Capítulo 19
Clara
2029 palavrasEu e Scott seguimos a estrada em direção ao campo de Flores, que é um campo aberto de flores que brilham sempre da mesma intensidade, sendo de dia ou de noite, o brilho delas nunca some.
Não dissemos uma palavra desde que nos encontramos nessa situação desconfortável. Eu tento vagar minha mente olhando para flores, que brilham ainda mais no luar.
Nada irá acontecer, o máximo ficar ajoelhada no milho, não é isso que chamam de castigo? Eles não iriam espalhar... bem, eu sou filha deles e seria um constrangimento...
- Você irá mesmo ao baile, não é? - logo após nós três descermos a escada da casa dos Eno's, Eduardo anunciou nossa saída e a sra. Eno foi gentil ao me desejar uma boa volta para casa e disse, ainda, que esperará ansiosamente para me ver no baile, já pelo que ela mesma disse, me caracterizou por "uma moça muito educada e gentil", em sua mente.
- Certamente não, você nem ao menos tem o convite.
- E quem se importa com convite, Clara? Eu sou o príncipe e nada poderia dar errado.
- Isto é uma fala anterior a um acontecimento trágico - ele ri e assente.
- Mas não tem nada para dar um tragédia, um baile, este não acontecerá nada de anormal, só serão pessoas dançando, nobres conversando sobre alianças e crianças correndo de suas babás.
- Nobres, vossa alteza disse bem, eu não sou uma - respondo calmamente.
- A sra. Eno ficará frustrada, presumo, pela sua falta. Ela se afeiçoou a você - sorrio e concordo.
- Ela é uma dama muito agradável, pelos curtos minutos que presenciei ao lado dela - ele assente, olhando para as flores.
- Eduardo deveria tratá-la de melhores formas, afinal, ela não ficará aqui para sempre. Mas não o culpo, ele não teve a infelicidade de viver sem uma figura materna.
Ele continua a encarar as flores, e não consigo ver sua expressão, mas pela sua voz pretendo dizer que está triste.
Scott vive pela companhia do pai, pelo que sei, sua mãe morreu quando muito novo, decorrente de uma depressão por ter pedido seu segundo filho.
Coloco minha mão em cima de seu ombro, me esforçando para alcançá-lo já que minha altura não é muito próxima da dele.
Dou um aperto significativo, resolvendo não perguntar sobre.
Passamos o resto do caminho em silêncio absoluto, passamos pelo Lago Congelado, o lago que é totalmente congelado, que diz a lenda que quem o tocar irá congelar como as folhas que permanecem lá, passarinhos que acabaram caindo e uma mancha de sangue, que ninguém sabe se é de pessoa ou de animal, até que eu comece a enxergar o vilarejo. As casas estão com suas janelas
iluminadas internamente e escuto as pessoas que dentro estão de suas moradias.Percorremos um pedaço do pequeno do vilarejo até estarmos em frente à minha casa.
Scott não espera, e logo está tocando o sino e um barulho alto ressoa. Ele dá um passo para trás e eu me encontro logo atrás dele enquanto escutamos os passos apressados de alguém do lado de dentro.A figura de meu pai logo aparece em frente a porta, agora aberta, eu tento olhar para dentro, para não ter que encarar seu rosto de confusão enquanto faz uma singela reverência.
- Alteza. Clara. Não me assustaria dizer que estava esperando que chegasse mais cedo em casa, mas não acompanhada...
- Não, senhor. Nada que precisa se preocupar, diante a isso que possivelmente esteja pensando - Scott se apressa - Eu e a srta. Aldrich somos apenas bons e a pouco tempo amigos - ele sorri e eu tento me concentrar nos meus tornozelos se balançando meu corpo ansiosamente - Preciso somente lhe dizer algumas breves palavras sobre sua filha.
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OS QUATROS ELEMENTOS, A MULHER E A COROA
Fantasy"Para todas as garotas que querem um lugar no mundo, essa é para vocês." E se por algum acaso você, que nasceu em um mundo controlado pela Natureza, onde os homens são privilegiados com os quatros elementos, seja uma mulher, que tenta se contentar c...