e tráfico, tá misturado.

Cadu: Porém o foco é um só.

-Vamos sair daqui então.

Henrique: Te ensinei como atirar, então não pense duas vezes em praticar. -me encarou 

Pude analisar teu rosto melhor ainda com uma cicatriz na sobrancelha e os olhos fundos.

-Certo. -virei pro Cadu que fez sinal mandando eu passar

Saímos de casa entrando na viela, Cadu estava na minha frente e Henrique me seguia protegendo minhas costas.

Minha mão estava tremendo mas eu segurei a arma firme.

Meu peito estava apertado a cada passo que Cadu dava. Algo me mandava proteger ele.

Paramos no porão de uma casa e ficamos agachados.

Henrique: Escuta rádio,  vou subir esquerda e tu fica com Helena. -falou passando por mim

Cadu: Por que tu vai subir?

Henrique: A cena lá encima é crítica, tua vida é mais valiosa. -piscou e Cadu revirou os olhos

Cadu: Não seja otário e tome um tiro. -pediu

-Henrique, cuidado.  -pedi beijando ele

Cadu: Essa putaria na minha frente não, pô.  -bateu nas costas do Henrique -Tô arrependido de pedir pra tu vim comigo.

Henrique: Não saiam daqui, vou e volto. -falou saindo

Cadu: Ele vai ficar bem. -falou me abraçando de lado quando percebi que tava tremendo

-Ainda tô magoada contigo. -resmunguei

Cadu: Sou teu irmão mais velho, esperava qual reação? -me encarou sério

-Se tu fosse proibido de ver Rafaella iria surtar, não?

Cadu: É.  -coçou a barba e agachou mirando na porta

Ficamos esperando as ordens para poder sair do porão. 

(...)

Saímos vendo que tinha levantado o sinal branco mas assim que entramos na viela analisei um cara mirar nas costas do Cadu.

Não pensei duas vezes em puxar ele e atirar. 

Cadu: Caralho. -gritou e me abraçou -Tu acertou na testa.

-Meu Deus. -gritei histérica -Eu atirei.

Cadu: Helena?

-Eu fiz isso mesmo?  -pisquei

Cadu: Helena, tu tomou algum tiro? -me olhou preocupado -Porra.

-Não,  não tomei. -franzi a testa

Cadu: Por que está sangrando? -encarou o chão

Abaixei a minha cabeça vendo o sangue escorrer entre minhas pernas e senti uma dor no centro da barriga.

-Marcos Vinícius.  -levantei a cabeça e ele me carregou no colo

LEALDADE (ÚLTIMA GERAÇÃO) 3° LIVRO (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora