Helena
Semanas depois...
Aurora: Helena, tu não está entendendo. -resmungou e tirou um pedaço da pizza -Não é uma piroca comum, é aquela pica que tua boca enche de água e tu fica chocada com a perfeição.
-Aurora, cala a boca. -gargalhei e fiz careta -Estamos falando do meu tio, isso é terrível.
Aurora: Tu é a única amiga que eu tenho além da Rafaella que mora lá na puta que pariu.
-Certo, mas pode evitar os detalhes.
Aurora: Tu é virgem, por isso não entende a gravidade do chá de pica. -apontou o dedo
-Eu sou apegada sem ter vida sexual, imagina quando eu tiver.
Aurora: Rumores que quando tu perder a virgindade todos os homens da família vão infartar.
-Esse era o meu pedido de presente, mas dias atrás recebi uma cena traumática do Henrique beijando outra.
Aurora: Temos que entender ele também, tu é a protegida de geral. Quando tu nasceu ele já tinha 14 anos, o melhor amigo dele é teu tio. E ele é seu cão de guarda, precisa te proteger.
-Eu sei, eu entendo. -me joguei na cama -Porém queria que ser dele, não sei quando isso começou.
Aurora: Eu lembro, tu tinha 15 anos e ele chegou da missão, e tu ficou apaixonada.
-Ele foi o meu primeiro amor, isso eu tinha 12 anos. -relembrei -Quando eu tava entrando no ensino médio ele tava completando 31 anos.
Aurora: É, isso realmente deve ser terrível. -piscou sapeca -O padrinho Filipe é bem mais velho que tua mãe, acho que tua família não tem tabu.
-Sabe a família que também não tem tabu? A da Rafa, já que o tio Guga casou com a tia Gabi e ele é bem mais velho que ela também.
Aurora: Mas a Rafa e o Henrique não tem tanta diferença de idade não. -falou e eu olhei para ela -Tudo bem, tu precisa superar.
Assim que ela falou eu recebi uma mensagem do Guilherme.
Online
Gui: Peguei seu número novo com a Rafa.
Gui: Amanhã tem baile na Maré, tu vem?
Gui: Tô afim de saber o sabor desse teu beijo aí.
Offline
Aurora: Menina, ele tá investindo demais. -gritou bisbilhotando meu celular -Aceita.
-Não quero usar o Guilherme de escape, sabemos que nossas famílias são amigas. -levantei -Imagine se não der certo e ele criar expectativas, vamos se ver em todo encontro de família.
Aurora: Avisa para ele que tu não quer compromisso.
-Pode ser, vem comigo na cozinha. -segurei a mão dela
Os meninos tão todos largados na sala jogando baralho e eu só consigo lembrar que na casa do vô Fael é a mesma coisa, só que com a geração antiga.
Passei pelo corredor vendo o tio Léo conversando com o Henrique na cozinha, por sua vez estava calado desda festa do meu aniversário, algumas semanas atrás. Isso era estranho já que somos grudados, eu estou magoada e ele tem receio de ficar perto de mim.
Geral sabe que eu gosto dele, ficou meio óbvio anos atrás quando eu chorei por que ele assumiu uma mulher e soltei fogos assim que ele terminou.
Léo: Psiu! -virei a cabeça vendo a Aurora fazendo careta e olhando para ele
Ela atravessou o balcão olhando ao redor e deu um selinho nele.
O clima pesou quando eles se beijaram no balcão e eu fiquei lutando contra a garrafa de refrigerante.
Frustada peguei um pano para tentar abrir a tampinha mas a mão firme do Henrique substituiu a minha e ele segurou a garrafa abrindo e me entregando.
-Valeu. -resmunguei
Henrique: Algum problema? -perguntou
-Contigo? -virei rapidamente -Nenhum.
Henrique: Qual o problema em tu falar olhando pra mim? -cruzou os braços e eu levantei a cabeça olhando seus olhos
Maldição, neste mesmo instante meus sentimentos travam na garganta.
-Melhor assim? -enchi meu copo e tomei um gole encarando ele -Nenhum problema.
Henrique: Se foi por que eu beijei a Rafaella, mesmo que não seja da tua conta. Eu sou adulto, e não tenho absolutamente nada com sua paixão platônica.
-Nossa Henrique, quanta sensibilidade. -sorrir magoada -Eu não me importo quem tu beija, e não leve em conta a paixão platônica. Amanhã mesmo estarei superando esse sentimento infeliz.
Henrique: Não quis ser grosso Helena, mas é complicado. Teu irmão veio cobrar postura, não devo postura nenhuma para tu.
-O Cadu é apenas protetor, e sabemos que ele gosta da Rafa e eles ficam faz alguns meses. -alertei e ele olhou para o lado
Henrique: Não sabia. -resmungou
-Enfim, é a vida. -me afastei pegando um pedaço de chocolate
Henrique: O que tu disse de superar amanhã?
-O Gui me convidou para o baile na Maré. -virei a cabeça vendo o olhar dele vazio -Tava pensando, mas já tenho uma resposta.
Henrique: Teu pai permitiu tu sair da favela amanhã?
Como um super protetor, ele sabe que o senhor Filipe controla meus passos.
-Maré é o segundo lar, estarei presente. -pisquei e virei vendo a Aurora agarrada no tio Léo -Chega também, namorem outra hora.
Léo: Respeita teu tio. -me encarou e bateu na minha testa
Aurora: Não bate nela. -bateu na barriga dele e segurou meu braço -Vamos que tu precisa responder o Gui, amanhã será o baile da superação.
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LEALDADE (ÚLTIMA GERAÇÃO) 3° LIVRO (CONCLUÍDA)
Ficção GeralFaz uma loucura por mim? PLÁGIO É CRIME!