Como um ímã irresistível, ele se deixou levar, perdendo-se nos fios perfumados de seus cabelos enquanto seus lábios buscavam os dela em um encontro ardente.
Quarto de Bulma.
A porta rangia ao abrir-se, revelando não apenas a luz do ambiente, mas também a figura austera de Vegeta, que se mantinha junto à entrada. Chichi, ao vê-lo ali, questionou-se sobre a presença incomum do criado diante da senhorita Bulma. Seus olhos, gélidos e inescrutáveis, percorreram-na de cima a baixo, como se desafiassem qualquer interpelação.
ㅡVegeta? O que... o que está fazendo aí dentro, a sós com a senhorita Bulma? ㅡindagou Chichi, com a hesitação traçando linhas sutis em sua expressão. O olhar de Vegeta, por sua vez, não revelou nenhuma hesitação, apenas afrontando-a com sua presença dominante.
ㅡ Não sabe que a senhorita Bulma não pode andar para vir abrir a porta para você? ㅡ respondeu ele, com um toque de superioridade em sua voz. A postura imponente dele não deixou a criada senão baixar os olhos, intimidada, enquanto ele cedia espaço para sua passagem com um gesto imperioso.
Chichi adentrou o ateliê com passos rápidos, com a tensão refletida em seu semblante. Diante de Bulma, cuja expressão transbordava uma mistura de expectativa e receio, ela hesitou por um momento antes de revelar a mensagem preocupante sobre a saúde da mãe da jovem.
ㅡ Bem, é que... ㅡcomeçou Chichi, lançando um último olhar na direção de Vegeta antes de voltar sua atenção para Bulma. ㅡ Bem, é que a senhora sua mãe não está disposta hoje, sentiu-se um pouco mal e está na cama...
A reação de Bulma foi imediata, seus olhos se arregalaram e seu corpo se inclinou para frente na cadeira, seu coração se debateu com a preocupação. Um grito de surpresa acabou escapando de seus lábios quando uma pontada aguda atingiu seu tornozelo ao se levantar, obrigando-a a buscar apoio na mesa próxima. Seus olhos, ainda dilatados pela surpresa, encontraram os de Vegeta, que se aproximou dela com uma velocidade surpreendente.
Seus músculos rígidos e sua expressão séria mostravam não apenas eficiência, mas também uma autêntica preocupação. Ao oferecer seu braço como apoio, a maneira como ele segurou a jovem pela cintura revelou um toque de ternura inesperado. Sua voz, habitualmente firme, suavizou-se com gentileza ao indagar sobre o estado de saúde dela.
ㅡ Não faça isso! A senhorita está bem? Não pode se levantar assim ainda... venha, deixe-me levá-la até a senhora Briefs. ㅡ insistiu ele, com sua voz tingida de precaução. Bulma, em resposta, reclamou dores no pé e se apoiou nele, enlaçando os braços ao redor de seu pescoço.
Enquanto isso, Chichi observava a cena diante de si, com seus pensamentos girando em torno daquele momento inesperado. Absorta pela interação entre os dois, ela mal conseguia desviar o olhar. Sua mente ia registrando cada gesto, e cada palavra trocada entre eles.
O cuidado nos movimentos de Vegeta confrontava de forma marcante com a imagem que ele geralmente projetava. Chichi lembrava-se das inúmeras ocasiões em que o vira agir com firmeza e distância, como se fosse um muro de concreto impenetrável. Nunca testemunhara tal demonstração de zelo e preocupação. Seria possível que, por trás daquela máscara de seriedade, residisse um coração gentil e atencioso? A resposta escapava-lhe, deixando-a envolta em uma aura de curiosidade.
ㅡ Por favor, poderia me acompanhar até o quarto de minha mãe? ㅡ suplicou ela, com as sobrancelhas quase se encontrando em uma expressão de urgência.
Vegeta consentiu silenciosamente, envolvendo Bulma em seus braços firmes antes de começar a conduzi-la pelo atelier em direção à saída. Juntos, traçaram seu caminho pelas amplas escadas que levavam ao piso superior, enquanto Chichi os observava com curiosidade, percebendo os olhares cúmplices trocados entre os dois após o breve beijo compartilhado momentos antes.
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A Maldição - Uma Herança Selvagem
Fiksi PenggemarEm um recanto remoto do condado de Brasov, no antigo reino de Valáquia, uma ancestral maldição recai sobre uma linhagem familiar a cada quinta geração. Esta lenda trágica é tecida em torno de um homem cujas mãos mancharam-se com o sangue de um jovem...