Frenesi

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A jovem, com um pé ainda preso no estribo, segurou as rédeas com força, fazendo a égua se movimentar ao invés de permanecer parada. O momento seguinte foi de agonia: Bulma caiu no chão, com um dos pés ainda preso, sendo arrastada juntamente com seu corpo.

Propriedade dos Briefs

Entre os vinhedos que se estendiam como vastas tapeçarias vivas, os olhares de Vegeta e Bulma se entrelaçavam como fios tecidos pelo destino. Ela, imersa em sentimentos profundos, ansiava por expressar sua paixão indomada. Ele, surpreendido pela presença dela, sentia-se intrigado diante daquele encontro inesperado, e perante a beleza radiante da donzela seus pensamentos se dispersavam, mergulhando na contemplação dos lábios adornados por um suave tom rosado de batom.

Raditz também se deparava com um olhar tímido vindo de Lunch, que, visivelmente nervosa, esfregava os dedos em um gesto ansioso. O criado armado atrás delas, como uma sombra protetora, aproximou-se de Bulma.

ㅡSenhorita este lugar pode ser perigoso. ㅡ disse ele, posicionado atrás da jovem. Bulma, confiante na presença dos filhos do capataz, voltou seus belos olhos azuis para o criado.

ㅡFique tranquilo. Estamos diante dos homens mais bem preparados da propriedade, os filhos do capataz. Peço que fique aqui e aguarde meu retorno. ㅡafirmou Bulma com seriedade. Contudo, Lunch expressava dúvidas em seu rosto sobre o destino que aguardava.

ㅡMas, mas senhorita, aonde vamos? ㅡ indagou a criada, com a voz permeada por incertezas.

ㅡPreciso falar com meu tutor de equitação, não vou demorar... ㅡ começou Bulma ㅡ por gentileza, Sr. Raditz, poderia fazer companhia a Lunch por alguns minutos? ㅡ solicitou a jovem herdeira, buscando o olhar de Vegeta enquanto falava.

Raditz, um tanto desconcertado, lançou um olhar cauteloso ao irmão, enquanto a jovem patroa, erguendo parte do vestido, aproximava-se lentamente deles, deixando um certo suspense flutuando no ar.

ㅡAlgum problema, Sr. Raditz? ㅡ indagou a jovem, percebendo uma relutância momentânea no rapaz, que logo recuperou a compostura e a encarou nos olhos.

ㅡNenhum problema, senhorita.

O coração de Vegeta acelerava com a proximidade. Apesar da surpresa de tê-la ali diante dele, sentia uma agradável sensação percorrer seu corpo, apreciando a autoridade que ela demonstrava sobre os empregados.

ㅡAcompanhe-me, por gentileza. ㅡ solicitou ela, passando por ele e dirigindo-se ao interior das plantações.

Desbravando os caminhos desconhecidos entre as fileiras de vinhas, Bulma estendeu suas mãos delicadas, abrindo caminho entre as folhagens. Do outro lado, deparou-se com um grupo de criados na colheita. Pigarreando e visivelmente sem jeito, mudou de rumo, guiando-se para um local mais vazio.

ㅡEu posso saber o que está fazendo aqui? Senhorita Bulma... ㅡ questionou Vegeta, seguindo-a de perto. Ela, parando de repente, encarou-o.

ㅡNão posso caminhar por minhas terras? ㅡ respondeu ela, virando-se abruptamente para ele. ㅡPreciso falar com você, já que não quis parar pra me ouvir, eu vim atrás de você.

Vegeta a encarava com um olhar provocativo e ao mesmo tempo curioso.

ㅡAdmito, sua coragem é notável. Deve ter enganado seu pai para sair de casa ㅡ Observou Vegeta, discretamente atento aos olhares curiosos dos outros empregados.

Bulma, sem hesitar, explicou enquanto desviava e rastreava os olhos para os botões tensos da camisa dele.

ㅡNão, meu pai está ciente do meu passeio pela propriedade. Ele até designou um criado como escolta.

A Maldição - Uma Herança SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora