Helena
2 meses depois..
Se passaram 2 meses, e eu não aguento mais não ver o Henrique e ignorar metade da minha família.
O clima não tá legal e eu não tô me sentindo bem.
Desci as escadas decidida em enfrentar os vapores do portão e ir atrás do Henrique pedi pra ele reagir e enfrentar comigo tudo isso.
Abrir a porta vendo que tava sem vapores e estranhei. Até ontem tava lotado de homens armados fazendo minha segurança.
Escutei uma zoada de fogos e os tiros iniciaram. Corrir novamente pra dentro de casa indo pegar o meu celular.
Dona Luana tava na casa da minha madrinha e como todos os dias eu tava trancada no meu quarto.
Procurei minha pistola e destravei correndo no quarto do Marcos Vinícius pra pegar um colete.
Agachei pegando o rádio da família e escutei a voz do meu pai gritando meu nome.
Rádio 123
RET: HELENA.
-PAI?
RET: PORRA.
LUANA: GRAÇAS A DEUS.RET: HELENA, TEU IRMÃO TÁ INDO TE PROTEGER. FICA NO QUARTO AGACHADA. TÁ TENDO INVASÃO E TAMO PREPARADOS PARA OUTRA MISSÃO.
-TÁ.
-MÃE TÁ COM A MADRINHA?LUANA: SIM, TAVAMOS PREOCUPADAS COM TU. OBEDEÇA TEU PAI E AGUARDE TEU IRMÃO.
LUANA: FILIPE E MARCOS VINÍCIUS TENHAM CUIDADO.CADU: TÔ SUBINDO.
CADU: COM REFORÇO.Rádio 123
Segurei a arma e agachei na porta apertando o rádio.
Será que o Henrique tá seguro?
Gritei escutando a porta abrir e virei apontando a arma.
Henrique: Sou eu encrenca. -falou levantando as mãos
-Henrique. -gritei pulando nele e vi o Cadu atrás fazendo cara feia
Cadu: Falei que tava com reforço. -resmungou e virou -Precisamos sair daqui, é fácil ser fuzilado aqui.
-Quem tá invadindo? -respirei fundo
Henrique: Milícia e tráfico, tá misturado.
Cadu: Porém o foco é um só.
-Vamos sair daqui então.
Henrique: Te ensinei como atirar, então não pense duas vezes em praticar. -me encarou
Pude analisar teu rosto melhor ainda com uma cicatriz na sobrancelha e os olhos fundos.
-Certo. -virei pro Cadu que fez sinal mandando eu passar
Saímos de casa entrando na viela, Cadu estava na minha frente e Henrique me seguia protegendo minhas costas.
Minha mão estava tremendo mas eu segurei a arma firme.
Meu peito estava apertado a cada passo que Cadu dava. Algo me mandava proteger ele.
Paramos no porão de uma casa e ficamos agachados.
Henrique: Escuta rádio, vou subir esquerda e tu fica com Helena. -falou passando por mim
Cadu: Por que tu vai subir?
Henrique: A cena lá encima é crítica, tua vida é mais valiosa. -piscou e Cadu revirou os olhos
Cadu: Não seja otário e tome um tiro. -pediu
-Henrique, cuidado. -pedi beijando ele
Cadu: Essa putaria na minha frente não, pô. -bateu nas costas do Henrique -Tô arrependido de pedir pra tu vim comigo.
Henrique: Não saiam daqui, vou e volto. -falou saindo
Cadu: Ele vai ficar bem. -falou me abraçando de lado quando percebi que tava tremendo
-Ainda tô magoada contigo. -resmunguei
Cadu: Sou teu irmão mais velho, esperava qual reação? -me encarou sério
-Se tu fosse proibido de ver Rafaella iria surtar, não?
Cadu: É. -coçou a barba e agachou mirando na porta
Ficamos esperando as ordens para poder sair do porão.
(...)
Saímos vendo que tinha levantado o sinal branco mas assim que entramos na viela analisei um cara mirar nas costas do Cadu.
Não pensei duas vezes em puxar ele e atirar.
Cadu: Caralho. -gritou e me abraçou -Tu acertou na testa.
-Meu Deus. -gritei histérica -Eu atirei.
Cadu: Helena?
-Eu fiz isso mesmo? -pisquei
Cadu: Helena, tu tomou algum tiro? -me olhou preocupado -Porra.
-Não, não tomei. -franzi a testa
Cadu: Por que está sangrando? -encarou o chão
Abaixei a minha cabeça vendo o sangue escorrer entre minhas pernas e senti uma dor no centro da barriga.
-Marcos Vinícius. -levantei a cabeça e ele me carregou no colo
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LEALDADE (ÚLTIMA GERAÇÃO) 3° LIVRO (CONCLUÍDA)
Genel KurguFaz uma loucura por mim? PLÁGIO É CRIME!