capítulo 18

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Helena

-Eu gostei da experiência. -sorrir de lado -Henrique?

Henrique: Manda o teu papo, encrenca. -revirei os olhos com o apelido

-Tu já experimentou largar o cigarro e ter outro vício mais saudável? Isso pode detonar tu por dentro.

Henrique: Eu fumo desde quando tinha 18 anos. -falou e jogou o cigarro no chão -Não tem nada que me faça desapegar.

-Certo. -pisquei encarando ele -Souza?

Henrique: Fala, encrenca. -repetiu segurando um cacho do meu cabelo

-Eu gostei de ter uma experiência contigo. -encostei a cabeça na palma da mão dele -Bem que tu poderia realizar todas as minhas curiosidade, né?

Henrique: Não vá por esse caminho Helena. -falou baixo -Isso é perigoso.

-Eu tenho muitas curiosidades, tá?

Henrique: Tô entendendo. -passou a mão no cavanhaque -Me fala uma aí.

-Queria saber qual é o sabor de um beijo, de alguém que acabou de fumar. O gosto é parecido com o quê? -perguntei inocente

Henrique: Tu é uma diaba garota. -sorriu incrédulo

-Meu pai chama minha mãe assim, mas não acho que somos diabas. Apenas temos atitude, alguns homens são lentos. -falei rindo

Henrique: Se eu te beijar, tu vai parar com essas provocações? -lambeu os lábios

-Provocações? -cruzei os braços -Não faço nada.

Henrique: É uma diaba mermo. -se aproximou segurando minha nuca e atacou meus lábios

Se eu estava impressionada com o beijo do Guilherme, o beijo do Henrique superou mil vezes. Nossas línguas estavam em harmônia deslizando uma na outra em uma dança calma. Ele chupava meus lábios de maneira pecaminosa e eu aproveitava desse momento para deslizar minhas mãos no corpo desse homem.

Sua mão esquerda encaixou no meu cabelo e a mão direita desceu para minha bunda apertando.

-Henrique. -suspirei

Henrique: Porra. -resmungou me afastando -Tô com dias contados depois de ter te beijado.

-Já se arrependeu?

Henrique: Isso não pode repetir. -bagunçou o cabelo e eu mordi os lábios -Inferno.

Senti meu corpo sendo puxado novamente e ele atacou meus lábios com luxúria.

-Isso é bom. -ofeguei sentindo minhas pernas bambas

Henrique: É? -puxou meu cabelo beijando meu pescoço

Lorena: Puta que pariu. -virei assustada vendo minha madrinha travada na porta

Vinícius: Colfoi mulher? -gritou ainda sentado

-Madrinha. -supliquei e ela arregalou os olhos

Lorena: Um rato enorme, mas já sumiu. -gritou e entrou fechando a porta -Ambos tão loucos?

Henrique: Peço perdão, culpa foi minha. -entrou na minha frente

-Não foi nada, eu quis. -falei empurrando ele

Lorena: Eu não me importo se tão se pegando, mas tem tanto lugar nessa casa. -circulou o dedo -Imagina se fosse o teu pai, garota atentada.

-Eu sei. -mordi as unhas e ela segurou minha mão

Lorena: Se peguem mais escondidos na próxima. -resmungou e abriu a porta

Henrique: Não terá próxima vez dona Lorena.  -afirmou e eu revirei os olhos

Lorena: Já tive esses casos meu menino, por isso estou passando meu pano pra ambos. -alertou e saiu -Tu escapa daqui alguns minutos.

Henrique não falou nada apenas permaneceu travado.

Seguir a minha madrinha que disfarçou segurando minha cintura.

Lorena: Achei perdida. -falou sentando no banco e me colocando no colo -Por que tu cresceu tanto?

Ret: Perguntei isso esses dias. -resmungou

Vinícius: É meu amigo, nossas meninas já são mulheres. -respirou fundo

Ret: É, minha filha não tem nenhum cara barbudo pra cima e pra baixo sumindo com ela. -brincou e eu pigarrei recebendo um olhar cúmplice das duas mulheres na roda

Vinícius: Papo reto mermo, cadê minha Aurora e aquele abusado do Leonardo?

Luana: Deus tenha paciência. -bateu na testa

Lorena: Temos que agradecer que o Léo é um homem bom. Na verdade todos os homens da nossa família. -alisou meu cabelo -O Henrique mesmo, o Bob caprichou na educação.

Bob: Caprichei mermo. -se aproximou beijando minha testa -Quando eu chego de missão, tu já cresceu dois milímetros.

-Obrigada? -sorrir irônica

Bob: Falando nele, cadê o meu moleque?

Lorena: Ele saiu mais cedo, eu acho. -deu dois tapinhas na minha coxa

Graças a Deus tenho aliadas nessa família, porque depois de ter provado a pegada desse homem dificilmente vou esquecer.

E se depender de mim, vai ter próxima sim.

LEALDADE (ÚLTIMA GERAÇÃO) 3° LIVRO (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora