O Inferno de Vegeta

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Sua fúria era quase física, uma tempestade que fazia seus músculos se contraírem... Ele sabia que precisava liberar aquela raiva, ou corria o risco de perder o controle por completo.

Propriedade dos Briefs.

Bulma mal percebia o chão sob seus pés enquanto se entregava ao beijo. Os braços robustos de Vegeta a envolviam com firmeza, impondo sua presença dominante. Era uma sensação envolvente, estar sob seu controle. Suas mãos percorreram os ombros largos dele, deslizando até alcançarem à nuca, onde ela entrelaçou os braços ao redor do pescoço, desejando que aquele momento nunca acabasse. "Que homem!" ㅡ pensou ela, sentindo a textura dos lábios dele se afastando dos seus e percorrendo a pele em chamas do seu rosto.

ㅡ Aí, Vegeta... Você desperta em mim sensações que jamais imaginei sentir. ㅡ sussurrou ela, enquanto entrelaçava os dedos nos cabelos dele. ㅡNão consigo tirar você da minha mente...

Enquanto ele se entregava às palavras suaves dela, vozes distantes alcançavam seus ouvidos aguçados, vozes dos criados no pátio que comentavam sobre a carruagem recém-chegada. Entre as palavras, um nome o fez parar abruptamente de beijar Bulma e encarar seu rosto, ainda transbordando de desejo. Seus olhos começaram a oscilar quando ele percebeu o som de passos circulando pela casa. Eram passos desconhecidos para ele, não os familiares que costumava reconhecer. Só podia ser uma pessoa: o filho do marquês de Valcea!

E ele se dirigia ao quarto, e parecia ter pressa.

ㅡ O que há com você? Beije-me... ㅡ suplicou Bulma, com a voz trêmula.

Vegeta sentiu uma mistura de ciúmes e fúria crescente tomando conta de sua mente e corpo. Ele sabia que precisava deixá-la naquele momento, mas não queria! Definitivamente não queria!

Ofegante e tentando recobrar a razão, ele viu Bulma abrir os olhos e encará-lo confusa.

ㅡ O que foi? Por que está me olhando assim? ㅡ perguntou ela, sentindo um dos braços dele escorregar de suas costas e então se firmar novamente ao seu redor.

ㅡTemos que parar, senhorita. ㅡdisse ele, lutando para controlar sua própria turbulência interna.

Ela continuou encarando-o, tentando entender o que saíra dos lábios dele, até que começou a ouvir passos se aproximando do quarto.

ㅡ Oh meu Deus, me coloque de volta na cama, pode ser minha mãe voltando. ㅡ disse ela, olhando agora para a porta do quarto com apreensão.

Logo após Vegeta colocá-la de volta na cama, a porta foi abruptamente aberta, revelando a figura distinta de Yamcha, seguido pela Sra. Briefs.

ㅡBulma?

Os olhos de Yamcha logo se desviaram para Vegeta, franzindo a testa. ㅡMas o que está acontecendo aqui? Quem é você e o que faz sozinho no quarto de minha noiva?

Bulma arregalou os olhos em surpresa. Ela jamais imaginaria que Yamcha apareceria ali. Seu coração deu um salto, a cor fugiu de seu rosto, e um medo repentino de não poder mais ficar com Vegeta começou a assombrar sua mente.

ㅡ Espere, Senhor Yamcha, este é o criado e também o instrutor de equitação de Bulma. Ele a está ajudando a se locomover pela casa. Apenas isso. Eu acabei de deixá-los aqui para recebê-lo ㅡ explicou a Sra. Briefs, enquanto o filho do marquês entrava no quarto encarando Vegeta dos pés à cabeça, reconhecendo nele também um homem de boa presença, apesar de ser um criado.

A proximidade entre os dois homens era um campo minado, onde cada olhar poderia incendiar a situação. Yamcha, com sua expressão desconfiada, examinava cada linha do rosto de Vegeta, que, inabalável, sustentava o confronto visual, desafiando os limites do que era considerado apropriado.

A Maldição - Uma Herança SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora